Secção 03 - Atividade Profissional

Nasceu no Porto (freguesia de Massarelos) a 31 de maio de 1892, tendo vindo a casar em 1921 com Gjertrud Magdalene Krohn, de ascendência norueguesa.
Formado em económicas e financeiras no Instituto industrial e Comercial do Porto, iniciou a sua formação em Inglaterra na Fábrica de chocolates Cadbury, onde estagiou em 1909/10 graças aos laços de colaboração e amizade de seu pai com os irmãos Cadbury, nomeadamente no âmbito do trabalho de recolha de informação e das campanhas contra o trabalho forçado nas roças de São Tomé (Cf. biografia Alfredo Henrique da Silva). Foi nomeado professor provisório desse mesmo Instituto em 1920, transitando para o lugar de professor ordinário em 1925.
Para além de outras atividades empresariais, adquiriu em 1955 cotas no capital da empresa Fábrica de Chocolates Imperial em Vila do Conde, tendo assumido o cargo de Presidente da administração. Modernizou e aumentou a produção de chocolate e construiu instalações novas, também em Vila do Conde. A fábrica foi vendida em 1973 ao Grupo RAR.
Teve uma atividade cívica e religiosa prolífica, nomeadamente na Igreja Evangélica Metodista Portuguesa e na Aliança Evangélica Portuguesa. Foi Presidente do Conselho Fiscal da Beneficência Evangélica do Porto e Presidente de uma direção trianual da Associação Cristã da Mocidade do Porto (1963-1965). Apaixonado bibliófilo, morreu no Porto em 1978.

A Fábrica de Chocolates Imperial foi fundada a 15 de dezembro de 1932 em Vila do Conde.
Manuel Dias da Silva, que havia regressado do Brasil com uma nova fórmula de chocolate, contou com o apoio do seu irmão Libório Ferreira da Silva e de um amigo, Abel Bacelar. Segundo documentos da empresa, esta foi continuadora da firma Fábrica de Chocolates "Esperança" que por sua vez tinha sucedido à "Chocolaterie Française" de Rollin&Faure.
Em julho de 1935, Abel Bacelar dividiu a sua cota da empresa, sendo uma parte adquirida por Luís Henrique da Silva. Vinte anos depois, Manuel Dias da Silva sai da Imperial e a sua cota é adquirida por Luís Henrique da Silva e por um novo sócio, o Engenheiro Luis Krohn da Silva Em 1973, o Grupo RAR adquire a empresa, procedendo a significativos investimentos que levaram a um aumento da capacidade produtiva. Em 1993, é criada a Imperial - Comércio e Distribuição de Produtos Alimentares, S.A, com objetivo de dar resposta à evolução do sector e garantir uma maior flexibilização e especialização.
Tratando-se da maior fabricante portuguesa de chocolates, a Imperial continua a investir na modernização e em novas fábricas.