Zona de identificação
Código de referência
Título
Data(s)
- 1941 (Produção)
Nível de descrição
Dimensão e suporte
1 brochura; papel
Zona do contexto
Nome do produtor
História administrativa
A União Nacional (UN) foi uma organização política portuguesa frentista e fascista criada para apoio ao regime ditatorial do Estado Novo. A União Nacional estava intimamente ligada ao governo e detinha o monopólio da representação política. Até 1945, todas as formas de oposição se encontravam ilegalizadas, pelo que o partido não teve concorrentes nos atos eleitorais. Na sequência desfecho da II Guerra Mundial, Salazar concedeu algumas liberdades à oposição, tolerando a sua participação em campanhas eleitorais. No entanto, tanto a União Nacional como a Ação Nacional popular continuaram a ter o monopólio da representação parlamentar. Durante a direção de Marcello Caetano, foi permitida a criação de uma Ala Liberal com elevado grau de autonomia e que viria a questionar os princípios fundamentais do regime político.
A União Nacional foi criada como frente de apoio à ditadura de 28 de maio e partiu da iniciativa pessoal de António de Oliveira Salazar. O processo de criação do partido iniciou-se informalmente em 1930, tendo os seus estatutos sido publicados no Diário do Governo em 1932. Em 1934 realizou-se o I Congresso, onde seriam criados os órgãos de direção e definidas a estrutura interna e normas de atuação futura. Em 1970, já sob a direção de Marcello Caetano, o partido alterou a sua denominação para Ação Nacional Popular (ANP).[8] Após a Revolução de 25 de abril de 1974, o partido foi dissolvido por decreto da Junta de Salvação Nacional.
A criação da União Nacional teve como objetivo criar condições para uma transição da Ditadura Militar instituída em 1926 para o novo regime que viria a ser o Estado Novo. O seu caráter civil procurava diminuir a influência das Forças Armadas na política. Na sua criação, Salazar procurou estabelecer alianças com todos os setores políticos de oposição à República, entre os quais católicos, monárquicos, integralistas e republicanos convertidos ao novo regime.