Revista de Primícias Literárias e Artísticas: contém conto da autoria de Francisco de Sá Carneiro.
Academia Cultural de João de DeusRevista de Primícias Literárias e Artísticas.
Magno, Alexandrino.Conjunto de publicações preservadas por Ana Vicente, cujo eixo temático é o género feminino. Tratam-se de publicações maioritariamente produzidas no contexto português, contendo também publicações de âmbito internacional (França, Espanha e Inglaterra).
Vicente, AnaRevista da Associação dos Estudantes de Económicas sobre economia, cultura e actividades associativas.
Associação Académica do ISCEF/ISEOposição ao Estado Novo; crises académicas; emigração/exílio no estrangeiro. 1960-1973. Conjunto extenso de documentação, em especial comunicados, revistas e jornais estudantis etc., ligados à contestação e oposição ao regime entre os anos de 1960 e 1973. Inclui, igualmente, um grande volume de documentos relacionados com o movimento estudantil a partir de núcleos organizados no estrangeiro, nomeadamente Paris, Londres e Genebra que apoiavam os estudantes em Portugal.
Laranjo, José.Número da revista "Paris Match" sobre a visita do Papa Paulo VI a Fátima; contém várias fotografias a cores dos peregrinos e da peregrinação.
Barreto, JoséRevista ilustrada sob a direcção de Leonardo Coimbra, Jaime Cortesão e Álvaro Pinto
A revista Nova Silva deu expressão à tendência libertária e anticlerical do grupo de jovens estudantes republicanos e livre-pensadores que esteve na origem da Renascença Portuguesa. Nova Silva adoptou como lema libertas. Livre de preconceitos, apartidária e independente de escolas e programas, procurou encontrar na liberdade o fundamento do bem e da justiça humanas. O mensário acompanhou a crise académica e incitou à greve geral académica de 1907. Com o mesmo empenho anunciou e divulgou os preparativos para a formação de uma escola livre em Coimbra, que não chegou a concretizar-se, mas que já prenunciava os projectos de educação popular, tão caros ao futuro movimento da Renascença.
Revista ilustrada (Fevereiro-Abril de 1907), sediada no Porto, apenas publicou cinco números. Teve como fundadores e directores Jaime Cortesão, Álvaro Pinto, Leonardo Coimbra e Cláudio Basto. Este último abandonou a direcção no final do n.º 3, afirmando ter-se desvinculado daquela responsabilidade no n.º 2. Com Cláudio Basto saiu também o editor, Amadeu da Assunção, ambos futuros médicos. O editor a partir do n.º 3, Carlos Gonçalves, era um publicista republicano que continuou nos anos seguintes a participar em projectos editoriais, quer com Jaime Cortesão quer com Álvaro Pinto. A paginação a duas colunas manteve-se ao longo da publicação, assim como o recurso a ilustrações e a desenhos. Nas duas primeiras edições, o sumário dos artigos surgiu na capa e a contracapa foi ocupada por publicidade. Nos últimos três números, a revista deixou de inserir publicidade e o sumário passou para a segunda página. A capa alterou-se no n.º 3, passando a apresentar cabeçalho com a imagem forte, a vermelho e preto, de um proletário que quebrara as algemas e se apresentava portador do fogo. Nos n.ºs 1 e 2, as gravuras foram realizadas na Litografia Portuguesa e, nas edições restantes, na Oficina de Gravura Cristiano & Nunes. A produção tipográfica manteve-se na Imprensa Civilização, na Rua Passos Manuel, 215, e a sede da direcção e redacção também se conservou inalterada, na Rua de Santa Catarina, 438.
Adelaide Machado
Existências: Nº 1 - Nº 6 (1909)
AMANHÃ – “Revista popular de orientação racional dirigida por Grácio Ramos e Pinto Quartim em Lisboa, de 1 de Junho a 15 de Agosto de 1909, seis números.
Periódico anarquista, foca temas de actualidade na época: faz a apologia do amor livre, do divórcio, da pedagogia libertária, do ateísmo e da nova ortografia.
Apresenta artigos de grande qualidade.
Eis um excerto do editorial:
«Quem somos? Somos os precursores do futuro, os precursores do amanhã. O que queremos? Queremos pão, liberdade, ciência e bem-estar para todos os que compõem a família humana. Queremos que a cada indivíduo assegurado seja o seu máximo de felicidade.»
Noutro passo, afirma-se nomeadamente que a revista se publica «rompendo com todo o passado, sem respeitar nem ídolos, nem deuses, nem dogmas, nem preocupações» e que tem como objectivo supremo a instrução científica e racional do povo. Este periódico constitui um importante acervo das ideias progressistas do início do século.
No número inaugural Tomás da Fonseca publica um excerto dos Sermões da Montanha, Emílio Costa o artigo «Eduquemos Sempre»; no n.º 4 homenageia-se o geógrafo anarquista Elisée Reclus. Principais colaboradores: António Altavila (3), Augusto Casimiro (3P), Bento Faria (2P), Coriolano Leite (6P), Dikran Elmassian (6), Elisée Reclus (4), Emílio Costa (1), José Bacelar (1C, 4P), Kropotkine (4), Manuel Ribeiro (1P), Pinto Quartim (1,5), Tomás da Fonseca (1)”.
In PIRES, Daniel, Dicionário da Imprensa Periódica Literária Portuguesa do Século XX (1900-1940), Lisboa, Grifo, 1996, pp. 64-65.
Ramos, Grácio.Martins, Ernesto Candeias (2020). "Educação (especial), métodos de ensino e instituições destinadas à surdez em Portugal: Visão sociohistórica no Séc. XIX e inícios do XX" in
Revista Temas em Educação, João Pessoa, Brasil, v. 29, n.2, p. 96-118.
Trata-se de um estudo histórico-descritivo que aborda a educação especial às crianças surdas-mudas no séc. XIX e começos do XX, em Portugal. O seu marco conceptual assenta em fontes documentais e arquivísticas e de outras fontes secundárias no âmbito da História da Educação (Especial) sobre surdos. A nossa argumentação historiográfica, de teor hermenêutico (analítica) incide na educação, ações de ensino (métodos) aos surdos e nas iniciativas institucionais para essas pessoas com deficiência sensorial, ditas‘anormais’ na época. O debate entre as técnicas de ensino aos surdos (oralismo, gestualismo), no âmbito de uma pedagogia diferenciada, acompanhou as tendências europeias divulgadas (métodos: francês e alemão). Em oitocentos, criaram-se classes/aulas e instituições, com o apoio dos municípios e misericórdias (Lisboa, Porto) e de filantropos ou beneméritos, destacando-se o papel da Casa Pia de Lisboa, instituição pioneira na educação dos surdos-mudos. Os nossos objetivos são os seguintes: compreender a existência de uma pedagogia nacional para os surdos (séc. XIX e parte do XX) e respetivas iniciativas educativas; analisar os métodos ou técnicas de ensino (oralista, gestual) seguidos por alguns pedagogos em instituições; compreender a organização de estudos do Real Instituto para surdos-mudos da Casa Pia e as principais características de aprendizagem. Este retrospecto histórico sobre educação da surdez intenta configurar práticas, orientações metodológicas e propostas educacionais, algumas diferentes, que desenvolveram muitas capacidades nos surdos, apesar de limitações. Toda esta visão historiográfica feita em 4 pontos do texto permitiu conhecer os caminhos percorridos pela comunidade surda, as suas dificuldades e lutas e as formas de intervenção.
Cova, A. (2010). "O Conselho Nacional das Mulheres Portuguesas (1914-1947)" in Notícias: temas e notícias da cidadania e da igualdade de género, 84, pp. 14-18. https://repositorio.ul.pt/handle/10451/12069
Nascido em Lisboa em 1914 e encerrado pelo Estado Novo em 1947, o CNMP foi a mais duradoura associação de mulheres em Portugal. Um terço (os doze primeiros anos) da existência do Conselho Nacional das Mulheres Portuguesas (CNMP) é passado num regime republicano, enquanto os dois terços seguintes (vinte e um anos) o são numa ditadura militar (1926-1933) e sob o Estado Novo que se inicia em 1933. O período de ouro do CNMP acontece nos anos vinte, com a organização de dois congressos feministas (1924 e 1928) sob a longa presidência de Adelaide Cabete, de 1914 a 1935. É precisamente este período republicano que nos interessa evocar rapidamente, dando a ênfase sobre a génese do CNMP que era uma federação feminista.
Barreto, J. (2012). Fernando Pessoa e Raul Leal contra a campanha moralizadora dos estudantes em 1923. Pessoa Plural: revista de estudos pessoanos/journal of Fernando Pessoa studies, 2, (outono), pp. 240-270. ISSN: 2212-4179 https://repositorio.ul.pt/handle/10451/7480
Reproduzem-se aqui quatro panfletos, dois deles pouco conhecidos, que Fernando Pessoa e Raul Leal escreveram em 1923, na sua polémica com a Liga de Acção dos Estudantes de Lisboa. Esses documentos são antecedidos pela proclamação com que a Liga, em Fevereiro desse ano, iniciou uma campanha contra a literatura imoral, na sequência da publicação pela editora de Pessoa, Olisipo, dos livros Canções de António Botto e Sodoma Divinizada de Raul Leal.
Oliveira, Elisabete (2017). "A Escola Superior de Belas Artes de Lisboa na década de 1960 – acção dos tempos do figurativismo naturalista à liberdade e pluralismo estético" in Convocarte - Revista de Ciências da Arte, nº5, pp. 307-340.
Dez. 2017; https://repositorio.ul.pt/handle/10451/47186
Questionamo-nos: I) Como se pode partir duma ditadura e academismo e ser actor da transformação para a democracia e o pluralismo estético? II) Os actores dessa mudança serão activistas (Actv) ou artivistas (Artv)? O período de ‘60–’65 na ESBAL pareceu-nos um campo de análise privilegiado, insuficientemente estudado, formando actores de uma mudança referencial: atravessando constrangimentos como as lutas estudantis e colonial e a emigração, terão mudado a consciencialização-acção no Ensino Artístico e o sentido sócio-cultural dos posicionamentos/obras individuais e colectivos - em nossa hipótese, do figurativismo naturalista para o pluralismo estético internacional; e activaram dinâmicas sócio-culturais, como na Educação.
Objectivos gerais: Investigar como se pode chegar à criação livre, estético-eco-sociologicamente actuante, partindo dum contexto repressivo; se será legítimo designá-la de actv/artv; e assim, aprofundar a compreensão da complexidade da arte/cultura contemporânea.
Bandeira, Filomena (2020). "A Sociedade de Instrução e Beneficência A Voz do Operário. Outra forma de fazer política: a propósito da reforma dos serviços escolares (1924-1935)" in Cadernos de História da Educação, v.19, n.1, pp.187-213.
Este artigo insere-se num projeto sobre Escolas e experiências de referência em Portugal no século XX e centra-se no estudo de uma instituição que desenvolve atividades educativas num quadro associativo e para as classes populares. Optámos por uma apresentação descritiva com a intenção de argumentar que a adoção e aplicação de um modelo educativo, inspirado na Educação Nova e conformado a um público específico, assentou numa estratégia sociopolítica, emergente das condições históricas do associativismo operário na primeira metade do século XX e da situação vivida no País com a crise da Primeira República, que desembocou no Estado Novo. No artigo explanamos o processo de reforma dos serviços escolares da Voz do Operário entre 1924-1935, não sem antes apresentarmos uma história sumária da Sociedade, desde o fim do século XIX até à década de 1950, com o objetivo de representar a associação na sua dimensão, atividade e significado social.
texto de divulgação do acervo do AHS, sobre a Mensagem,órgão da Casa dos Estudantes do Império, número saido em 07-1964, por Joana Bénard da Costa, revisão de Rita Almeida de Carvalho.
Existências: Nº 13, Nº 14 (1928)
Revista dos EUA, Vol. VIII, Nº 1. Publicado pelos Serviços de Informação dos Estados Unidos. Embaixada Americana. Lisboa
Pistola, Renato (2024). "Cooperativismo, Cultura e Luta: A Cooperativa dos Trabalhadores de Portugal" in Cadernos Nova Síntese. As Colectividades de Cultura e Recreio na Resistência ao Fascismo Português. Caderno Comemorativo dos 50 anos do 25 de Abril.