Publicação semanal de 16 paginas de texto e capa ilustrada com o retrato do entrevistado. Publicará entrevistas com os homens eminentes de toda a Europa e Americas, à medida que os acontecimentos as provocarem.
Dona Maria Aldegundes de Bragança e Bourbon, Infanta de Portugal, tutora do Príncipe D. Duarte Nuno de Bragança. Programa político da Causa Nacional
Pereira, Joana Dias (2013). A produção social da solidariedade operária : o caso de estudo da Península de Setúbal (1890-1930).
Dissertação apresentada para cumprimento dos requisitos necessários à obtenção do grau de Doutor em História Contemporânea, Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, Universidade Nova de Lisboa
A opção de analisar o desenvolvimento das relações sociais industriais através dos processos espaciais e demográficos co-implicados parte do pressuposto de que o espaço industrial e a população operária são socialmente produzidos, ou seja, resultam da agência conflitual de variados agentes, entre os quais se destacam os industriais, o Estado e as classes trabalhadoras. Os processos de industrialização e urbanização, intensificados a partir de 1890, foram observados numa perspectiva integrada, tendo em consideração as tendências meridionais dominantes. Não obstante, o objecto de investigação privilegiado nesta dissertação foi o repertório estratégico dos trabalhadores e a sua acção colectiva. A concentração da indústria, a especulação imobiliária mas também a deficiência de equipamentos urbanos, tornaram indispensável a prossecução de estratégias de sobrevivência diversificadas, que analisamos recorrendo aos mais actuais modelos teóricos. Foram consideradas as estratégias individuais do grupo doméstico – a migração, a poupança ou a diversificação de fontes de rendimentos -, as estratégias recorrendo à ajuda externa – integração de redes de entreajuda informais -, e, finalmente, a participação em associações e movimentos sociais. Estas últimas, por sua vez, subdividiram-se entre as estratégias centradas na economia doméstica – o mutualismo e o cooperativismo de consumo; as centradas nos locais de trabalho – as cooperativas de produção e os sindicatos; e as centradas na pressão sobre o Estado – pela estruturação nacional do associativismo e a acção colectiva. O principal objectivo desta análise foi compreender a base material e os recursos organizacionais que possibilitaram o processo de mobilização massivo das classes trabalhadoras na segunda década do século XX. A crise revolucionária europeia de 1917-1920 tem vindo a ser alvo de inúmeras interpretações e estudos empíricos, a minha abordagem filiou-se na tradição historiográfica que privilegia uma análise monográfica e comparativa do processo de longo termo que antecede este ciclo de agitação social, permitindo relacionar a evolução da estrutura e da acção colectiva dos trabalhadores.
Eusébio, Gonçalo Vargas (2018). "A renascença portuguesa e as universidades populares" [tese de mestrado em História Moderna e Contemporânea], Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. https://repositorio.ul.pt/handle/10451/36266
Sempre procurei ver a História como a ciência que estuda a ação do Homem no espaço e no tempo, melhor dizendo, num determinado espaço físico e num certo período
de tempo: assim no meu percurso académico tentei sempre melhorar o modo como pesquisava as fontes, e escolhia o que achava mais importante, do que entendia como
acessório. Não deixando de ser uma visão subjetiva, o trabalho e rigor que muitas vezes exige enobrece a profissão de Historiador. Um trabalho sempre incompleto, e baseado no que foi escrito anteriormente, mas que tem a grande utilidade de servir como uma fonte para aproveitamento futuro. Nessa perspetiva, um trabalho sobre educação e a história nacional durante um espaço de tempo definido entre a parte final do século XIX, influenciado pela crise de 1891-92 que se seguiu ao “Ultimatum” britânico, e que marcaria a entrada no século seguinte, com novas formas de protesto contra a Monarquia Constitucional, com uma crescente adesão ao republicanismo e a outros movimentos políticos e sociais, e o aparecimento e desenvolvimento de novas iniciativas culturais e cívicas. O surgimento da Renascença Portuguesa e do seu órgão A Águia, insere-se assim na sequência desses movimentos que pretendiam outra sociedade, mais esclarecida e interventiva, um tópico sempre presente ao longo da História, mas que a República veio trazer ainda com mais pertinência.
Em defesa do regime monárquico, a propósito dos artigos publicados no Jornal do Comércio por Bettencourt Rodrigues
Branco, José de Azevedo Castelo.Existências: 1º Serie N1º (1889, nº1-17) e 2º Anno, Nº 18 - 19 (1890);
Para 2º Serie, Nº 1 - Nº 44 (1892 - 1893), ver descrição relacionada. A partir da 2ª Serie, passa a chamar-se A Revolta: revista do socialismo-anarchico
A RevoltaÁlbum com 50 fotografias a preto e branco, impressas em três tamanhos; dirigido a Fernando D’Almeida Pedroso “em testemunho de gratidão” pela Missão do Real Padroado da Huilla; missão católica espiritana estabelecida na região da Huíla, em Angola, em finais do século XIX, durante o período do colonialismo português em África.
Missão do Real Padroado da HuílaComunicado de um grupo de monárquicos sobre Salazar e a Causa Monárquica.
Inclui livros de «Documentos de despesas na Lavoura» e «Livros de Folhas de Férias» relativos àquela casa agrícola para o período que vai de 1863 a 1960.
Sociedade Agrícola Herdade da PalmaDocumentação notarial (certidões de nascimento, casamento e óbito; testamentos e escrituras de partilhas; escrituras de propriedades; autos de penhora e certidões de hipoteca, etc.) e documentação relativa à gestão da casa agrícola (livro mestre das propriedades da casa; livros de registo de gado; índice dos foreiros lavradores; livros do registo diário de trabalho; folhas de ponto de rancho e de criados da lavoura; livros de caixa e contas correntes; mapas de «férias de pessoal»; correspondência comercial; facturas, etc.). Cobre o período de 1835 a 1959.
Casa Barão de AlmeirimRevista quinzenal ilustrada
Documento escrito por José Ignacio Dias da Silva apresentando ao Rei D. Carlos os vários problemas no funcionamento da Câmara Municipal de Lisboa.
No Espólio de Jaime Batalha Reis, depositado na Biblioteca Nacional, no Arquivo de Cultura Portuguesa Contemporânea, existem perto de 600 cartas de Jaime Batalha Reis para Celeste Cinatti. Da extensa correspondência trocada entre ambos a que resta é, na sua quase totalidade, da autoria do primeiro. A sua filha mais nova, Beatriz, que organizou o Espólio do pai, explica a razão. A mãe, antes de morrer, pedira ao marido que queimasse as cartas que lhe escrevera. Jaime Batalha Reis hesitou, hesitou durante trinta anos. Foi só nesse ano de 1930 que as releu, confidenciando às filhas:"[...] sinto-me tão enamorado dela como estava então". Conta Beatriz que "a voz se lhe embargou e os olhos se lhe encheram de lágrimas." Como última prova de amor fez-lhe a vontade. Queimou-as quase todas, deixando apenas poucas e de difícil leitura. O critério que nos norteou na escolha das duzentas e trinta e seis cartas agora colocadas ao dispor dos investigadores, foi o de dar a conhecer algumas das que nos pareceram mais significativas para a caracterização dos sentimentos, hábitos e pensamento da burguesia de meados do século XIX. Foi possível fixar a data do início da correspondência, até agora em dúvida, graças a uma carta de Celeste Cinatti - das poucas que se salvaram - a partir da qual podemos datar de 1868 o início da relação epistolar.
Todas as cartas estão numeradas de 1 a 236. Foram transcritas na íntegra, embora oito estejam incompletas. Existem muitas fragmentadas, outras delidas pelo tempo, cuja leitura é ininteligível. A transcrição apresentou diversas dificuldades em relação à escrita, frequentemente cruzada, isto é, escrita à largura do papel sobrepondo-se a continuação na vertical. A datação apresentou também alguns problemas, pois poucas cartas foram datadas pelo autor. Em muitos casos, a datação é da nossa responsabilidade baseada em acontecimentos ou actividade de personalidades nelas referidas e, então, aparece entre parênteses rectos. A falta de indicadores credíveis levou-nos, com frequência, a interrogar a datação. O local de emissão mereceu tratamento idêntico, pois quando a atribuição é nossa, também aparece entre parênteses rectos ou interrogado. Na cabeça da carta, além do número, à esquerda, aparece, à direita uma letra, e um conjunto de algarismos. Trata-se da cotação do documento: E4 designa Espólio de Jaime Batalha Reis; o número que se lhe segue, 57, 58, 59 ou 60, corresponde ao número das caixas onde as cartas estão guardadas, os dois seguintes representam a pasta e a posição da carta dentro desta. Exemplo: E4/57-1 (3). O investigador notará que as cotas das cartas não são sequenciais pois a organização inicial dispersou a maior parte delas, mantendo juntas apenas aquelas em que o autor designava o local donde tinham sido enviadas ou as que referiam um acontecimento relevante. A ortografia foi actualizada e os erros e lapsos corrigidos, o que sempre se assinalou. Moderou-se a pontuação e abriram-se alguns parágrafos.
Cabe-me agradecer ao Doutor Marques da Costa, um dos primeiros investigadores a interessar-se por Jaime Batalha Reis, o ter-me facultado as cartas que já havia transcrito. E, finalmente, a minha gratidão à Doutora Filomena Mónica que, com o seu incitamento, ralhetes e empurrões me levou a terminar um trabalho iniciado há muitos anos e constantemente interrompido.
Maria José Marinho
Lisboa, Dezembro, 2006
Conjunto de publicações preservadas por Ana Vicente, cujo eixo temático é o género feminino. Tratam-se de publicações maioritariamente produzidas no contexto português, contendo também publicações de âmbito internacional (França, Espanha e Inglaterra).
Vicente, AnaDocumentação de apoio à investigação sobre correspondência (1869-1872) entre Jaime Batalha Reis e Celeste Cinatti; correspondência (1852-1889) da família de Rio Maior; Discursos parlamentares (1834-1910); o concurso público que Eça de Queirós não ganhou (1870 - 1871), produzida por Maria Filomena Mónica, até 2006. Integra em digital levantamentos e transcrições de fontes manuscritas.
Mónica, Maria Filomena.