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Descrição arquivística
A Urgência da Palavra Impressa: livro
PT/AHS-ICS/DIV-02B-2023-06 · Item · 2023
Parte de A Divulgação AHS/ICS-ULISBOA

A Urgência da Palavra Impressa. A imprensa dos «intrépidos adolescentes» contra a ditadura (1970-1974)
Jorge Ramos do Ó, Rui M. Gomes
Tigre de Papel

Nos liceus, os números dos matriculados não enganam quanto ao caráter elitista da sua frequência. Em 1970 estavam matriculados 14 870 alunos e, embora em 1973 se confirmasse um acentuado crescimento de 50%, apenas 22 994 alunos frequentavam esta fileira do ensino secundário. Trata-se do maior aumento do contingente liceal durante o Estado Novo, facto a que não são alheios quer a recomposição do tecido económico e social da ditadura quer o crescimento das aspirações sociais e educativas de setores mais alargados da população.

As novas aspirações sociais têm repercussões visíveis e invisíveis, que se multiplicam em surdina, lentamente, ou que se apresentam de modo urgente e ruidoso. Os adultos destes grupos sociais aproveitaram a situação tornando-se notados pelos novos comportamentos de consumo e pela pressão ansiosa sobre o percurso escolar da descendência, mas alguns dos filhos adolescentes optaram por fazer um caminho mais rápido e concluíram muito cedo que a nova vida podia ser acelerada se tomassem a palavra e rompessem com as amarras institucionais da ditadura.

Criar uma nova esfera pública em que pudessem expressar a sua autonomia passa a constituir um programa. Uma parte da construção dessa nova esfera pública foi feita por meio de instrumentos que hoje são parte dos adquiridos pela geração que nasceu depois do 25 de Abril: a liberdade de falar, de escrever, de produzir e difundir informação a partir do livre arbítrio individual e da organização e cooperação em grupo. Para os que hoje participam diariamente nas redes sociais e conhecem a imprensa livre é difícil perceber esta história feita de algum arrojo, porque envolvia a perseguição de um estado policial. Porém, nos primeiros anos da década de 1970, estes meios não existiam; pior, a imprensa livre não existia e quem a quisesse construir teria de se dispor a desafiar os instrumentos de controlo, vigilância e repressão da ditadura. Foi neste contexto que se construiu a aventura da imprensa estudantil do ensino secundário no período terminal da ditadura. É dessa história que são feitas as páginas deste livro.

PT/AHS-ICS/DIV-02B-2024-06 · Item · 2023
Parte de A Divulgação AHS/ICS-ULISBOA

Monografia de Simone Tulumello, pela Tigre de Papel, 2023.

Este livro volta ao campo da habitação em Portugal para ir além da “crise” que o atravessa: problematiza a própria ideia de “crise” ao mesmo tempo que traça caminhos possíveis para a ultrapassar. Este livro debate, através das políticas públicas, a centralidade do Estado na determinação do acesso à habitação; e o conflito que tem historicamente determinado o equilíbrio de forças entre o direito à habitação e a utilização da habitação enquanto instrumento de lucro e especulação. Este livro volta à história da habitação – das suas políticas, conflitos e direitos – nos 48 anos de democracia para perceber como chegámos aqui. E abre no espaço, com exemplos de outros países, e no tempo, com uma reflexão sobre o Período Revolucionário em Curso, para pensar como podemos sair da “crise” da habitação.

Mulheres e Associativismo em Portugal, 1914-1974: livro
PT/AHS-ICS/DIV-02B-2022-12 · Item · 2022
Parte de A Divulgação AHS/ICS-ULISBOA

Mulheres e Associativismo em Portugal, 1914-1974
Anne Cova, Vanda Gorjão, Isabel Freire, Ana Costa Lopes, Natividade Monteiro
Editado pela Imprensa de Ciências Sociais

Este livro inscreve o estudo do associativismo feminino numa história de longa duração que cobre seis décadas. Obra de história das mulheres, sem esquecer as histórias de vida nem a abordagem biográfica, é também um contributo primordial para a história política de Portugal no século xx, focando aspetos como as relações entre a sociedade civil, as elites políticas e os regimes em vigor, a participação nas duas guerras mundiais, a política colonial, as formas de adesão ou de resistência à ditadura, o lugar das mulheres e das questões que lhes estão ligadas nas aspirações democráticas e na oposição ao Estado Novo.

Para as mulheres que só tardiamente obtiveram direitos políticos, como aconteceu em Portugal, o associativismo desempenhou um papel relevante na sua politização, ao permitir-lhes participar na vida pública, na assunção de responsabilidades e na tomada de consciência delas próprias e das suas capacidades.

Os contornos móveis da articulação entre feminismo, pacifismo, antifascismo, socialismo e anticolonialismo são, aliás, uma das chaves de leitura da história de várias organizações de mulheres e são objeto de debate historiográfico neste livro, que conjuga as abordagens e os métodos de duas disciplinas: a história, sensível aos contextos e às mutações, e a sociologia, mais preocupada em construir modelos ou com a análise quantitativa e gráfica das redes.
Françoise Thébaud, Université d’Avignon

Les Féminismes: livro
PT/AHS-ICS/DIV-02B-2024-03 · Item · 2024
Parte de A Divulgação AHS/ICS-ULISBOA

Les Féminismes:Une histoire mondiale 19e–20e siècles, editado por Yannick Ripa Françoise Thébaud, pela Textuel, 2024.

reúne contributos de mais de 30 autores.
Inserida no capítulo “Le Féminisme s’organise à l’échelle nationale et internationale, 1870-1920, a vinheta dedicada a Adelaide Cabete (1867-1935), inclui duas fontes salvaguardadas pelo AHS. Uma é a reprodução de um postal produzido pelo Conselho Nacional das Mulheres portuguesas, retratando em 1928 este colectivo, e que nos últimos anos tem sido a imagem de fundo do catálogo digital do AHS (ver Mensário #1). A outra é um retrato inédito desta republicana médica ginecologista, proveniente do Espólio PQ. A vinheta é assinada por Anne Cova

Newsletter #28 março 2022
PT/AHS-ICS/DIV-04-28 · Item · 2022-03
Parte de A Divulgação AHS/ICS-ULISBOA

texto de divulgação do acervo do AHS, sobre o catálogo da Exposição de Livros Escritos por Mulheres, janeiro de 1947, por Joana Bénard da Costa, revisão de Rita Almeida de Carvalho.

Joana Bénard da Costa
Conversas com Glicinia: documentário
PT/AHS-ICS/DIV-07EMP-2004-12 · Item · 2004
Parte de A Divulgação AHS/ICS-ULISBOA

Documentário sobre a actriz Glicínia Quartin por ocasião do seu 80º aniversário. A sua família, o anarco-sindicalismo, a Escola-Oficina nº 1, as leituras em casa dos pais, as prisões, o Mud Juvenil, os teatros experimentais, os surrealistas, o encontro com José Ernesto de Sousa e o desabrochar do Cinema Novo com “Dom Roberto”, a Itália, a fantasia, Beckett, Genet, Vitor Garcia, o encontro com Luís Miguel Cintra – uma vida em movimento.

"Gosto tanto de a ouvir falar, à Glicínia. Mas não queria que ela falasse só comigo. Por isso fiz este filme, para partilhar as minhas conversas com Glicínia Quartin."
Jorge Silva Melo

"Não sei do que gosto mais, se de ouvir o que pensa (que não pára de pensar), se de a ouvir contar tanta vida que viveu (que não sabe estar parada sem viver), se de a ver brincar (que a vida para ela tem de ser festa). Gosto de a ver representar: pensa, mexe-se, brinca, imagina e enquanto representa conta coisas que conhece do que viu nos outros. Conversa, de facto (“não achas?”, “lembras-te?”, “e tu?”, “quero perguntar-te uma coisa”), curiosa de mim, de ti, de todos os outros e de todas as coisas, firme no que decide e a querer saber o que o outro quer, sempre a pedir esse “tu”. Inventa-se e inventa espaço. Transporta a alegria. Sem peso. Sempre em movimento. Porque vive em sedução. E porque ama como ninguém a sua e a minha e a tua e a nossa liberdade. Há mais actriz? Há mais pessoa? Melhor amiga?"
Luís Miguel Cintra

Realização de Jorge Silva Melo. Produção Artistas Unidos. 55 minutos. O Documentário teve exibição comercial, e passou na RTP

Viva a República, 1910-2010: exposição temporária
PT/AHS-ICS/DIV-07EMP-2010-06 · Item · 2010
Parte de A Divulgação AHS/ICS-ULISBOA

Registo de empréstimo de documentação original para a exposição Viva a República, 1910-2010: exposição temporária, organizada pela Comissão Nacional para as Comemorações do Centenário da República

Coordenação científica de Luis Farinha.

O catálogo da exposição reproduz 2 documentos salvaguardados pelo AHS:
"Ao Povo: guerra à guerra" (p. 53)
(PT-AHS-ICS-PQ-P-035)

"Manifesto aos trabalhadores conscientes" (p. 76)
(PT-AHS-ICS-PQ-P-122)

PT/AHS-ICS/DIV-07EMP-2010-10 · Item · 2010
Parte de A Divulgação AHS/ICS-ULISBOA

Registo de empréstimo de documentação original para a exposição Percursos, Conquistas e Derrotas das Mulheres na 1ª República: exposição temporária, organizada pelo Grupo de Trabalho para as Comemorações Municipais do Centenário da República, CML e Biblioteca Museu República e Resistência, em 2010

Coordenação científica de Zília Osório de Castro (Faces de Eva).

O catálogo da exposição reproduz 2 documentos do AHS:
Postal do CNMP por altura do II Congresso Feminista e de Educação em 1928
(PT-AHS-ICS-PQ-F-074), p. 39

Retrato de Alice Pestana (Caiel)
p. 86. e p.134
(fora de catálogo)

Voltar: Mário Sacramento: a hora do ensaio
PT/AHS-ICS/DIV-07EMP-2022-06 · Item · 2022
Parte de A Divulgação AHS/ICS-ULISBOA

04 Jun a 30 Out '22
Curadoria de António Pedro Pita

Com curadoria de António Pedro Pita e Odete Belo, a exposição “propõe a (re)descoberta de um pensamento teórico e prático, importante no período cronológico em que se desenvolveu e muito relevante para entender as aspirações e os problemas, as tensões e as possibilidades, os obstáculos e os impasses que marcaram o século XX português. A exposição resulta em grande parte de pesquisa no espólio do ensaísta. Sonda tumultuosas profundidades, recupera a voz de Mário Sacramento, sugere a mesa do trabalho teórico: artigos e apontamentos, anotações em livros, desenhos, sucessivas reformulações de textos entretanto publicados, interlocuções decisivas, a extensão no tempo de uma maturação relativamente frustrada, verso e reverso de uma situação dramática: um intelectual português que adentra problemas centrais da sua época sem condições para elaborar integralmente as respostas entretanto intuídas. O regresso de Mário Sacramento permite re-visitar, para repensá-lo, esse drama que marcou o século XX”.

PT/AHS-ICS/DIV-02C-2021-12 · Item · 2021
Parte de A Divulgação AHS/ICS-ULISBOA

Carvalho, J. L. C. D. de (2021). O Movimento Operário na Monarquia Constitucional: do debate público à mobilização política (1865-1877) [Tese de doutoramento, Iscte - Instituto Universitário de Lisboa]. Repositório do Iscte. http://hdl.handle.net/10071/23353

Esta dissertação analisa o movimento operário português entre o 1º Congresso Social (1865) e o 1º Congresso dos Operários Socialistas de Portugal (1877). Para o período coberto é possível constatar a importância do movimento operário na sociedade e as ruturas e continuidades entre congressos pioneiros da responsabilidade do movimento operário, mas, totalmente distintos na sua génese e objetivos. A expansão e transformação do movimento operário, com a implosão do "Centro Promotor dos Melhoramentos das Classes Laboriosas", o aparecimento de um novo modelo de associativismo, da "Associação Internacional dos Trabalhadores" e, mais tarde, o "Partido Socialista", resulta num processo histórico que é constantemente acompanhado por um crescente debate público. Não é menosprezada a dinâmica entre o socialismo e um outro movimento político ascendente que se pretende fora do sistema, o "Partido Republicano". Pretendemos integrar o movimento operário português num horizonte mais amplo da vida política e social do país, expor um quadro de relações entre o universo político do liberalismo, o das práticas operárias e o das elites culturais despertas para a "questão social". Assim, a investigação coloca o pressuposto de que o movimento operário existe numa constante, heterógena e multifacetada dinâmica na esfera pública que com ele se articula e o alimenta, estabelecendo sempre entre esses dois polos poderosas ligações.

PT/AHS-ICS/DIV-02B-1986-03 · Item · 2023
Parte de A Divulgação AHS/ICS-ULISBOA

Artesãos e Operários: Indústria, Capitalismo e Classe Operária em Portugal (1870-1934)
Maria Filomena Mónica
Editado pelo ICS-ULisboa

Livro de importância decisiva na evolução dos estudos histórico-sociológicos sobre a classe operária em Portugal, aqui considerada no período de 1870 a 1934. Recusando abordar a classe operária como uma totalidade homogénea, a autora procura antes apreender e delinear a sua diversidade essencial e as complexas circunstâncias que explicam essa diversidade. Merecedora de relevo é a tentativa feita para avaliar as condições de vida do operariado, não só materiais, mas também culturais, problema amplamente debatido noutros países, mas muito pouco estudado entre nós. E aqui, de novo, tem de referir-se o esforço constante para fugir a fáceis generalizações, apontando as enormes distâncias e diferenças que separavam, uns dos outros, diversos sectores da classe operária.

PT/AHS-ICS/DIV-02B-2023-09 · Item · 2023
Parte de A Divulgação AHS/ICS-ULISBOA

Jornalistas em Greve: Imprensa e Sindicalismo na I República
José Nuno Matos
Editado pela Imprensa de Ciências Sociais

A 18 de janeiro de 1921, tipógrafos, distribuidores e jornalistas de Lisboa iniciaram uma greve que se prolongaria ao longo de vários meses e seria responsável pela paralisação da produção e distribuição de uma grande parte dos jornais da capital. Num contexto marcado por duros embates entre sindicatos, patronato e governos, esta greve adquiriu uma particular relevância não só pela sua longevidade, mas por ter originado um conjunto de publicações afetas a ambos os lados da contenda e por ter constituído o que o tipógrafo e sindicalista Alexandre Vieira classificou de «batismo de fogo» dos jornalistas. A partir da análise deste acontecimento, este livro propõe uma reflexão aprofundada sobre a condição económica, social e política de quem dedica a sua vida ao exercício do jornalismo.

PT/AHS-ICS/DIV-02C-2020-06 · Item · 2022
Parte de A Divulgação AHS/ICS-ULISBOA

Marques, J. C. (2020). Um indesejável além-mar: Pinto Quartim e o movimento libertário nos dois lados do Atlântico (1887-1930) [Tese de doutoramento, Iscte - Instituto Universitário de Lisboa]. Repositório do Iscte. http://hdl.handle.net/10071/22783
ISBN: 978-989-781-522-5

O objetivo principal desta tese é compreender o movimento e a composição das "ondas libertárias" que circularam pelo Atlântico no alvorecer do século XX, tendo como fio condutor a trajetória do jornalista António Thomas Pinto Quartim (1887-1970). Pinto Quartim colaborou e dirigiu importantes veículos de propaganda e de doutrinação anarquista nos dois lados do Atlântico. O seu percurso individual constitui um contributo importante para compreender as transformações ocorridas no interior do movimento anarquista brasileiro e português e as ressonâncias no carácter revolucionário que o sindicalismo assumiu nos dois países. O recorte temporal privilegia o período que compreende o nascimento do jornalista até os finais da década de 1920, momento em que sindicalismo revolucionário atingiu a sua maturidade e hegemonia entre os trabalhadores portugueses. Cobrindo assim, a sua origem no Rio de Janeiro aos primeiros contatos com o anarquismo em Coimbra, a sua expulsão para o Brasil ao regresso a Portugal. Apesar das referências ao militante, pelos estudos que abordam o anarquismo e o movimento operário, a trajetória de Pinto Quartim ainda permanece desconhecida, principalmente o período de exílio no Rio de Janeiro. Portanto, pretende-se resgatar parte da história de uma das principais figuras do movimento libertário internacional, revelando que o "fazer-se" anarquista do primeiro editor chefe de "A Batalha", porta voz da organização operária portuguesa, não pode ser compreendido sem levar em consideração o processo de "ambientalização" que as suas ideias experimentaram na América do Sul, ambientes marcados pela presença de "indesejáveis" que cruzavam o Atlântico, expulsos de toda parte.

PT/AHS-ICS/DIV-02C-2023-05 · Item · 2023-05
Parte de A Divulgação AHS/ICS-ULISBOA

Ralão, Joana Cardoso da Costa (2023). As mulheres no movimento estudantil da década de 70 [Tese de mestrado em História Contemporânea], NOVA FCSH.
Repositório da NOVA FCSH. https://run.unl.pt/handle/10362/160432

O movimento estudantil de inícios da década de 70 contou com a participação de várias mulheres que se empenharam ativamente na alteração da situação política,
económica e social do país, numa altura em que a adoção de atitudes, comportamentos e práticas de contestação ao regime acarretavam consequências graves e implicavam grandes sacrifícios dos seus participantes. Partindo da recolha e análise de doze testemunhos inéditos, a presente dissertação de mestrado procura estudar a presença e participação das mulheres no movimento estudantil lisboeta de inícios da década de 70 em duas Faculdades da Universidade de Lisboa: a Faculdade de Direito e a Faculdade de Ciências. Particular atenção será dada às trajetórias de vida destas mulheres e aos processos de consciencialização política e social, politização, envolvimento político e, num último momento, de desmobilização. Veremos como foi no terreno estudantil ou a partir deste que estas mulheres desenvolveram a sua atividade política e social, mobilizando-se para as mais diversas causas e lutas: pela democratização do ensino, pelo fim de um regime autoritário, pela liberdade, e pelo fim da guerra colonial. As estudantes intervinham de diferentes formas no movimento estudantil e o seu percurso no ativismo era feito de forma gradual e cumulativa. Estas podiam integrar órgãos legais (como as delegações de curso e as Associações de Estudantes), estruturas semiclandestinas (cooperativas e comissões) e organizações clandestinas, de cariz político. Estas mulheres não escaparam à atitude repressiva que o regime lançava a todos aqueles que o ameaçavam e, por isso, o seu envolvimento na mobilização estudantil teve consequências graves nas suas trajetórias e percursos de vida (tanto a nível pessoal, académico e profissional).
Resgatando as suas memórias e dando visibilidade à sua participação na vida social e política do país, este estudo procura, acima de tudo, integrar estas mulheres no
espaço público e na memória coletiva do movimento estudantil.

PT/AHS-ICS/DIV-02C-2020-11 · Item · 2020-11-27
Parte de A Divulgação AHS/ICS-ULISBOA

Saragiotto, Maira Fernanda dos Santos (2020). Maria Lamas e As Mulheres do Seu País: Construção de narrativas através de olhar de mulher, jornalista e intelectual [Tese de Mestrado em História e Património - Ramo Estudos Locais e Regionais - Construção de Memórias], Faculdade de Letras da Universidade do Porto.
Repositório do Iscte. https://repositorio-aberto.up.pt/bitstream/10216/131859/2/440021.1.pdf

Esta dissertação presente analisar as circunstâncias do desenvolvimento e publicação da obra As Mulheres do Meu País, escrita pela jornalista portuguesa, Maria Lamas, entre
os anos de 1948 e 1950. Trabalho publicado inicialmente em fascículos e que em 2002 ganhou uma nova edição pela editora Editorial Caminho. A obra surgiu tanto como denúncia das políticas impostas às mulheres durante Estado Novo (1933-1974), quanto para identificar e registar quem eram as trabalhadoras portuguesas: camponesas,
mulheres do mar, operárias, trabalhadoras domésticas e outras profissionais. O presente trabalho analisa os contextos em que se produziu essa publicação, o percurso
de Maria Lamas na sua preparação e explora o seu conteúdo. Procurou-se detetar o olhar comprometido e atento da autora à diversidade das mulheres do seu País, às
relações e condições de trabalho. Anotaram-se as condicionantes de construção de um repositório de informação, raramente explorado,assim como as variáveis observadas na construção de identidades plurais das mulheres deste País.

A Guerra Guardada: livro coletivo
PT/AHS-ICS/DIV-02B-2024-09 · Item · 2024
Parte de A Divulgação AHS/ICS-ULISBOA

Livro colectivo, "A Guerra Guardada: Fotografia de Soldados Portugueses em Angola, Guiné‑Bissau e Moçambique, 1961‑1974", organizado por Maria José Lobo Antunes e Inês Ponte, pela Tinta da China, 2024.

Entre 1961 e 1974, milhares de homens mobilizados para Angola, Guiné‑Bissau e Moçambique tiraram fotografias daquilo que os rodeava. Conservadas para si ou enviadas pelo correio como prova de vida à distância, estas imagens e as histórias que elas escondem foram mantidas durante anos na estreiteza dos seus círculos pessoais. Cinquenta anos depois do fim do conflito, este livro, tal como a exposição homónima no Museu do Aljube que lhe deu origem, parte da pesquisa etnográfica com ex‑combatentes e suas colecções fotográficas para explorar as ligações entre fotografia, memória e história da guerra colonial. Às imagens juntam‑se ainda textos de investigadores e obras de artistas e compositores que, de diversas formas, reflectem sobre o colonialismo, a guerra e o fim do império português.

Editado por Maria José Lobo Antunes e Inês Ponte, pela Tinta da China, a obra tem Textos de Cláudia Castelo, Inês Ponte, Joaquim Paulo Nogueira, Kevin Carreira Soares, Maria José Lobo Antunes, Miguel Cardina, Miso Music Portugal, Paulo Faria, Pedro Aires Oliveira, Rita Luís, Rui Lopes; e Criações artísticas de Ana Vidigal, Daniel Barroca, Daniel Schvetz, Diogo Alvim, Lino Damião, Patrícia Barbosa, Pedro Lima

PT/AHS-ICS/DIV-06CExp-04 · Subsérie · 2024-05-22 - 2024-09-30
Parte de A Divulgação AHS/ICS-ULISBOA

Reúne materiais gerados pela Exposição “A Paz, o Pão, Habitação…”: Valores de Abril em Autocolantes; Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa, 22 de maio de 2024 a 30 de Setembro de 2024; Curadoria: Inês Ponte, Annarita Gori, João Pedro Santos, AHS/ICS-ULisboa

"Através de autocolantes que fazem parte do acervo do Arquivo de História Social do ICS-ULisboa, esta exposição evoca os valores fundamentais de Abril: a Paz, o Pão, a Habitação, a Saúde e a Educação, como expressa a canção “Liberdade” escrita por Sérgio Godinho, há 50 anos. Quantos destes valores parecem hoje estar ainda por cumprir? Em jeito de balanço sobre os desafios que ainda se colocam aos valores de Abril, a exposição dialoga também com recursos visuais contemporâneos. Apropriando-nos dos autocolantes, na época um meio de divulgação comum, esta exposição sobre a intemporalidade dos valores de Abril é também uma forma de celebrarmos a expressão popular.
“A Paz, o Pão, Habitação…”: valores de abril em autocolantes tem por base a coleção de autocolantes proveniente de António Costa Pinto, investigador do ICS-ULisboa".

PT/AHS-ICS/DIV-06Cu-2024-10 · Item · 2024
Parte de A Divulgação AHS/ICS-ULISBOA

O "Congresso Internacional A Imprensa de Exílio(s)", organizado pelo Grupo Internacional de Estudos da Imprensa Periódica Colonial do Império Português (GIEIPC-IP), estimulou o AHS, o Centro de Documentação 25 de Abril e a Fundação Mário Soares e Maria Barroso, a trabalharam conjuntamente para levantar imprensa dedicada ao tema nos três arquivos, bem como sinalizar o seu tipo de acesso, livre ou por consulta presencial. Resultou em disponibilizar ao público o ficheiro "Imprensa de Exílio e Emigração (oposição à ditadura, 1926-1974)", uma primeira lista Excel de fontes de imprensa sobre a história das diversas correntes políticas da oposição à Ditadura Militar e ao Estado Novo que se organizaram no exílio, assim como sobre a história dos movimentos de libertação das ex-colónias portuguesas e organizações unitárias anticoloniais, cujos secretariados gerais e representações se estabeleceram também no exílio. Na perspectiva dos recursos das instituições de memória envolvidas neste projeto, a lista permite entender em que medida os 3 acervos se completam virtualmente, facilitando uma gestão articulada das políticas futuras de digitalização. Permitiu, ainda, propor uma reflexão em torno de modelos de harmonização da metainformação gerada por cada uma das instituições, para o caso da imprensa periódica. Neste trabalho foram identificados cerca de 200 títulos de imprensa deste tema partilhados pelas 3 instituições.

Com base nesse levantamento, o AHS consolidou no seu catálogo digital o assunto Imprensa em Exílio, para refletir as publicações que dispõe, que inclui oposição portuguesa e movimentos de libertação no exílio.

PT/AHS-ICS/DIV-05M-001 · Item · 2023-03
Parte de A Divulgação AHS/ICS-ULISBOA

Divulgação sobre Deolinda Lopes Vieira, da sua relação com o Conselho Nacional das Mulheres Portuguesas, com base num postal e em algumas publicações salvaguardadas no Espólio Pinto Quartin; bem como de publicações recentes sobre as suas actividades. Texto de Inês Ponte