Transcrição: «Que cada um fale, escreva, trabalhe, pense, ame, goze, viva com deseja, eis o que nós anarquistas queremos. Pão para todas as bocas, ciência parta todos os cérebros, amor para todos os corações, tal será a divisa da sociedade anarquista. Para a atingirmos basta que nos exercitemos continuadamente na prática da dignidade pessoal, do espírito de independência e solidariedades estimando-nos e utilizando-nos reciprocamente, que protestemos, sem esperar que o vizinho disso tome a iniciativa, contra toda a violência e injustiça que vejamos praticar, que nos abstenhamos de prestar o nosso concurso às instituições actuais tais como igreja, governo, parlamentarismo, magistratura e militarismos; que reivindiquemos sem cessar para todos e para já a liberdade de pensamento, de crítica, de reunião e de sentimentos. Numa palavra, basta que sejamos anarquistas pelo facto, isto é, que nos atrevamos a dizer sempre em toda a parte e em todas a circunstâncias o que pensamentos e a pôr em prática o que dizemos. Pinto Quartim»