Carvalho, Severino Augusto Fernandes de.

Zona de identificação

Tipo de entidade

Pessoa singular

Forma autorizada do nome

Carvalho, Severino Augusto Fernandes de.

Forma(s) paralela(s) de nome

  • Bel-Adam (pseud.)

Formas normalizadas do nome de acordo com outras regras

    Outra(s) forma(s) de nome

      identificadores para entidades coletivas

      Área de descrição

      Datas de existência

      1867 - 1957

      Histórico

      Nascido na vila de Coja, Arganil, Coimbra, em 1867 e falecido em 1957, aos 90 anos de idade, Severino Augusto Fernandes de Carvalho deixou-nos uma sementeira de ideias que germinou e deu frutos. Filho de família de algumas posses, chegou à Universidade abandonando-a em 1892, por não querer ser padre, conforme desejos da família. Foi então trabalhar num cartório de notário e mais tarde residir e trabalhar em Lisboa, vindo a ser elemento importante na livraria Bertrand. E foi a partir de sua posição nessa livraria que os portugueses puderam ver publicados os primeiros livros sobre sindicalismo, então traduzidos por Emílio Costa. O próprio Severino traduziu e publicou as obras mais importantes de Emílio Zola e, com pseudónimo de Bel Adam, dirigiu a revista anarquista Lúmen, de parceria com Brás Burity, pseudónimo de Joaquim Madureira. Constituiu o Grupo de Estudos Sociais Germinal e como anarquista foi dos primeiros a colaborar na imprensa, semeando as suas ideias. Foi esse grupo responsável pela revista Germinal, onde colaboravam Emílio Costa, Adolfo Lima, César Porto e outros intelectuais entusiasmados com o anarquismo. Os seus trabalhos vieram a provocar polémicas ideológicas, mas a sua obra teve o mérito de servir de tractor na abertura dos caminhos pedregosos por onde passariam, mais tarde, muitos libertários. Escreveu muito na imprensa operária, anarco-sindicalista e anarquista, e publicou folhetos, tornando-se um dos primeiros a escrever sobre anarquismo com o pseudónimo de Bel Adam. (Rodrigues, 1982)

      Severino de Carvalho, envolveu-se no movimento cultural anarquista do começo do século XX, em especial na criação do Teatro Livre (1902-08), cujo mote era “Redimir pela Arte, vencer pela Educação”, e na implementação, a partir de 1910, de um modelo de ensino inovador na Escola Oficina n.º 1 na Graça, em Lisboa. (Moura-Carvalho, 2018).

      Locais

      Estado Legal

      Funções, ocupações e atividades

      Mandatos/fontes de autoridade

      Estruturas internas/genealogia

      Contexto geral

      Área de relacionamentos

      Entidade relacionada

      Grémio de Educação Racional (1909-)

      Identificador de entidade relacionada

      Categoria da relação

      associativa

      Datas da relação

      1909 - ?

      Descrição da relação

      Entidade relacionada

      Sociedade Cooperativa Theatro Livre (1905 - 1908)

      Identificador de entidade relacionada

      Categoria da relação

      associativa

      Datas da relação

      1905-1908

      Descrição da relação

      Foi entre os fundadores da Sociedade Cooperativa Theatro Livre, em 1905.

      Entidade relacionada

      Escola Oficina n. 1 (1905 -1987)

      Identificador de entidade relacionada

      PT/AHS-ICS/EscOfic1

      Categoria da relação

      associativa

      Datas da relação

      Descrição da relação

      Área de pontos de acesso

      Pontos de acesso - Assunto

      Pontos de acesso - Local

      Ocupações

      Zona do controlo

      Identificador de autoridade arquivística de documentos

      PT/AHS-ICS/SAFC

      Identificador da instituição

      PT-AHS-ICS

      Regras ou convenções utilizadas

      Estatuto

      Nível de detalhe

      Datas de criação, revisão ou eliminação

      Línguas e escritas

        Script(s)

          Fontes

          Rodrigues, Edgar (1982). A oposição Libertária em Portugal. 1939-1974. Lisboa. Sementeira. Acedido através de http://mosca-servidor.xdi.uevora.pt/projecto/index.php?option=com_jumi&fileid=13&p=creators&char=C&id=1348
          Moura-Carvalho, Carlos, (2018). Um Homem Livre, Severino de Carvalho e o Movimento Cultural Anarquista na transição do século XIX para o século XX (1887-1914), Alêtheia Editores.

          Notas de manutenção

          Acrescentada história e fonte, 2023.07, ip