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Poema sobre demissão de Humberto Delgado.
PT/AHS-ICS/PQ-DOC-151 · Item · 1958-08-21
Parte de Espólio Pinto Quartin

Transcrição:
"Vou-lhes contar meus senhores
Uma história que surgiu
Pois não foi só Nossa Senhora
Que sendo virgem, pariu.

Pois bem perto de Todela
Há uma santa como ela
Que é a Santa Comba Dão
Que foi parir numa gruta
O maior filho da puta
Que apareceu cá na Nação.

Neste país de [?]
De festas e arraias
Em que se condecoram os putos
E se demitem generais."

Delgado, Humberto.
O Concurso Público que Eça de Queirós não ganhou
PT/AHS-ICS/MFM-AI-4 · Série · 1870 - 1871
Parte de Colecção Maria Filomena Mónica

O concurso público para o lugar de cônsul de Portugal no estrangeiro, o primeiro a realizar-se em novos moldes, tem interesse a vários títulos. Desde logo, pela filosofia, meritocrática, que subjaz ao diploma de 18 de Dezembro de 1870, e, depois, pelos candidatos que a ele se submeteram, de que o mais famoso é certamente Eça de Queirós. Além do texto integral do decreto, incluem-se aqui muitos outros documentos, a maior parte dos quais inéditos, bem com o original e a respectiva transcrição (feita por Maria José Marinho e por Maria Isabel Soares) da prova teórica a que Eça, juntamente com sete outros candidatos, se submeteu no Ministério dos Negócios Estrangeiros, a 24 de Setembro de 1870.

Como se sabe, Eça viria a protestar contra o facto de ter sido supostamente preterido - ficaria em segundo lugar - num artigo que viria a publicar em «As Farpas», de Novembro de 1871, no qual invocou ter sido alvo de perseguição política. Como tentámos provar num texto ao tema dedicado, as coisas foram mais complicadas do que ele nos quis fazer crer .

Apesar dos esforços de Mendes Leal, para que o concurso fosse honesto, os «empenhos» sobre os membros do júri não tardaram a aparecer. Num país de camponeses analfabetos, onde as classes médias viviam coladas ao Estado, um concurso público dificilmente poderia ser isento. No caso que analisámos, os candidatos sobre os quais mais documentos possuímos, Eça de Queirós e Jaime Batalha Reis, consideravam que meter «cunhas» era a coisa mais natural do mundo. Mas nem tudo foi vergonhoso. Se o júri tivesse desejado colocar, desde o início, o filho do Conde da Ponte em primeiro lugar, nada mais simples do que atribuir-lhe, nas provas, uma qualificação mais elevada do que a que conferiu a Eça de Queirós. No entanto, não foi isso que fez. O mais provável é não ter obtido Eça o posto na Baía por não possuir experiência administrativa: um dia não chegava, de facto, como qualificação. O que não o impediu de relatar, em As Farpas, aquela história sobre uma misteriosa «cunha» feminina, a que acrescentou uma misteriosa perseguição política. Em suma, os génios literários não devem ser tomados à letra.
Maria Filomena Mónica

Levantamento dos Discursos Parlamentares
PT/AHS-ICS/MFM-AI-3 · Série · 2006
Parte de Colecção Maria Filomena Mónica

Contém: Listagem com as siglas utilizadas; Legenda - Comissões da Câmara dos Deputados; Legenda - Comissões da Câmara dos Pares; Índice alfabético de nome (apelido).

Nota sobre o «Levantamento dos Discursos Parlamentares, 1834-1910»

Por não existirem índices nos Diários das Câmaras dos Deputados e dos Pares para este período, considerei indispensável proceder-se a um levantamento tão exaustivo quanto possível dos discursos dos parlamentares antes de se começar a redigir as biografias que constam dos três volumes do «Dicionário Biográfico Parlamentar», que coordenei. Apesar da margem de erro, relativamente elevada, que o levantamento conterá, penso ser útil colocá-la na Internet, uma vez que a ele poderão ter acesso os investigadores a trabalhar sobre este tema e período.

Foi esta uma tarefa difícil, não só devido à sua natureza, essencialmente monótona, mas porque, às vezes, era difícil apurar quem era quem: quando lhes apetecia, tanto os deputados como os pares usavam apelidos diferentes e alguns irmãos bem como pais e filhos surgem com o mesmo nome, podendo ter sido confundidos. Seja como for, a dimensão do levantamento é considerável: em papel, corresponderia a cerca de 3.500 páginas. Se houve parlamentares que pouco discursaram, outros existiram que se revelaram muito activos, estendendo-se as suas intervenções por vários dias. Elaborou-se ainda uma lista dos parlamentares presentes nas comissões especializadas. Quem deseje escrever a biografia de alguém que tenha sido parlamentar entre 1834 e 1910 tem o trabalho de casa adiantado.

Maria Filomena Mónica

Para uma consulta dos Diários da Câmara dos Deputados, da Câmara dos Pares e da Câmara dos Senadores consulte www.parlamento.pt.

Para mais informações sobre a história parlamentar portuguesa consulte Materiais para a História Eleitoral e Parlamentar Portuguesa (1820-1926)
(http://purl.pt/5854/1).

Mónica, Maria Filomena.
Diário de Antero Leal Marques
PT/AHS-ICS/DLM · Fundo · 1932

Antero Leal Marques (1880-1969) foi chefe de gabinete de Oliveira Salazar entre 27 de Abril de 1928 e 28 de Agosto de 1940, tendo sido um dos primeiros e mais íntimos colaboradores de Salazar, primeiro, no Ministério das Finanças e, depois, na presidência do ministério. Escreveu um curtíssimo «Diário», manuscrito, que tem por objecto a formação do primeiro governo de Salazar, em Julho de 1932. Esse documento, um volume com 64 páginas, foi doado por Henrique José Monteiro Chaves ao Arquivo de História Social.

O fundo contém ainda fotocópias de condecorações entregues pelo Estado Português e Espanhol a Antero Leal Marques (1930-1934) e outra documentação de apoio à investigação produzida por Henrique Chaves (Fotocópias e transcrições do manuscrito).

Marques, Antero Leal.
Descolonização Portuguesa
PT/AHS-ICS/ML-B-DP · Subsecção
Parte de Arquivo de Manuel de Lucena

Série de transcrições de entrevistas (e cassetes respetivas) sobre a descolonização portuguesa de 1974/1975, a protagonistas desse processo: por um lado, governantes, chefes militares, dirigentes do MFA e outros que então actuaram na Guiné-Bissau, em Cabo Verde, Angola e Moçambique; por outro lado, responsáveis metropolitanos ou íntimos colaboradores seus. A equipa, coordenada por Manuel de Lucena, incluia os investigadores Maria de Fátima Patriarca, Carlos Gaspar, Luís Salgado de Matos. Desenvolvido no Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa, o projecto foi apoiado pela Fundação Oriente.

"Não procurando promover qualquer interpretação, chegar a juízos gerais ou encerrar os eventos abordados numa dada problemática, o grupo entrevistador foi seguindo os relatos e aceitando as visões dos seus interlocutores, embora não deixasse de lhes solicitar esclarecimentos por vezes incómodos."
"introdução", por Manuel de Lucena

Lucena, Manuel de.
PT/AHS-ICS/MFM-AI-2 · Série · 1852-1889
Parte de Colecção Maria Filomena Mónica

Este fundo reúne a transcrição da correspondência da família de Rio Maior, num total de 1740 cartas. A maior parte, 1138, são da mãe Isabel, a 3.ª condessa de Rio Maior, para seus filhos António e José: 486 cartas dirigem-se ao filho António (cobrindo os anos de 1852-58 e 1860-63); e 652 cartas são para o filho José (abrangendo, sensivelmente, o período de 1854-1889). Já as cartas do conde de Rio Maior para os filhos não vão além de três, sendo de admitir que muitas se tenham perdido.
Este fundo reúne ainda as cartas de ambos os filhos para os pais: 120 do António e 447 do José, o que perfaz um total de 567 cartas. A esmagadora maioria dirige-se à mãe Isabel e raras são as que se destinam ao pai.
Por fim, reúne cartas do preceptor, Caetano Franco de Sousa, que acompanhou António e José na sua estadia na Universidade de Coimbra, bem como de figuras ligadas àquela cidade, casos de Bernardo da Silva Carneiro e Raimundo V. Rodrigues. E ainda cartas de Bárbara de Saldanha.
As cartas estão divididas em subseries: Cartas da Condessa para o filho António; Cartas da Condessa para o filho José, Cartas dos filhos António e José para os pais; Cartas de Bárbara de Saldanha, casada com o filho João; Cartas de Caetano Franco de Sousa; Cartas de Raimundo Venancio Rodrigues; Cartas de Bernardino Carneiro e Cartas de Charles de Almeida.

Em toda a correspondência, foi mantida a ortografia da época e a dos seus respectivos autores.

Oliveira e Sousa. Familia, condes e marqueses de Rio Maior
Coleção Francisco Santos Serra Frazão
PT/AHS-ICS/FSSF · Fundo · 1942-1946

Transcrição digital de diversas obras inéditas escritas por Francisco Santos Serra Frazão. Nomeadamente, A Reabilitação dos Negros (1942); Da Vida Afectiva e Sentimental dos Negros de Angola: Apontamentos Etnográficos (1945), parcialmente publicada no Mensário Administrativo; Ovihemba: A arte de curar entre os Negros de Angola, Apontamentos etnográficos (1945); Amuletos e Feitiços: Breves apontamentos etnográficos sobre os povos de Angola (1946); Da Vida e Morte dos Negros de Angola: Estudos Etnográficos dos Povos Angolanos (1946); Poemas de Gente Negra: Cenas da Vida Africana (1946).

Frazão, Francisco Santos Serra
Cartas de Jaime Batalha Reis para Celeste Cinatti
PT/AHS-ICS/MFM-AI-1 · Série · 1869-1872
Parte de Colecção Maria Filomena Mónica

No Espólio de Jaime Batalha Reis, depositado na Biblioteca Nacional, no Arquivo de Cultura Portuguesa Contemporânea, existem perto de 600 cartas de Jaime Batalha Reis para Celeste Cinatti. Da extensa correspondência trocada entre ambos a que resta é, na sua quase totalidade, da autoria do primeiro. A sua filha mais nova, Beatriz, que organizou o Espólio do pai, explica a razão. A mãe, antes de morrer, pedira ao marido que queimasse as cartas que lhe escrevera. Jaime Batalha Reis hesitou, hesitou durante trinta anos. Foi só nesse ano de 1930 que as releu, confidenciando às filhas:"[...] sinto-me tão enamorado dela como estava então". Conta Beatriz que "a voz se lhe embargou e os olhos se lhe encheram de lágrimas." Como última prova de amor fez-lhe a vontade. Queimou-as quase todas, deixando apenas poucas e de difícil leitura. O critério que nos norteou na escolha das duzentas e trinta e seis cartas agora colocadas ao dispor dos investigadores, foi o de dar a conhecer algumas das que nos pareceram mais significativas para a caracterização dos sentimentos, hábitos e pensamento da burguesia de meados do século XIX. Foi possível fixar a data do início da correspondência, até agora em dúvida, graças a uma carta de Celeste Cinatti - das poucas que se salvaram - a partir da qual podemos datar de 1868 o início da relação epistolar.
Todas as cartas estão numeradas de 1 a 236. Foram transcritas na íntegra, embora oito estejam incompletas. Existem muitas fragmentadas, outras delidas pelo tempo, cuja leitura é ininteligível. A transcrição apresentou diversas dificuldades em relação à escrita, frequentemente cruzada, isto é, escrita à largura do papel sobrepondo-se a continuação na vertical. A datação apresentou também alguns problemas, pois poucas cartas foram datadas pelo autor. Em muitos casos, a datação é da nossa responsabilidade baseada em acontecimentos ou actividade de personalidades nelas referidas e, então, aparece entre parênteses rectos. A falta de indicadores credíveis levou-nos, com frequência, a interrogar a datação. O local de emissão mereceu tratamento idêntico, pois quando a atribuição é nossa, também aparece entre parênteses rectos ou interrogado. Na cabeça da carta, além do número, à esquerda, aparece, à direita uma letra, e um conjunto de algarismos. Trata-se da cotação do documento: E4 designa Espólio de Jaime Batalha Reis; o número que se lhe segue, 57, 58, 59 ou 60, corresponde ao número das caixas onde as cartas estão guardadas, os dois seguintes representam a pasta e a posição da carta dentro desta. Exemplo: E4/57-1 (3). O investigador notará que as cotas das cartas não são sequenciais pois a organização inicial dispersou a maior parte delas, mantendo juntas apenas aquelas em que o autor designava o local donde tinham sido enviadas ou as que referiam um acontecimento relevante. A ortografia foi actualizada e os erros e lapsos corrigidos, o que sempre se assinalou. Moderou-se a pontuação e abriram-se alguns parágrafos.

Cabe-me agradecer ao Doutor Marques da Costa, um dos primeiros investigadores a interessar-se por Jaime Batalha Reis, o ter-me facultado as cartas que já havia transcrito. E, finalmente, a minha gratidão à Doutora Filomena Mónica que, com o seu incitamento, ralhetes e empurrões me levou a terminar um trabalho iniciado há muitos anos e constantemente interrompido.

Maria José Marinho
Lisboa, Dezembro, 2006

Reis, Jaime Batalha.
PT/AHS-ICS/PQ-CP-003-07 · Item · 04-11-1952
Parte de Espólio Pinto Quartin

Transcrição:

Estimado camarada Josê de Almeida:

Satisfazendo no possível o seu desejo, vou enviar para a Delegação de O Primeiro de Janeiro dessa cidade, em seu nome, os números dos jornais Despertar e Vida Livre que possuo. Disse no possível porque não possuo todos. Mas quem da o que tem... Que eles não são dados mas emprestados pelo tempo de que necessitar. Seguem também dois opúsculos meus, mas que não são. para figurarem na bibliografia, pois pertencem ao numero dos tais, que do anarquismo só tem o espírito. É apenas como uma pequena lembrança que lhos remeto. Sobre a suspensão dos jornais que tão amavelmente me enviava, devo dizer-lhe que estimarei que envie aqueles que tragam algum artigo de grande actualidade, como por exemplo aquela entrevista do Charlot dada a um jornal ingres, Seguem as respostas às perguntas que me formulou:
— O Avante! — Diário operário da tarde — apareceu no dia 20 de Junho de 1919, em Lisboa. Era o seu director Carlos José de Sousa.
— O Proletariado Histórico, trad. de Alfredo Guerra, foi editado no Porto pela Biblioteca "A Comuna" mas não tem data. É uma compilação de documentos históricos.
— Não consegui ainda saber a data em que saiu o primeiro numero da Sementeira. Sei que durou de 1909 a Fevereiro de 1913 reaparecendo em Janeiro de 1916 acabando em Agosto de 1919. Foi seu director invariável Hilario Marques.

  • E agora junte à relação de jornais ja enviada mais estes:
    O Grito da Juventude — Órgão do Núcleo da Juventude Sindicalista do Porto – I. Nº I de Agosto de 1925 — Sec. redactor Ernesto Ribeiro A Nova Aurora - Quinzenário de propaganda social. Nº I: I° de Maio de 1919, Lisboa. Redactor-principal: José dos Santos. Este jornal publicava uma pagina com o título A Verdade - Órgão das Juventudes Sindicalistas. Redactor principal: Cristiano Lima. Eram dois jornais num só.
  • Junto uma nota de algumas das mais antigas publicações nacionais anarquistas. Destas é que seria na verdade interessante fazerem-se gravuras, pois são tão raras que daqui e alguns anos não haverá delas nem rasto. O meu caro José de Almeida dispõe de mim para o que quiser. Faça as perguntas que quiser, que eu procurarei responder. Mas com a condição de não me ser exigida pressas. Aos camaradas de Coimbra, e particularmente ao prof. Costa, agradeço as suas saudações e retribuo com a mais viva simpatia.
    Para o meu, caro José de Almeida vai um fraternal abraço. Sempre ao seu dispôr
Quartin, António Tomás Pinto.
PT/AHS-ICS/PQ-CP-003-04 · Item · 24-10-1952
Parte de Espólio Pinto Quartin

Transcrição:

Camarada José d'Almeida
Agora que, com a ultima relação enviada ontem, a que se seguira a relativa a Teatro e Literatura, dou por cumprida a promessa que fiz de O auxiliar - auxilio que consistia em enviar-lhe as espécies bibliográficas que possuo — venho responder às várias perguntas de suas cartas. Antes porem quero pedir-lhe desculpa e da forma atabalhoada como me desempenhei da tarefa, devido o à desarrumação do meu arquivo e livraria como ainda ao tempo de que precisei para ler, visto que, tratando-se não de uma bibliografia social mas especificamente anarquista, muitas vezes tive necessidade de ler ou de reler certos livros, jornais, revistas, manifestos e folhetos. Vamos agora às suas perguntas. — Apesar de considerar Tolstoi um anarquista, nenhuma das suas obras devera em meu entender ser incluída numa bibliografia anarquista, porque nenhuma delas e de doutrina.
O mesmo penso das obras de Adolfo Lima . O seu trabalho propriamente anarquista encontra-se espalhado em jornais e revistas com o pseudónimo de João Branco. Os seus livros são sobre pedagogia, e, esta como ciência, não tem rotulo. O único livro que poderá figurar e a tese sobre "Organização social sindicalista", mas que não foi publicada com o seu nome. De Emilio Costa nem todos os seus trabalhos devem figurar. Os que entendo deverem ser incluídos, anotei numa das folhas que lhe mandei. O mesmo sucede com Campos Lima. Este teve pelo menos três jornais diários, com umas tinturas libertarias, mas não nitidamente. - Não conheço em português tradução de Como faremos a revolução de Pataud e Pouget. Tradução do Auxílio Mutuo, de Kropotkine, sei que existe, mas não tenho nem sei quem tenha e nunca vi. Parece-me que tambem existe uma tradução da Conquista do Pão, mas só conheço a da "Colecção Sociologica". Desta Colecção não consegui, nem mesmo com os editores, uma relação completa. Nem todos porem devem figurar na Bibliografia. Dei a nota dos que possuo e entendo poderem ser considerados anarquistas.

  • A Terra Livre não chegou a publicar Escola para operários de Emílio Costa nem Neo-Malthustanismo de Gaspar Santos. Os postais publicados tinham uma alegoria e pensamentos (de Adolfo Lima, Neno Vasco, Pinto Quartim e Sobral de Campos.
  • Das Figuras do Social so apareceu a primeira: Eliseu Reclus, de Emílio Costa.
  • Sindicalismo e Socialismo, de Lagardelle, não conheço. Ha um folheto da "Biblioteca do Movimento Social" — Antiga Casa Bêrtrand, Lisboa, sem data, com esse título, le que insere artigos de varios, sendo um deles de H. Lagardelle intitulado Sindicalismo e Anarquismo.
  • Não considero O anarquismo e a questão social de Antonio Serpa, uma obra que se salientasse no combate ao anarquismo. Pelo contrario. Tomando-o a serio, discute-o com muita correcção e sem acrimontia.
  • Não conheço em português as Doze provas da inexistência de Deus, de Faure. Josê Oiticica é brasileiro. Não conheço o trabalho a que se refere editado em Portugal. Pertencera, portanto, a bibliografia anarquista brasileira.
  • Educação e ensino - de Adolfo Lima e Ensino da Historia tem data de 1914, Karl Marx e Jean Jaures são biografias de socialistas autoritários. O Almanaque de Aurora foi publicado em 1912 mas para o ano de 1913 –
  • Acção Directa e Acção Legal, conferencia de Emilio Costa, e de 1911.
  • Não confundir as revistas Pão e Liberdade de Silva Junior com Amor e Liberdade. A primeira é de 1908, a segunda, de 1904. Revista com o título Pão e Liberdade não conheço, muito menos de Emílio Costa.
  • A data certa da revista Amanha e 1909. Houve outra Amanha, de Campos Lima, 1922.
  • Creio que da "Brochura Social" saíram só três folhetos, dá por mim indicados.
  • A Obra de Lisboa não sei a data do primeiro número. Procurei e não consegui saber.
  • O Despertar, do Porto, é de 1902. A revista de Lisboa Novos Horizontes
  • Em 1911 houve em Lisboa um semanário anarquista em Lisboa com o título O Agitador. O Agitador de 1685 não conheço.
  • Já fiz menção dos dois jornais de Coimbra Vida Livre e Despertar. Ficamos por aqui hoje. Isto tem de ser condicionado ao tempo disponível. Continuarei por estes dias.
    Agradeço o envio dos jornais, mas E preferível enviá-los a quem mais necessite de os ler. Disponho, infelizmente, de muito pouco tempo para leitura de jornais. O material é tão escasso que é preciso aproveita-lo bem. Os novos carecem muito de leitura para conhecer o que pretendemos. As notas que envio não são para publicar. são indicações para si. No entanto, aproveite as que julgar uteis.
    Saudações aos camaradas e um fraternal abraço do seu amigo e admirador
Quartin, António Tomás Pinto.