Guimarães, Venâncio Henriques.

Zona de identificação

Tipo de entidade

Pessoa singular

Forma autorizada do nome

Guimarães, Venâncio Henriques.

Forma(s) paralela(s) de nome

  • Sobrinho, Venâncio Henriques Guimarães.

Formas normalizadas do nome de acordo com outras regras

    Outra(s) forma(s) de nome

      identificadores para entidades coletivas

      Área de descrição

      Datas de existência

      1898-

      Histórico

      Venâncio Henriques Guimarães Sobrinho nasceu em São Pedro do Sul, na freguesia da Ponte, a 30 de outubro de 1898. Após ter migrado para Angola, instalou-se em Sá da Bandeira e residiu na Rua da Môngua. Vulgarmente era tratado por Comandante, ainda que se encontrasse na situação de reserva militar, tendo sido comandante da marinha. Segundo a PIDE, era um indivíduo politicamente perigoso, “tratando-se de um irredutível adversário do regime vigente” e, inclusivamente, tinha apoiado a candidatura do General Humberto Delgado nas eleições presidenciais de 1958. Por sua vez, Venâncio Guimarães Sobrinho detinha bastante influência na cidade de Sá da Bandeira e manifestava, publicamente, o seu descontentamento para com o regime. Note-se que o seu poderio económico, consequente do elevado número de filiais da sua Companhia, que produzia e comercializava diversos produtos originários das Terras Altas da Huíla, permitiu-lhe atingir um patamar político elevado, sendo o representante do sul de Angola em várias instituições e órgãos administrativos.

      De facto, Venâncio Guimarães Sobrinho integrou os Corpos Gerentes do Grémio dos Criadores de Gado do sul de Angola, foi presidente da Associação Comercial da Huíla e foi representante das associações económicas do sul da província no Conselho Legislativo, tendo participado em vários processos eleitorais tanto para o Conselho Legislativo, como para o Conselho Económico-social de Angola. Todavia, Venâncio Guimarães Sobrinho não era somente um candidato, mas, segundo as autoridades, o principal mentor das listas da oposição. A isto acrescia o facto de ser proprietário e diretor do Jornal da Huíla, cujo principal colaborador era Alfredo Costa Barchela Figueiras, um branco de conhecidas “tendências separatistas”.

      Consequentemente, após o assalto ao Paquete Santa Maria, este jornal limitou-se a fazer uma pequena referência ao incidente, sem deixar uma nota de apreciação, uma postura que, do ponto de vista das autoridades, era reprovável, pois acreditavam que Venâncio Guimarães Sobrinho aprovava a incursão do Capitão Henrique Galvão.

      Locais

      Estado Legal

      Funções, ocupações e atividades

      Mandatos/fontes de autoridade

      Estruturas internas/genealogia

      Contexto geral

      Área de relacionamentos

      Área de pontos de acesso

      Pontos de acesso - Assunto

      Pontos de acesso - Local

      Ocupações

      Zona do controlo

      Identificador de autoridade arquivística de documentos

      Identificador da instituição

      Regras ou convenções utilizadas

      Estatuto

      Preliminar

      Nível de detalhe

      Datas de criação, revisão ou eliminação

      Línguas e escritas

        Script(s)

          Fontes

          história: Carvalho, Bruno, 2022, "Política e Sociedade Colonial Branca no Sul: o caso das terra altas da Huíla", dissertação de mestrado, Universidade de Coimbra, https://estudogeral.uc.pt/bitstream/10316/93721/1/BrunoCarvalho_versaofinal.pdf

          Notas de manutenção