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Mensário
PT/AHS-ICS/DIV-05M · Série · 2023
Parte de A Divulgação AHS/ICS-ULISBOA

publicação mensal iniciada em março de 2023, com Ano I, nº1. No nº 3 tomou a regularidade bimestral; no nº 7 trimestral.
A partir do nº6, tem textos por investigadores convidados.

Fundos ou Documentos abordados:
Espólio Pinto Quartin e Deolinda Lopes Vieira
Espólio José Laranjo: PAIGC actualités
Álbum do Real Padroado da Huíla
Espólio António Costa Pinto: movimento estudantil liceal
Cadernos da Gorongosa (Renamo, Moçambique)
Coleção Fotográfica de Luciano Leal (guerra colonial)

PT/AHS-ICS/DIV-05M-005 · Item · 2023-09
Parte de A Divulgação AHS/ICS-ULISBOA

Divulgação sobre os Cadernos da Gorongosa, conjunto de documentação produzida pela RENAMO e apreendida em 1985 pelo Governo da FRELIMO. Encontram-se disponíveis num fundo acolhido pelo AHS com acesso digital integral desde 2021 - mais de 1.100 imagens em 16 conjuntos.

Ponte, Inês
PT/AHS-ICS/DIV-05M-009 · Item · 2024-07
Parte de A Divulgação AHS/ICS-ULISBOA

Este número do mensário debruça-se sobre o espólio de António Pinto Quartin, fundo decisivo para a criação do Arquivo Histórico das Classes Trabalhadoras em 1979.
Conta com contributos de Goretti Mattias com o texto "Breve apontamento sobre o Boletim de Estudos Operários (1982-1985)" e de José Nuno Matos, do ICNOVA (Universidade Nova de Lisboa), com o texto "A Imprensa Operária na I República: O Avante!: diário operário da tarde (1919)".
Inclui também a escolha do arquivista por João Pedro Santos com o texto "Senhor Presidente do Conselho: Cartas de opositores a Salazar".

Introduz uma novidade no catálogo, disponíveis para consulta presencial, com marcação prévia: o espólio de Luís Henrique Silva, que complementa o de Alfredo Henrique Silva, seu pai, nas redes de solidariedade cristã, num tempo longo.
Destaque ainda para a exposição a Paz, o Pão, a Habitação, com base em autocolantes do fundo de António Costa Pinto, celebrando os 50 anos de abril, no átrio do ICS-ULisboa (até setembro de 2024).

Matos, José Nuno
Newsletter #18 abril 2021
PT/AHS-ICS/DIV-04-18 · Item · 2021-04
Parte de A Divulgação AHS/ICS-ULISBOA

texto de divulgação do acervo do AHS, sobre o fundo Cadernos da Gorongosa, destacando o Caderno 14, por Joana Bénard da Costa, revisão de Rita Almeida de Carvalho.

Joana Bénard da Costa
Amilcar Cabral: uma exposição
PT/AHS-ICS/DIV-07EMP-2023-001 · Item · 2023
Parte de A Divulgação AHS/ICS-ULISBOA

Exposição "Amilcar Cabral," Palácio Baldaya, org. pelo IHC. Documento: da série JL-MNA-73: PAIGC actualités, nº 35. Foi digitalizado externamente e seguiu para exposição. Comissão Comemorativa dos 50 anos 25 de Abril

"A exposição sobre Amílcar Cabral é inaugurada no ano em que passa meio século sobre o seu assassinato (1973, Conacri), e conta a história do revolucionário que – ao lado dos seus camaradas do PAIGC – contribuiu decisivamente para o fim do último império colonial europeu. Mostra objetos e correspondência de Cabral, mas também imagens, sons e textos que outras e outros lhe têm dedicado. É uma exposição sobre Amílcar Cabral e as suas vidas posteriores.

“Amílcar Cabral foi uma figura destacada do século XX cuja memória permanece, seja no imaginário político ou no nome das ruas de vários países do hemisfério Sul, da África do Sul ao Brasil. A sua vida é hoje motivo de renovado interesse em África, assim como nas periferias de capitais europeias, em universidades ocidentais ou nos principais canais televisivos mundiais”, explica José Neves, membro da Comissão Científica da iniciativa.

No Palácio Baldaya estarão 50 peças que permitem uma viagem pela vida do agrónomo e líder nacionalista, mas não só: “Cada uma das peças expostas leva-nos a momentos e lugares da vida de Cabral, enquanto indicia o tempo, o espaço e a experiência de quem o conheceu, vigiou, admirou, filmou, retratou ou cantou. Cabral está omnipresente, mas muitas das 50 peças que exibimos têm protagonistas próprios, da fotógrafa italiana Bruna Polimeni ao músico angolano David Zé, passando pelo líder ganês Kwame Nkrumah”, acrescenta o historiador.

A partir da exposição, a Comissão Comemorativa 50 anos 25 de Abril vai promover iniciativas diversificadas – mesas redondas, concertos, visitas guiadas e cinema –, incidindo sobre temas como liberdade, colonialismo, luta anticolonial e descolonização.

A iniciativa tem curadoria científica de José Neves e Leonor Pires Martins, consultoria de Alfredo Caldeira; Arquitetura de Ricardo Santos e Miguel Fevereiro; e Grafismo de Vera Tavares. Conta, enquanto parceiros, com a Junta de Freguesia de Benfica, a Fundação Amílcar Cabral, o Laboratório Associado IN2PAST, a Associação TCHIWEKA de Documentação, e a Fundação Mário Soares e Maria Barroso."

Viva a República, 1910-2010: exposição temporária
PT/AHS-ICS/DIV-07EMP-2010-06 · Item · 2010
Parte de A Divulgação AHS/ICS-ULISBOA

Registo de empréstimo de documentação original para a exposição Viva a República, 1910-2010: exposição temporária, organizada pela Comissão Nacional para as Comemorações do Centenário da República

Coordenação científica de Luis Farinha.

O catálogo da exposição reproduz 2 documentos salvaguardados pelo AHS:
"Ao Povo: guerra à guerra" (p. 53)
(PT-AHS-ICS-PQ-P-035)

"Manifesto aos trabalhadores conscientes" (p. 76)
(PT-AHS-ICS-PQ-P-122)

Estudos e Documentos (todos)
PT/AHS-ICS/DIV-02B · Série · 2004
Parte de A Divulgação AHS/ICS-ULISBOA

Registo de estudos estudando ou citando fontes salvaguardadas no AHS, com fins científicos ou culturais, várias editoras, incluindo a Imprensa das Ciências Sociais do ICS-ULisboa.

PT/AHS-ICS/DIV-02B-2023-09 · Item · 2023
Parte de A Divulgação AHS/ICS-ULISBOA

Jornalistas em Greve: Imprensa e Sindicalismo na I República
José Nuno Matos
Editado pela Imprensa de Ciências Sociais

A 18 de janeiro de 1921, tipógrafos, distribuidores e jornalistas de Lisboa iniciaram uma greve que se prolongaria ao longo de vários meses e seria responsável pela paralisação da produção e distribuição de uma grande parte dos jornais da capital. Num contexto marcado por duros embates entre sindicatos, patronato e governos, esta greve adquiriu uma particular relevância não só pela sua longevidade, mas por ter originado um conjunto de publicações afetas a ambos os lados da contenda e por ter constituído o que o tipógrafo e sindicalista Alexandre Vieira classificou de «batismo de fogo» dos jornalistas. A partir da análise deste acontecimento, este livro propõe uma reflexão aprofundada sobre a condição económica, social e política de quem dedica a sua vida ao exercício do jornalismo.

PT/AHS-ICS/DIV-02B-2018-10 · Item · 2018
Parte de A Divulgação AHS/ICS-ULISBOA

Roque R. The colonial ethnological line: Timor and the racial geography of the Malay Archipelago. Journal of Southeast Asian Studies. 2018;49(3):387-409. doi:10.1017/S0022463418000322
Artigo publicado depois como capítulo em monografia editada por Ricardo Roque e Warwick Anderson, Imagined Racial Laboratories: Colonial and National Racialisations in Southeast Asia, pela Brill 2023.

This article examines the connected histories of racial science and colonial geography in Island Southeast Asia. By focusing on the island of Timor, it explores colonial boundaries as modes of arranging racial classifications, and racial typologies as forms of articulating political geography. Portuguese physical anthropologist António Mendes Correia’s work on the ethnology of East Timor is examined as expressive of these productive connections. Correia’s classificatory work ingeniously blended political geography and racial taxonomy. Between 1916 and 1945, mainly based on data from the Portuguese enclave of Oecussi and Ambeno, he claimed a distinct Malayan racial type for the whole colony of ‘Portuguese Timor’. Over the years he developed an anthropogeographical theory that simultaneously aimed to reclassify East Timor and to revise the racial cartography of the Malay Archipelago, including Wallace’s famous ethnological line.

Decolonization in Portuguese Africa: capitulo
PT/AHS-ICS/DIV-02B-2017-05 · Item · 2018
Parte de A Divulgação AHS/ICS-ULISBOA

Aires Oliveira, Pedro. "Decolonization in Portuguese Africa." Oxford Research Encyclopedia of African History. 24 May. 2017; https://oxfordre.com/africanhistory/view/10.1093/acrefore/9780190277734.001.0001/acrefore-9780190277734-e-41

The dissolution of Portugal’s African empire took place in the mid-1970s, a decade after the dismantling of similar imperial formations across Europe. Contrary to other European metropoles, Portuguese rulers were unwilling to meet the demands for self-determination in their dependencies, and thus mobilized considerable resources for a long, drawn-out conflict in Angola, Guinea, and Mozambique from 1961 to 1974. Several factors can explain Lisbon’s refusal to come to terms with the “winds of change” that had swept Africa since the late 1950s, from the belief of its decision-makers that Portugal lacked the means to conduct a successful “exit strategy” (akin to the “neocolonial” approach followed by the British, the French, or the Belgians), to the dictatorial nature of Salazar’s “New State,” which prevented a free and open debate on the costs of upholding an empire against the anti-colonial consensus that had prevailed in the United Nations since the early 1960s.

Taking advantage of its Cold War alliances (as well as secret pacts with Rhodesia and South Africa), Portugal was long able to accommodate the armed insurgencies that erupted in three of its colonies, thereby containing external pressures to decolonize. Through an approach that combined classic “divide and rule” tactics, schemes for population control, and developmental efforts, Portugal’s African empire was able to soldier on for longer than many observers expected. But this uncompromising stance came with a price: the armed forces’ dissatisfaction with a stalemate that had no end in sight. In April 1974, a military coup d’etat put an end to five decades of authoritarianism in the metropole and cleared the way for transfer of power arrangements in the five lusophone African territories. The outcome, though, would be an extremely disorderly transition, in which the political inexperience of the new elites in Lisbon, the die-hard attitude of groups of white settlers, the divisions among the African nationalists, and the meddling of foreign powers all played critical roles.

PT/AHS-ICS/DIV-02B-2022-05 · Item · 2022
Parte de A Divulgação AHS/ICS-ULISBOA

Matos, José Nuno, 2022, Matos, J. N. (2022). Press professionals and trade unionism in the First Republic. Estudos em Comunicação, 34, pp. 97-124.. https://repositorio.ul.pt/handle/10451/54873

O período da I República foi marcado pelo crescimento e afirmação de um movimento sindical de proporções amplas. O objetivo deste artigo é analisar o nível de participação dos jornalistas nesta dinâmica social e política. Embora a Associação de Classe dos Trabalhadores da Imprensa tenha sido criada em 1904, é a partir de 1910 que se verifica o seu crescimento e aproximação à Federação do Livro e do Jornal, controlada pelas classes gráficas, um dos setores laborais com maior experiência ao nível da organização e luta sindical. Apesar das diferenças em termos materiais e simbólicos, tal conduziria, entre outros fatores, à participação dos jornalistas na greve dos trabalhadores de imprensa de Lisboa em 1921, responsável pela paralisação da produção dos jornais ao longo de vários meses. O desfecho deste acontecimento acabaria por ter sérias implicações não só no que respeita à relação com as empresas de jornais, mas igualmente na própria ação coletiva desenvolvida pelos profissionais de imprensa.

PT/AHS-ICS/DIV-02B-2022-04A · Item · 2022-04
Parte de A Divulgação AHS/ICS-ULISBOA

Guimarães, Paulo Eduardo. (2022). "António Pinto Quartin: um anti-colonialista em Angola nos anos '30 do século XX" in Alves, Ricardo; Redol, A. Mota (coord.), Anarquismo, Insubmissão e Incoformismo; Edições Colibri, pp. 187-206. https://dspace.uevora.pt/rdpc/handle/10174/32850

Neste texto, o autor traça o percurso biográfico e intelectual do jornalista e libertário António Pinto Quartin durante a sua estadia em Angola nos anos'30. Baseando-se em fontes coevas, documentação pessoal e jornalista, destaca-se aqui a leitura crítica da experiência colonial portuguesa, bem como a intervenção crítica do jornalista na sociedade colonial angolana.

PT/AHS-ICS/DIV-02B-2020-07 · Item · 2020-07
Parte de A Divulgação AHS/ICS-ULISBOA

Martins, Ernesto Candeias (2020). "Educação (especial), métodos de ensino e instituições destinadas à surdez em Portugal: Visão sociohistórica no Séc. XIX e inícios do XX" in
Revista Temas em Educação, João Pessoa, Brasil, v. 29, n.2, p. 96-118.

Trata-se de um estudo histórico-descritivo que aborda a educação especial às crianças surdas-mudas no séc. XIX e começos do XX, em Portugal. O seu marco conceptual assenta em fontes documentais e arquivísticas e de outras fontes secundárias no âmbito da História da Educação (Especial) sobre surdos. A nossa argumentação historiográfica, de teor hermenêutico (analítica) incide na educação, ações de ensino (métodos) aos surdos e nas iniciativas institucionais para essas pessoas com deficiência sensorial, ditas‘anormais’ na época. O debate entre as técnicas de ensino aos surdos (oralismo, gestualismo), no âmbito de uma pedagogia diferenciada, acompanhou as tendências europeias divulgadas (métodos: francês e alemão). Em oitocentos, criaram-se classes/aulas e instituições, com o apoio dos municípios e misericórdias (Lisboa, Porto) e de filantropos ou beneméritos, destacando-se o papel da Casa Pia de Lisboa, instituição pioneira na educação dos surdos-mudos. Os nossos objetivos são os seguintes: compreender a existência de uma pedagogia nacional para os surdos (séc. XIX e parte do XX) e respetivas iniciativas educativas; analisar os métodos ou técnicas de ensino (oralista, gestual) seguidos por alguns pedagogos em instituições; compreender a organização de estudos do Real Instituto para surdos-mudos da Casa Pia e as principais características de aprendizagem. Este retrospecto histórico sobre educação da surdez intenta configurar práticas, orientações metodológicas e propostas educacionais, algumas diferentes, que desenvolveram muitas capacidades nos surdos, apesar de limitações. Toda esta visão historiográfica feita em 4 pontos do texto permitiu conhecer os caminhos percorridos pela comunidade surda, as suas dificuldades e lutas e as formas de intervenção.

PT/AHS-ICS/DIV-02B-2020-04 · Item · 2020-07
Parte de A Divulgação AHS/ICS-ULISBOA

Bandeira, Filomena (2020). "A Sociedade de Instrução e Beneficência A Voz do Operário. Outra forma de fazer política: a propósito da reforma dos serviços escolares (1924-1935)" in Cadernos de História da Educação, v.19, n.1, pp.187-213.

Este artigo insere-se num projeto sobre Escolas e experiências de referência em Portugal no século XX e centra-se no estudo de uma instituição que desenvolve atividades educativas num quadro associativo e para as classes populares. Optámos por uma apresentação descritiva com a intenção de argumentar que a adoção e aplicação de um modelo educativo, inspirado na Educação Nova e conformado a um público específico, assentou numa estratégia sociopolítica, emergente das condições históricas do associativismo operário na primeira metade do século XX e da situação vivida no País com a crise da Primeira República, que desembocou no Estado Novo. No artigo explanamos o processo de reforma dos serviços escolares da Voz do Operário entre 1924-1935, não sem antes apresentarmos uma história sumária da Sociedade, desde o fim do século XIX até à década de 1950, com o objetivo de representar a associação na sua dimensão, atividade e significado social.

PT/AHS-ICS/DIV-02B-2007 · Item · 2007
Parte de A Divulgação AHS/ICS-ULISBOA

Mónica, M. F. (2007). O amor no século XIX: Jaime Batalha Reis e Celeste Cinatti. Análise Social, 42(182), 277–280. https://doi.org/10.31447/AS00032573.2007182.13
Marinho, Maria José, 2007, "Jaime Batalha Reis e Celeste Cinatti: diálogo sobre um retrato incompleto", Análise Social, V. 42, nº 182, p. 281-284 https://revistas.rcaap.pt/analisesocial/article/view/33003/23176

Teses
PT/AHS-ICS/DIV-02C · Série · 2008-2021
Parte de A Divulgação AHS/ICS-ULISBOA

Registo de estudos para obtenção de grau, usando fontes salvaguardadas no AHS

PT/AHS-ICS/DIV-02C-2010 · Item · 2011
Parte de A Divulgação AHS/ICS-ULISBOA

O sindicalismo português entre 1933 e 1974:orientações políticas e estratégicas do Partido Comunista Português para a luta sindical
Lopes, Maria Filomena Rocha
Tese de doutoramento, História (História Contemporânea), Universidade de Lisboa, Faculdade de Letras, 2012 http://hdl.handle.net/10451/7351

O Sindicalismo português, na transição da Ditadura Militar para a plena institucionalização do Estado Novo, caracteriza-se por duas vertentes essenciais: a busca pela reorganização do tecido sindical, destruído por medidas governamentais de repressão e pela ilegalização das principais organizações sindicais, e por uma ampla discussão em torno de opções de carácter ideológico, orientadores da acção sindical. Esta transição provocará a ruptura nas organizações sindicais, colocando à margem da lei as suas principais estruturas, com recurso a métodos coercivos e punitivos, implacavelmente aplicados pela PVDE, sobre estas organizações e os seus principais dirigentes. A legislação laboral de 1933 rompe com o sindicalismo livre impondo sindicatos únicos de feição nacionalista, colaboracionistas, servis em relação aos interesses económicos nacionais e sustentados por uma negação dos princípios do internacionalismo, da pluralidade, da solidariedade e da liberdade de acção sindical que tinham caracterizado o sindicalismo português. O Estado Novo destrói, com recurso a acções de extrema violência, a liberdade sindical e o que restava de sindicalismo livre de cariz operário, diabolizando estas organizações, bem como os dirigentes e as ideologias que os sustentavam. Esta ruptura na evolução do movimento sindical português leva-nos ao lado negro da luta sindical, a clandestinidade. O PCP clandestino organiza a luta impondo aos seus dirigentes e militantes um código de silêncio conspirativo. A luta sindical coloca em risco, militantes e dirigentes sindicais comunistas pelas consequências que advêm da luta. A prisão, os interrogatórios, a perda de direitos, a deportação e quantas vezes a morte em vida são o preço a pagar pela luta sindical. A clandestinidade marca a existência destes dirigentes. A aparente abertura do regime após a II Grande Guerra e a convocação de eleições permitiu a formação de organizações de oposição como o MUD e o MUDJ. No entanto a realidade demonstrou a burla com que Salazar pretendia mascarar o regime. As condições impostas a dirigentes e militantes comunistas são de tal forma rigorosas que muitos abandonam o país para só regressarem após a revolução de 25 de Abril de 1974.

PT/AHS-ICS/DIV-02C-2023-05 · Item · 2023-05
Parte de A Divulgação AHS/ICS-ULISBOA

Ralão, Joana Cardoso da Costa (2023). As mulheres no movimento estudantil da década de 70 [Tese de mestrado em História Contemporânea], NOVA FCSH.
Repositório da NOVA FCSH. https://run.unl.pt/handle/10362/160432

O movimento estudantil de inícios da década de 70 contou com a participação de várias mulheres que se empenharam ativamente na alteração da situação política,
económica e social do país, numa altura em que a adoção de atitudes, comportamentos e práticas de contestação ao regime acarretavam consequências graves e implicavam grandes sacrifícios dos seus participantes. Partindo da recolha e análise de doze testemunhos inéditos, a presente dissertação de mestrado procura estudar a presença e participação das mulheres no movimento estudantil lisboeta de inícios da década de 70 em duas Faculdades da Universidade de Lisboa: a Faculdade de Direito e a Faculdade de Ciências. Particular atenção será dada às trajetórias de vida destas mulheres e aos processos de consciencialização política e social, politização, envolvimento político e, num último momento, de desmobilização. Veremos como foi no terreno estudantil ou a partir deste que estas mulheres desenvolveram a sua atividade política e social, mobilizando-se para as mais diversas causas e lutas: pela democratização do ensino, pelo fim de um regime autoritário, pela liberdade, e pelo fim da guerra colonial. As estudantes intervinham de diferentes formas no movimento estudantil e o seu percurso no ativismo era feito de forma gradual e cumulativa. Estas podiam integrar órgãos legais (como as delegações de curso e as Associações de Estudantes), estruturas semiclandestinas (cooperativas e comissões) e organizações clandestinas, de cariz político. Estas mulheres não escaparam à atitude repressiva que o regime lançava a todos aqueles que o ameaçavam e, por isso, o seu envolvimento na mobilização estudantil teve consequências graves nas suas trajetórias e percursos de vida (tanto a nível pessoal, académico e profissional).
Resgatando as suas memórias e dando visibilidade à sua participação na vida social e política do país, este estudo procura, acima de tudo, integrar estas mulheres no
espaço público e na memória coletiva do movimento estudantil.

PT/AHS-ICS/DIV-02C-2017-10 · Item · 2017-10
Parte de A Divulgação AHS/ICS-ULISBOA

Almeida, Andreia da Silva. (2017). "A saúde no Estado Novo de Salazar (1933-1968) : políticas, sistemas e estruturas" [Tese de doutoramento em História, na especialidade de História Contemporânea, Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. https://repositorio.ul.pt/handle/10451/30337

O presente trabalho de investigação centra-se na análise das políticas de saúde levadas a cabo pelo Estado Novo durante a governação de Salazar, desde o seu início, em 1933, até ao seu ocaso, em 1968. Numa perspectiva global, procedeu-se à análise da evolução dos vários subsistemas – sanitário, assistencial, previdencial - e das respectivas estruturas sanitárias, analisando com maior precisão a evolução do sector hospitalar, que se tornaria central para o regime. Observou-se, da mesma forma, a evolução orgânica do sector, tendo em conta a sua fragmentação por vários ministérios, enfatizando, contudo, a evolução política do Subsecretariado de Estado da Assistência Social e, posteriormente, do Ministério da Saúde e Assistência. Numa dinâmica comparativista, apontaram-se algumas influências internacionais a que foi sujeito o sector, nomeadamente a sua relação com a O.M.S., bem como os ecos, em Portugal, da criação do National Health Service, no Reino Unido. Numa perspectiva globalizante, analisaram-se algumas vozes críticas às orientações políticas nesta área, nomeadamente as levantadas pela oposição preconizada pelo P.C.P., pela pressão da Ordem dos Médicos e de alguma opinião pública, bem como de alguns movimentos católicos. Contextualizadas no âmbito da evolução global do regime, foram apontadas, para o período em estudo, duas fases de fomento das políticas sanitárias concomitantes com dois grandes períodos de crise do Estado Novo, durante o período correspondente à II Guerra Mundial e em 1958, no rescaldo das eleições presidênciais. O presente estudo analisou, ainda, a ideologia do regime face ao papel do Estado na área da saúde, bem como a evolução de algumas profissões sanitárias e a relevância do seu papel político durante o período em estudo. No sentido de avaliar os resultados das políticas de saúde adoptadas pelo Estado Novo de Salazar, encentou-se uma análise à evolução de vários indicadores sanitários, na diacronia e na sincronia, a nível internacional. Nesse sentido, destacou-se a análise à evolução da mortalidade infantil e da mortalidade materna, indicadores, por excelência do nível sanitário de qualquer país, bem como a evolução de algumas patologias infecciosas, como a tuberculose, a malária, a lepra ou a sífilis. A presente análise contemplou, pois, um conjunto de factores influenciadores das políticas sanitárias, do ponto de vista técnico, científico, tecnológico, estrutural, económico e socio-cultural, bem como os resultados dessas mesmas políticas, do ponto de vista da evolução dos indicadores sanitários da população portuguesa. Este estudo prova, pois, que a política de saúde do Estado Novo de Salazar comportou-se como um reflexo da política geral, funcionando os grandes períodos de crise do regime como seus catalisadores. Contudo, o resultado destas opções políticas foi o desenvolvimento de um sistema de saúde fragmentado, descoordenado, não equitativo e não universal, constituído por uma multiplicidade de subsistemas híbridos e frágeis, fomentadores de desigualdades sociais. Durante o Estado Novo de Salazar observou-se, pois, uma continuidade da política assistencialista, supletivista, caritativista e não universalista, ao nível da saúde, observando-se, contudo, uma evolução na continuidade, uma evolução orgânica, política e estrutural, com claras repercussões nos índices sanitários da população portuguesa. Do ponto de vista ideológico, o regime manteve inalterável a sua doutrina oficial - supletivista, caritativista, assistencialista, natalista, conservadora, católica – registando-se, contudo, uma grande incongruência entre a ideologia e a prática políticas, que se avolumou, essencialmente, durante a década de sessenta.

PT/AHS-ICS/DIV-06Cu-2018 · Item · 2018
Parte de A Divulgação AHS/ICS-ULISBOA

O Portal Revistas de Ideias e Cultura resulta da colaboração próxima entre o Seminário Livre de História das Ideias, a Biblioteca Nacional de Portugal e a Fundação Mário Soares e Maria Barroso.

Além da conjugação dos contributos fundamentais, distintos e complementares, dos três parceiros permanentes, a investigação e o trabalho editorial têm vindo a contar com colaboração relevante de muitas outras instituições e entidades, nomeadamente da Fundação para a Ciência e a Tecnologia, do Centro Nacional de Cultura, da Fundação Calouste Gulbenkian, da Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra, do Museu Nacional do Teatro e da Dança, da Direcção da revista Seara Nova e da Universidade do Estado do Rio de Janeiro.

O programa de investigação e de publicação Revistas de Ideias e Cultura só se tornou viável por a Fundação Mário Soares e Maria Barroso, na pessoa do Dr. Alfredo Caldeira, e a Biblioteca Nacional de Portugal, dirigida pela Dr.ª Inês Cordeiro, terem aderido ao projecto apresentado pelo Seminário Livre de História das Ideias com grande generosidade e empenho.

O editor do sítio A Sementeira agradece à Doutora Rita Almeida de Carvalho e à Dra. Madalena Soares Reis a cedência de documentação do Espólio Pinto Quartim, conservada no Arquivo de História Social do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa. Pela colaboração interessada e próxima expressa o seu reconhecimento ao Dr. Luís Sá, da Biblioteca Nacional. Manifesta, igualmente, gratidão ao Dr. António Louçã, à Doutora Joana Dias Pereira, e aos professores doutores João Freire e Paulo Guimarães pelos preciosos consentimentos para a inclusão dos artigos, capítulos e verbetes dos quais são autores.

Ao Doutor Alexandre Samis agradece-se não só a colaboração atenciosa, expressa no envio de testemunhos epistolares, mas também o texto informado com que contribuiu para esta edição.

A agregação de estudos monográficos contou com o auxílio de Mário Rui Pinto, a quem se reconhece a enorme generosidade. A Jorge M. Colaço expressa-se a gratidão pela cedência do seu banco de imagens, que proporcionou a selecção dos elementos gráficos necessários à elaboração deste sítio.

Resta agradecer aos associados do Centro de Estudos Libertários por terem facilitado a consulta do seu rico acervo bibliográfico, além do interesse sempre demonstrado pela concretização deste empreendimento. https://pt.revistasdeideias.net/pt-pt/a-sementeira/foreword/acknowledgments