Item 807 - Cartão de Adolfo Lima, César Porto, Luís da Mata e Severino Carvalho, enviando subscrição para assinar.

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Código de referência

PT-AHS-ICS-PQ-DOC-807

Título

Cartão de Adolfo Lima, César Porto, Luís da Mata e Severino Carvalho, enviando subscrição para assinar.

Data(s)

  • s.d. (Produção)

Nível de descrição

Item

Dimensão e suporte

1 doc.; papel

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Nome do produtor

(1874 - 1943)

História biográfica

Foi professor da Escola Oficina nº 1 de Lisboa, do Liceu de Pedro Nunes e da Escola Normal Primária de Lisboa, de que foi Diretor entre 1918 e 1921 tendo acompanhado a sua transferência para o monumental (ainda que inacabado à época) edifício construído em Benfica. Colaborou com várias outras instituições e associações com destaque para a Sociedade de Estudos Pedagógicos, A Voz do Operário ou a Universidade Popular Portuguesa. Foi, na fase final do seu
percurso, que coincidiu com a fase inicial do Estado Novo salazarista, Diretor da Biblioteca-Museu do Ensino Primário. Chegou a ser preso, embora por um período curto, no início da ditadura militar que conduziu à institucionalização do regime autoritário. Embora discreto na sua militância, colaborou regularmente com o movimento anarquista, sendo inquestionável, também pelas ideias que professava, a sua pertença a esse mundo. JP

Nome do produtor

(1873-1944)

História biográfica

Formou-se em Antropologia, em Paris, e exerceu o magistério primário em várias escolas portuguesas. Assíduo colaborador do jornal A Batalha tendo também colaborado na revista Renovação (1925-1926); era mação e republicano e iniciou sua vida política como libertário.

Ganhou lugar entre a intelectualidade portuguesa participando no movimento para a educação progressista. A César Porto, professor de Português e Sociologia da Escola Oficina nº 1, se deve o primeiro estudo sobre a pedagogia soviética com base na vivência de uma viagem à Rússia a convite da Federação Pan-Russa dos Trabalhadores de Ensino. O relato da viagem, A Rússia Hoje e Amanhã, teve circulação restrita durante o governo da ditadura.

Em 1924 fundou e dirigiu a revista Educação Social que era a favor da educação progressista, a Escola Única, em prática na Escola Oficina nº1 e na Escola da Granja. A revista teve a colaboração de várias personalidades proeminentes da educação e cultura que defendiam o ensino com base em filosofias de ensino com base na experiência da criança como as de Claparède, Stanley Hall, Ferrière, Kerchensteiner e Dewey.

Fez parte da comissão promotora da Liga de Ação Educativa e do conselho pedagógico da Universidade Popular Portuguesa.

Nome do produtor

História biográfica

Nome do produtor

(1867 - 1957)

História biográfica

Nascido na vila de Coja, Arganil, Coimbra, em 1867 e falecido em 1957, aos 90 anos de idade, Severino Augusto Fernandes de Carvalho deixou-nos uma sementeira de ideias que germinou e deu frutos. Filho de família de algumas posses, chegou à Universidade abandonando-a em 1892, por não querer ser padre, conforme desejos da família. Foi então trabalhar num cartório de notário e mais tarde residir e trabalhar em Lisboa, vindo a ser elemento importante na livraria Bertrand. E foi a partir de sua posição nessa livraria que os portugueses puderam ver publicados os primeiros livros sobre sindicalismo, então traduzidos por Emílio Costa. O próprio Severino traduziu e publicou as obras mais importantes de Emílio Zola e, com pseudónimo de Bel Adam, dirigiu a revista anarquista Lúmen, de parceria com Brás Burity, pseudónimo de Joaquim Madureira. Constituiu o Grupo de Estudos Sociais Germinal e como anarquista foi dos primeiros a colaborar na imprensa, semeando as suas ideias. Foi esse grupo responsável pela revista Germinal, onde colaboravam Emílio Costa, Adolfo Lima, César Porto e outros intelectuais entusiasmados com o anarquismo. Os seus trabalhos vieram a provocar polémicas ideológicas, mas a sua obra teve o mérito de servir de tractor na abertura dos caminhos pedregosos por onde passariam, mais tarde, muitos libertários. Escreveu muito na imprensa operária, anarco-sindicalista e anarquista, e publicou folhetos, tornando-se um dos primeiros a escrever sobre anarquismo com o pseudónimo de Bel Adam. (Rodrigues, 1982)

Severino de Carvalho, envolveu-se no movimento cultural anarquista do começo do século XX, em especial na criação do Teatro Livre (1902-08), cujo mote era “Redimir pela Arte, vencer pela Educação”, e na implementação, a partir de 1910, de um modelo de ensino inovador na Escola Oficina n.º 1 na Graça, em Lisboa. (Moura-Carvalho, 2018).

Entidade detentora

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