Série 1 - Cartas de Jaime Batalha Reis para Celeste Cinatti

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Código de referência

PT-AHS-ICS-MFM-AI-1

Título

Cartas de Jaime Batalha Reis para Celeste Cinatti

Data(s)

  • 1869-1872 (Produção)

Nível de descrição

Série

Dimensão e suporte

236 cartas transcritas num documento único de 473 p. (pdf)

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Nome do produtor

(1847 - 1935)

História biográfica

Jaime Batalha Reis nasceu a 24 de Dezembro de 1847. Formado em agronomia, desenvolveu actividades de jornalista, crítico literário, economista e diplomata.
"Figura eminente da Geração de 70, Jaime Batalha Reis foi o companheiro mais próximo de Antero de Quental nos tempos do Cenáculo da Travessa do Guarda-Mor em Lisboa (1868-1871), acompanhando de perto todo o percurso dos Vencidos da Vida com quem intensamente se relacionou. Agrónomo, diplomata, crítico e geógrafo reuniu um vastíssimo arquivo literário em que se espelham todos os maiores vultos das artes e letras do seu tempo. Parte da sua obra foi reunida postumamente (1941).
O espólio (118 cx.: ca 17.147 docs.) incorpora os autógrafos de diversos estudos e memórias do próprio Batalha Reis, uma vastíssima correspondência (incluindo rascunhos e cartas recebidas), diversos documentos biográficos, impressos, recortes de imprensa e manuscritos de terceiros. Foi doado ao Estado em Agosto de 1974, data em que foi incorporado nos fundos da BN. Em Junho de 1980, foi recebida a parte que havia ainda ficado depositada no Instituto Português do Património Cultural. Passou à tutela do ACPC em Janeiro de 1981. Em 2016 foram incorporados outros documentos." [espólio JBR no ACPC, BN]

Nome do produtor

(1943 -)

História biográfica

Maria Filomena Mónica nasceu em Lisboa em 1943. Licenciada em Filosofia pela Universidade de Lisboa, 1969. Doutorada em Sociologia pela Universidade de Oxford, 1978. É investigadora emérita do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa.

Entidade detentora

História do arquivo

Fonte imediata de aquisição ou transferência

Zona do conteúdo e estrutura

Âmbito e conteúdo

No Espólio de Jaime Batalha Reis, depositado na Biblioteca Nacional, no Arquivo de Cultura Portuguesa Contemporânea, existem perto de 600 cartas de Jaime Batalha Reis para Celeste Cinatti. Da extensa correspondência trocada entre ambos a que resta é, na sua quase totalidade, da autoria do primeiro. A sua filha mais nova, Beatriz, que organizou o Espólio do pai, explica a razão. A mãe, antes de morrer, pedira ao marido que queimasse as cartas que lhe escrevera. Jaime Batalha Reis hesitou, hesitou durante trinta anos. Foi só nesse ano de 1930 que as releu, confidenciando às filhas:"[...] sinto-me tão enamorado dela como estava então". Conta Beatriz que "a voz se lhe embargou e os olhos se lhe encheram de lágrimas." Como última prova de amor fez-lhe a vontade. Queimou-as quase todas, deixando apenas poucas e de difícil leitura. O critério que nos norteou na escolha das duzentas e trinta e seis cartas agora colocadas ao dispor dos investigadores, foi o de dar a conhecer algumas das que nos pareceram mais significativas para a caracterização dos sentimentos, hábitos e pensamento da burguesia de meados do século XIX. Foi possível fixar a data do início da correspondência, até agora em dúvida, graças a uma carta de Celeste Cinatti - das poucas que se salvaram - a partir da qual podemos datar de 1868 o início da relação epistolar.
Todas as cartas estão numeradas de 1 a 236. Foram transcritas na íntegra, embora oito estejam incompletas. Existem muitas fragmentadas, outras delidas pelo tempo, cuja leitura é ininteligível. A transcrição apresentou diversas dificuldades em relação à escrita, frequentemente cruzada, isto é, escrita à largura do papel sobrepondo-se a continuação na vertical. A datação apresentou também alguns problemas, pois poucas cartas foram datadas pelo autor. Em muitos casos, a datação é da nossa responsabilidade baseada em acontecimentos ou actividade de personalidades nelas referidas e, então, aparece entre parênteses rectos. A falta de indicadores credíveis levou-nos, com frequência, a interrogar a datação. O local de emissão mereceu tratamento idêntico, pois quando a atribuição é nossa, também aparece entre parênteses rectos ou interrogado. Na cabeça da carta, além do número, à esquerda, aparece, à direita uma letra, e um conjunto de algarismos. Trata-se da cotação do documento: E4 designa Espólio de Jaime Batalha Reis; o número que se lhe segue, 57, 58, 59 ou 60, corresponde ao número das caixas onde as cartas estão guardadas, os dois seguintes representam a pasta e a posição da carta dentro desta. Exemplo: E4/57-1 (3). O investigador notará que as cotas das cartas não são sequenciais pois a organização inicial dispersou a maior parte delas, mantendo juntas apenas aquelas em que o autor designava o local donde tinham sido enviadas ou as que referiam um acontecimento relevante. A ortografia foi actualizada e os erros e lapsos corrigidos, o que sempre se assinalou. Moderou-se a pontuação e abriram-se alguns parágrafos.

Cabe-me agradecer ao Doutor Marques da Costa, um dos primeiros investigadores a interessar-se por Jaime Batalha Reis, o ter-me facultado as cartas que já havia transcrito. E, finalmente, a minha gratidão à Doutora Filomena Mónica que, com o seu incitamento, ralhetes e empurrões me levou a terminar um trabalho iniciado há muitos anos e constantemente interrompido.

Maria José Marinho
Lisboa, Dezembro, 2006

Avaliação, seleção e eliminação

Incorporações

Sistema de organização

Zona de condições de acesso e utilização

Condições de acesso

Condiçoes de reprodução

Idioma do material

    Sistema de escrita do material

      Notas ao idioma e script

      Características físicas e requisitos técnicos

      Instrumentos de descrição

      Zona de documentação associada

      Existência e localização de originais

      Transcrições com base nos originais no espólio Jaime Batalha Reis, Arquivo de Cultura Portuguesa Contemporânea, Biblioteca Nacional, https://acpc.bnportugal.gov.pt/espolios_autores/e04_reis_jaime_batalha.html

      Existência e localização de cópias

      Unidades de descrição relacionadas

      Descrições relacionadas

      Nota de publicação

      Mónica, Maria Filomena, 2007, "O amor no século XIX : Jaime Batalha Reis e Celeste Cinatti", Análise Social, V. 42, nº 182, p. 277-280 (acesso aberto)
      Marinho, Maria José, 2007, "Jaime Batalha Reis e Celeste Cinatti: diálogo sobre um retrato incompleto", Análise Social, V. 42, nº 182, p. 281-284 (acesso aberto)

      Zona das notas

      Identificador(es) alternativo(s)

      Pontos de acesso

      Pontos de acesso - Local

      Pontos de acesso - Nomes

      Pontos de acesso de género (tipologias documentais)

      Identificador da descrição

      Identificador da instituição

      Regras ou convenções utilizadas

      Estatuto

      Nível de detalhe

      Datas de criação, revisão, eliminação

      acrescentado as publicações na Análise Social, em 2007, ip-2023-05 e localização de originais, ip 2023-09, e tipologia, ip 2024-03

      Línguas e escritas

        Script(s)

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