Ideologias e sistemas políticos

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          547 Descrição arquivística resultados para Ideologias e sistemas políticos

          PT/AHS-ICS/PQ-DOC-678 · Item · s.d.
          Parte de Espólio Pinto Quartin

          Transcrição: «Que cada um fale, escreva, trabalhe, pense, ame, goze, viva com deseja, eis o que nós anarquistas queremos. Pão para todas as bocas, ciência parta todos os cérebros, amor para todos os corações, tal será a divisa da sociedade anarquista. Para a atingirmos basta que nos exercitemos continuadamente na prática da dignidade pessoal, do espírito de independência e solidariedades estimando-nos e utilizando-nos reciprocamente, que protestemos, sem esperar que o vizinho disso tome a iniciativa, contra toda a violência e injustiça que vejamos praticar, que nos abstenhamos de prestar o nosso concurso às instituições actuais tais como igreja, governo, parlamentarismo, magistratura e militarismos; que reivindiquemos sem cessar para todos e para já a liberdade de pensamento, de crítica, de reunião e de sentimentos. Numa palavra, basta que sejamos anarquistas pelo facto, isto é, que nos atrevamos a dizer sempre em toda a parte e em todas a circunstâncias o que pensamentos e a pôr em prática o que dizemos. Pinto Quartim»

          PT/AHS-ICS/DIV-02C-2020-06 · Item · 2022
          Parte de A Divulgação AHS/ICS-ULISBOA

          Marques, J. C. (2020). Um indesejável além-mar: Pinto Quartim e o movimento libertário nos dois lados do Atlântico (1887-1930) [Tese de doutoramento, Iscte - Instituto Universitário de Lisboa]. Repositório do Iscte. http://hdl.handle.net/10071/22783
          ISBN: 978-989-781-522-5

          O objetivo principal desta tese é compreender o movimento e a composição das "ondas libertárias" que circularam pelo Atlântico no alvorecer do século XX, tendo como fio condutor a trajetória do jornalista António Thomas Pinto Quartim (1887-1970). Pinto Quartim colaborou e dirigiu importantes veículos de propaganda e de doutrinação anarquista nos dois lados do Atlântico. O seu percurso individual constitui um contributo importante para compreender as transformações ocorridas no interior do movimento anarquista brasileiro e português e as ressonâncias no carácter revolucionário que o sindicalismo assumiu nos dois países. O recorte temporal privilegia o período que compreende o nascimento do jornalista até os finais da década de 1920, momento em que sindicalismo revolucionário atingiu a sua maturidade e hegemonia entre os trabalhadores portugueses. Cobrindo assim, a sua origem no Rio de Janeiro aos primeiros contatos com o anarquismo em Coimbra, a sua expulsão para o Brasil ao regresso a Portugal. Apesar das referências ao militante, pelos estudos que abordam o anarquismo e o movimento operário, a trajetória de Pinto Quartim ainda permanece desconhecida, principalmente o período de exílio no Rio de Janeiro. Portanto, pretende-se resgatar parte da história de uma das principais figuras do movimento libertário internacional, revelando que o "fazer-se" anarquista do primeiro editor chefe de "A Batalha", porta voz da organização operária portuguesa, não pode ser compreendido sem levar em consideração o processo de "ambientalização" que as suas ideias experimentaram na América do Sul, ambientes marcados pela presença de "indesejáveis" que cruzavam o Atlântico, expulsos de toda parte.