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Descrição arquivística
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PT/AHS-ICS/DIV-02B-2022-04A · Item · 2022-04
Parte de A Divulgação AHS/ICS-ULISBOA

Guimarães, Paulo Eduardo. (2022). "António Pinto Quartin: um anti-colonialista em Angola nos anos '30 do século XX" in Alves, Ricardo; Redol, A. Mota (coord.), Anarquismo, Insubmissão e Incoformismo; Edições Colibri, pp. 187-206. https://dspace.uevora.pt/rdpc/handle/10174/32850

Neste texto, o autor traça o percurso biográfico e intelectual do jornalista e libertário António Pinto Quartin durante a sua estadia em Angola nos anos'30. Baseando-se em fontes coevas, documentação pessoal e jornalista, destaca-se aqui a leitura crítica da experiência colonial portuguesa, bem como a intervenção crítica do jornalista na sociedade colonial angolana.

PT/AHS-ICS/DIV-02C-2017 · Item · 2017
Parte de A Divulgação AHS/ICS-ULISBOA

Marques, Isabel Alexandra Baptista. (2017). "Deixar África 1974-1977 : experiência e trauma dos portugueses de Angola e de Moçambique"
Tese de doutoramento, História (Dinâmica do Mundo Contemporâneo), Universidade de Lisboa, com a participação do ISCTE- Instituto Universitário de Lisboa, Universidade Católica Portuguesa, Universidade de Évora, 2017, https://repositorio.ul.pt/handle/10451/28878

Esta tese propõe-se examinar porque foi o êxodo da descolonização da África portuguesa (iniciado em 1974) sentido e descrito por muitos portugueses que viviam em Angola e em Moçambique como uma experiência psicologicamente dolorosa e procura identificar os factores mais influentes na formulação dos seus sentimentos negativos sobre as consequências deste deslocamento nas suas vidas. Considerando que a partida das colónias representou uma ruptura social e cultural e uma perturbação identitária que causou um trauma transicional nos portugueses radicados que a sentiram como uma ‘amputação existencial’. As crenças, experiências, percepções e estados emocionais relatadas em testemunhos epistolares e institucionais sobre a transição para as independências, o embarque e após a chegada a Portugal permitem assinalar que estas narrativas do êxodo (de memória recente) se fundam em discursos de legitimação, reclamação, vitimização e responsabilização. Os 2 primeiros baseados em crenças, realidades e vivências coloniais como a fixação definitiva, as mitificações luso-tropicalistas, o distanciamento físico e afectivo à metrópole e a forte ligação de pertença e de posse reclamada pelo ‘suor derramado’ e o ‘apego umbilical’ a África. Além do fim de uma realidade de identificação colectiva e de projectos de vida, o ‘sonho africano’ terminou com perdas materiais e danos morais e afectivos geradores de sentimentos de abandono, pânico e indignação. As dificuldades de instalação em Portugal de ordem prática (financeiras e de satisfação de necessidades básicas como alojamento e alimentação) e psicológica (de desajustamento) reforçaram o discurso de vitimização ancorado num sentimento de injustiça e na reclamação numa compensação merecida e acentuaram o de responsabilização dos poderes nacionais, marcado por sentimentos de desconfiança, ressentimento e traição. Após a chegada, estes discursos resultaram do choque causado pelo anátema da sua categorização de ‘retornados’, à época associada a preconceitos estereotipados, da relação conflitual com os residentes e da sua perspectiva judicativa e acusatória sobre o processo de descolonização.

Mensário I, n. 6 :: nov-dez23 :: Instantes da guerra
PT/AHS-ICS/DIV-05M-006 · Item · 2023-11
Parte de A Divulgação AHS/ICS-ULISBOA

Divulgação sobre a coleção fotográfica de Luciano Leal, angariada em 2023, através de projeto de investigação liderado pela antropóloga investigadora do ICS-ULisboa, Maria José Lobo Antunes, sobre memória e história da guerra colonial/libertação.

Antunes, Maria José Lobo
Mensário II, n. 7 :: jan24 :: Feminismo e Eugenia
PT/AHS-ICS/DIV-05M-007 · Item · 2024-01
Parte de A Divulgação AHS/ICS-ULISBOA

Divulgação sobre duas brochuras do Espólio de Pinto Quartin, que articulam Feminismo e Eugenia, por Ricardo Gomes Moreira, estudante de doutoramento em Antropologia no ICS-ULisboa. Inclui também secção sobre recente disponibilização da Coleção da Associação Tchiweka de Documentação (ofertada em junho de 2023); sobre um documento do Espólio de Pinto Quartin, escolha do arquivista do AHS, João Pedro Santos, e sobre a Exposição temporária "Há sempre alguém que diz não".

Moreira, Ricardo Gomes
Newsletter #15 janeiro 2021
PT/AHS-ICS/DIV-04-15 · Item · 2021-01
Parte de A Divulgação AHS/ICS-ULISBOA

texto de divulgação do acervo do AHS, sobre documento do MPLA e a guerra de libertação do colonialismo português em Angola, por Joana Bénard da Costa, revisão de Rita Almeida de Carvalho.

Joana Bénard da Costa
PT/AHS-ICS/DIV-02C-2022-07 · Item · 2022-07
Parte de A Divulgação AHS/ICS-ULISBOA

Evans, David Glyn (2022). The Chocolate Makers and the “Abyss of Hell”: Race, Empire and the Role of Visual Propaganda in the Anglo-Portuguese Controversy surrounding Labour Coercion in the “Cocoa Islands” (1901 - 1917) [Tese de doutoramento, NOVA FCSH].
Repositório da NOVA FCSH. https://run.unl.pt/handle/10362/147069

A presente dissertação aborda o escândalo associado ao emprego de mão-de-obra coagida, sistema, esse, que estava generalizado nas colónias de África Ocidental Portuguesa no início do século vinte, nomeadamente nas roças de cacau de São Tomé e Príncipe. A controvérsia, que, durante muito tempo, teve referências quase semanais na imprensa portuguesa e britânica atingiu o seu auge em 1909, com o conhecido boicote à compra de cacau português imposto pelos chocolateiros britânicos Cadbury, Rowntree e Fry e os seus associados alemães, Stollwerck, que nunca viria a ser levantado. Apesar da suspensão, durante três anos, do recrutamento e importação de trabalhadores angolanos para as chamadas “ilhas do cacao”, e a sua repatriação sistemática depois da queda da Monarquia, a campanha humanitária britânica prosseguiu no Parlamento e a Imprensa, intensificando-se até 1912, perante o cenário de negociações anglo-alemães, supostamente secretas, que se destinavam a redistribuição das colónias portuguesas em África. Os anteriores estudos acerca do chamado “Cacau Escravo” deram ênfase à campanha humanitária britânica, ao mesmo tempo subvalorizando a oposição em Portugal contra o sistema de contratação de mão-de-obra e tratando de forma sumária os principais objectivos, muitas vezes escondidos, de quase todos os protagonistas da disputa. Este estudo representa uma tentativa de corrigir o que tem sido a narrativa predominante e de mostrar como uma questão, essencialmente do foro dos direitos humanos, foi explorada de forma pragmática para obter resultados menos altruístas, tanto na Grã-Bretanha como em Portugal. O estudo baseia-se em relatórios e declarações governativos, correspondência diplomática acerca do trabalho contratado em S.Tomé e Príncipe, legislação nacional e colonial acerca da mão-de-obra indígena, artigos, referências e ilustrações de periódicos portugueses e estrangeiros, e artigos de opinião, panfletos e obras de ficcão que exemplificam as atitudes contemporâneas acerca de mão-de-obra contratada e o tratamento das comunidades indígenas das colónias portuguesas de África. Entre as fontes que foram examinadas em pormenor pela primeira vez aqui, enriquecendo o já substancial corpo de matéria de investigação, contam-se fotografias, bilhetes-postais ilustrados, anúncios, slides” de lanterna mágica e filmes documentários que influenciaram a opinião pública na controvérsia e desempenharam um papel significativo no reforço de atitudes racistas.

PT/AHS-ICS/DIV-02B-2022-04 · Item · 2022
Parte de A Divulgação AHS/ICS-ULISBOA

Strippoli G. Women’s Transnational Activism against Portugal’s Colonial Wars. International Review of Social History. 2022;67(S30):209-236. doi:10.1017/S0020859022000037

This article recovers the history of the transnational women's movement that arose during Portugal's colonial wars (1961–1974). This movement connected women in Portugal and its colonies and operated independently of the PCP, MPLA, PAIGC, and FRELIMO. Most research on women's activism in Portugal, Angola, Guinea-Bissau, Cabo Verde, and Mozambique begins with their relationships to the male-dominated organizations that operated within national frameworks. In contrast, by examining the international connections of these women's groups, this article illuminates their political activities outside national organizations led by men. It shows that women created transnational solidarity networks struggling against the Portuguese Estado Novo and the colonial wars and, in doing so, promoted their own emancipation.