O autor, ligado ao Departamento de Sociologia da Universidade de Nottingham, compila bibliografia e fontes (sobretudo jornais) sobre a Revolução Portuguesa.
Refere Fátima Patriarca e Manuel Vilaverde Cabral, entre outros, pelo apoio recebido na tarefa.
Autocolante de solidariedade com os detidos na sequência do golpe de 25 de novembro de 1975.
Noronha, Ricardo e Trindade, Luís (2019). "Portugal, uma retrospectiva: 1974" in Tavares, Rui (coord.) Colecção Portugal, uma retrospectiva, vol. 3, Público e Tinta-da-China.
O Portugal que se autocelebrou democrático e europeu em 1998, no nosso anterior volume, tem as suas raízes nos anos de 1974 e 1975, aqui narrados e analisados por Ricardo Noronha e Luís Trindade em toda a sua profusão de acontecimentos e de sentidos. Uma vez que fazemos, nesta coleção, uma viagem inversa à dos sujeitos históricos, é sempre crucial lembrar as condições em que estes agiam: sem saber como a história acabava. Em 1974 (e 1975) os atores sociais e políticos portugueses saberiam que se estava a encerrar um ciclo ditatorial que tinha durado mais de 40 anos, e um ciclo imperial que durara mais de 400. O destino imediato — a iniciação de um ciclo democrático — estava bem mais presente nos espíritos do que a abertura de um ciclo europeu.
Nesse hiato entre ciclos, emerge um ator coletivo múltiplo — o povo — que se empenha em preencher de sentido as palavras que constavam dos lemas revolucionários. O que está ainda em fluxo nesses anos são, afinal, os significados de democracia, de desenvolvimento e de descolonização. E, por detrás deles, o significado do próprio povo, exaurido por uma guerra colonial com que o regime do Estado Novo tentara provar que Portugal era um todo pluricontinental, e cujo desfecho demonstrará que as categorias de «Portugal» e de «portugueses» não são tão fixas e incontestadas como por vezes parecem. Acresce que, nestes anos revolucionários, tais categorias se cruzaram com outras igualmente objeto de disputa: a «classe», os «trabalhadores», a «propriedade», o «poder» e, como corolário, o «socialismo», a categoria que, entre todas, passa por uma transformação mais dramática, de horizonte histórico inescapável nos anos 70 até à sua quase invisibilidade nos nossos dias.
Se bem que em contraste menos evidente, os sentidos de «democracia», «desenvolvimento» e — por surpreendente que isso possa parecer — «descolonização» continuam a ser tão decisivos quanto fugidios nos dias de hoje. É por isso fundamental revisitar os anos de viragem em que se formou o Portugal contemporâneo, neste
estudo que alia magistralmente os fios da história social com os da história política e cultural de um país em transição.
Especial do 1976-05-08 e Número 0 ao Número 255 do Jornal Página Um. Alguns números como n.º1 faltam.
O primeiro Volume inclui algumas edições do jornal República do ano 1975, parte de PT-AHS-ICS-CAHS-IMP-REP.
Dentro do Volume VI encontra-se um conjunto dos textos de um António O.N. enviados a um concurso da Página Um. Algumas deles foram ganharam, e foram publicados nos números de 18/08/1977; 31/08/1977; 21/09/1977; 12/10/1977.
Fontes de vários fundos que o AHS salvaguarda têm potencial para a história da ruralidade portuguesa. O inventário detalhado de documentos de gestão de grandes propriedades latifundiárias, como da Casa Barão de Almeirim (1794-1959) ou da Casa Agrícola da Herdade da Palma (1873-1960) fazem parte do catálogo digital do AHS há algumas décadas. Dedicamos este número a enquadrar algumas outras fontes ligadas à história agrária, mais modestas em tamanho, e relativas a um período mais curto, do final do Estado Novo até ao PREC, mas não menos empolgantes, também em catálogo, para consulta presencial com marcação.
Continuamos a apostar em textos que explorem ora fontes ora um pouco da história do AHS. Contamos neste número com Kátia Favilla, estudante do DANT, e com a usual Escolha do Arquivista por João Pedro Santos, que abordam a extinção dos Grémios da Lavoura após o 25 de abril de 1974, revelando dimensões distintas da investigação que Manuel Lucena coordenou sobre esta, durante o PREC. Oskar Ruschmann escreve sobre o estágio Erasmus+ que fez no AHS, durante o verão, onde a imprensa do final do Estado Novo bem como do PREC lhe deixou impressões fortes sobre história contemporânea portuguesa e da importância de contactar com fontes. Divulgamos novos documentos em acesso livre no fundo de Pinto Quartin PQ), e algumas novidades no catálogo, em acesso livre, ou por consulta presencial.
Temos notícias também ao nível de parcerias de catalogação, sobre imprensa em exilio. Por fim, queremos convidá-los para a finissage da exposição O Pão, A Paz, a Habitação, que conta com o lançamento de Portugal em Mudança, onde António Costa Pinto, doador dos autocolantes que lhe deram o mote, será um dos comentadores. Boas leituras. Inês Ponte
Porta-voz do Partido Revolucionário do Proletariado/Brigadas Revolucionárias.
Dois volumes do jornal "Revolução".
Existências:
Volume encadernado: Ano I: Nº 1 (1 de Junho de 1974) a Nº 5 (28 de Junho de 1974); Nº 19 (8 de Novembro de 1974 a Nº 31 (1 de Março de 1975); Nº 33 (20 de Março de 1975 a Nº 44 (15 de Julho de 1975); Ano II: Nº 46 (1 de Agosto de 1975) a Nº 54 (21 de Novembro de 1975); Número especial de 11 de Novembro de 1975 dedicado à independência de Angola; Nº 56 (13 de Dezembro de 1975), Nº 57 (20 de Dezembro de 1975); Nº 59 (10 de Janeiro de 1976); Nº 60 (17 de Janeiro de 1976); Nº 63 (7 de Fevereiro de 1976)
exemplares avulsos: Ano II: nº 37 (23 DE Abril de 1975); Número Especial de 11 de Novembro de 1975 dedicado à independência de Angola; Número Especial de 25 de Novembro de 1975; Nº 56 (13 de Dezembro de 1975); Nº 58 (3 de Janeiro de 1976); Nº 60 (24 de Janeiro de 1976); Nº 62 (31 de Janeiro de 1976); Nº 64 (14 de Fevereiro de 1976); Nº 65 (19 de Fevereiro de 1976); Nº 67 (6 de Março de 1976) a Nº 70 (29 de Abril de 1976); Nº 72 (13 de Maio de 1976) a Nº 76 (10 de Junho de 1976); Nº 80 (23 de Julho de 1976); Nº 82 (21 de Agosto de 1976); Nº 86 (14 de Outubro de 1976); Nº 89 (4 de Novembro de 1976); Ano III: Nº 95 (6 de Janeiro de 1977)
Revolução (Jornal)O conjunto consiste em 106 jornais únicos (e dois duplicados, versões a preto e branco, isto é, sem destaques vermelhos, 21.11.1975 e 25.11.1975)*, que se podem distinguir em três períodos. 28 edições são do ano de 1969, e tratam o congresso republicano e as eleições legislativas de 26 de outubro de 1969; 3 edições são do ano de 1974, pouco após o 25 de Abril, golpe militar que derrubou o Estado Novo; e 75 edições sairam no ano 1975, que cobrem o PREC e também o 25 de novembro.
Em geral, o jornal Republica não era publicado ao domingo, com pelo menos uma exceção devido à declaração de estado de sítio que levou à suspensão da imprensa entre 26 e 29 de novembro 1975. Nesse sentido, foi publicado no dia 30 de novembro, um domingo. Na semana seguinte não houve jornal na segunda-feira.
*Mais 9 duplicados encontram-se encadernados no volume I da coleção pagina um (PT-AHS-ICS-CAHS-IMP-PUM)
República (Jornal)Colecção completa do jornal "Gazeta da semana" nº1 (1976/04/01) - nº31 (1976/12/03) e número especial (1977/01/15)
Gazeta da Semana1960-1980. Estado Novo. PREC. Extrema Esquerda.
Laranjo, José.Exposição "Da Resistência à Liberdade”; Palacete do Morgado da Casa da Cova/Condes de Sampayo, em Alhos Vedro; organizada pelo Departamento de Cultura, Património e História Local da Câmara Municipal da Moita.
Texto de apresentação:
"(…) Pretende-se abranger uma linha temporal desde a ditadura ao pós-abril, dando destaque aos acontecimentos e ação no concelho da Moita.
Parte desta exposição conta, ainda, a partilha emocionada de testemunhos de figuras do nosso concelho que viveram antes e depois da ditadura. Adriano Encarnação, Ana Tomás, António Chora, Daniel Justo, Dores Nascimento, Guilhermina Dias, Luís Chula, Marcolino Fernandes e o Padre Fernando Belo partilharam com a equipa da Câmara Municipal vivência únicas que estarão nesta exposição".
Jornal mensal, propriedade do Movimento da Esquerda Socialista.
Director interino César Oliveira .
Composto e impresso na Renascença Gráfica, Lisboa.
Distribuidora "O Século".
Existências:
Ano I, Nº 0 (12 Set 1974) a Ano I, Nº 38 (16 Julho 1975).
Faltam: Nº 3, Nº 4 , Nº 5, Nº 9, Nº 15, Nº 18, Nº 19, Nº 20, Nº 21, Nº 24, Nº 27, Nº 34.
Inclui folheto de publicidade ao jornal para recolha de assinaturas.
MES - Movimento de Esquerda SocialistaColeção completa do Jornal Esquerda Socialista - Orgão do Movimento de Esquerda Socialista. n.º0 (1974/09/12) - n.º38 (1975/07/16) incluindo número especial de 13 março 1975 sobre o golpe reacionário.
Notas:
n.º12 (1975-01-14) foi erradamente imprimido com n.º11
n.º20 (1975-03-18) foi erradamente imprimido com n.º18
Comunicados, propostas, e folhas informativas, produzidos entre 1970 e 1984 por sindicatos de diversas empresas, tal como a Philips, a Caixa Geral de Depósitos (inclui período como Delegado na Junta de Salvação Nacional, 1974), ou o Sindicato dos Bancários do Sul e Ilhas; SAMS - Sindicato dos Bancários do Sul e Ilhas.
Pereira, Raúl da Silva.A maioria da documentação está relacionada com o Movimento Estudantil.
Existe ainda documentação, datada de 1961 a 1976, que espelha a atividade política de José Laranjo e diz respeito às seguintes organizações políticas:
ARA, Acção Revolucionária Armada; Comissão Coordenadora dos Trabalhadores Portugueses em Inglaterra;
CMLP/PCP (m-l) - Comité Marxista-Leninista Português/-Partido Comunista de Portugal (marxista-leninista);
CPLAI - Comité Português de Luta Anti-imperialista;
FAP - Frente de Acção Popular;
LUAR - Liga de União e de Acção Revolucionária;
Movimentos Nacionalistas Africanos;
MRPP - Movimento Reorganizativo do Partido do Proletariado;
OCMLP - O Grito do Povo/O Comunista/Organização Comunista Marxista-Leninista Portuguesa;
PCP - Partido Comunista Português.
Engloba documentos de diferente proveniências sobre Extrema-esquerda, partidos de direita e partidos de esquerda; movimentos nacionalistas africanos e outros movimentos anticoloniais, Movimento feminista, Movimento sindical, Frente Patriótica Nacional,
Arquivo de História SocialAntónio Costa Pinto doou ao AHS uma vasta colecção de imprensa e de propaganda partidária dos anos sessenta aos anos setenta do século XX.
Trata-se de documentação que coleccionou quando militava na Extrema Esquerda.
Diz respeito aos movimentos estudantis (Comissões Estudantis de Unidade Revolucionária, Movimento Associativo dos Estudantes do Ensino Secundário de Lisboa, Comissão Pró-Associação dos Estudantes do Ensino Secundário de Lisboa), às organizações de extrema-esquerda (CARP, CCR (ML), CMLP, FUR, MRPP, ORPC (ML), PCP (R), PCP-ML, União Comunista (ML), UDP, UCRL) e às organizações revolucionárias do Exército (Servir o Povo – Órgão de Opinião e Informação de Militares Anti-Fascistas; Trincheiras de Abril – Revista dos Militares Patriotas e Democratas; Soldado e Marinheiro Vermelho – Jornal Revolucionário de soldados e Marinheiros). Desta colecção fazem ainda parte as actas manuscritas da Delegação do Liceu Pedro Nunes no MAEESL e alguma documentação da Sub-Delegação de Mértola da Mocidade Portuguesa (boletins de inscrição, relação dos filiados inscritos e correspondência expedida e recebida).
Documentação referente à Extrema-Esquerda, Frente Patriótica de Libertação Nacional, Movimento estudantil e Movimentos Nacionalistas Africanos, recolhida por António Barreto, em Portugal e no estrangeiro.
Barreto, António.Semanário.
Director: Manuel A. Monteiro
Composto e impresso na Tipografia Silvas. Lisboa.
Existências (intercaladas):
Ano I, Nº 1, 22 de Janeiro de 1976 a Ano VI, Nº 192, 19 de Setembro de 1979.
As designações dadas aos suplementos foram atribuídas pelos seus temas.
PCP (R) - Partido Comunista Português (Reconstruído)Reúne materiais gerados pela Exposição “A Paz, o Pão, Habitação…”: Valores de Abril em Autocolantes; Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa, 22 de maio de 2024 a 30 de Setembro de 2024; Curadoria: Inês Ponte, Annarita Gori, João Pedro Santos, AHS/ICS-ULisboa
"Através de autocolantes que fazem parte do acervo do Arquivo de História Social do ICS-ULisboa, esta exposição evoca os valores fundamentais de Abril: a Paz, o Pão, a Habitação, a Saúde e a Educação, como expressa a canção “Liberdade” escrita por Sérgio Godinho, há 50 anos. Quantos destes valores parecem hoje estar ainda por cumprir? Em jeito de balanço sobre os desafios que ainda se colocam aos valores de Abril, a exposição dialoga também com recursos visuais contemporâneos. Apropriando-nos dos autocolantes, na época um meio de divulgação comum, esta exposição sobre a intemporalidade dos valores de Abril é também uma forma de celebrarmos a expressão popular.
“A Paz, o Pão, Habitação…”: valores de abril em autocolantes tem por base a coleção de autocolantes proveniente de António Costa Pinto, investigador do ICS-ULisboa".
Comunicado da Comissão Directiva Provisória da Casa de Angola
Casa de Angola