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Descrição arquivística
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A Divulgação AHS/ICS-ULISBOA
PT/AHS-ICS/DIV · Fundo · 1981-1986

Publicações de naturezas várias (boletins, estudos, catálogos, notas informativas, newsletters, mensários) produzidas pelo AHS ao longo da sua existência (f. 1979) para divulgar o seu acervo e atividades conexas.

Arquivo de História Social
Boletim de Estudos Operários
PT/AHS-ICS/DIV-01BEO · Série · 1982-1986
Parte de A Divulgação AHS/ICS-ULISBOA

Numa democracia recente, foram 9 números, 2 por ano, com apanhados de literatura sobre uma área de estudos emergente à época em Portugal, o operariado, e de noticias sobre arquivos nacionais e internacionais focados nessa dimensão. Tem pontualmente informações sobre coleções e doadores do então Arquivo das Classes Trabalhadoras, atual Arquivo de História Social. Tiragem: 250 exemplares. A partir do número 7 de 1985 Maria Filomena Mónica passa a directora da revista

Estudos e Documentos ICS/AHCT
PT/AHS-ICS/DIV-02 · Série · 2023
Parte de A Divulgação AHS/ICS-ULISBOA

Cadernos de documentação GIS nº 2, Industrialização oitocentista e concorrência externa (a indústria chapeleira de 1814 a 1914) / Maria de Fátima Bonifácio, 1980, https://catalogo-bibliotecas.ulisboa.pt/cgi-bin/koha/opac-detail.pl?biblionumber=669598
Estudos e Documentos ICS:
nº5, Actas operárias : as associações de classe e os sindicatos vidreiros da Marinha Grande (1919-1945); introdução e notas de Maria Filomena Mónica, 1983, https://catalogo-ics.biblioteca.ulisboa.pt/cgi-bin/koha/opac-detail.pl?biblionumber=1019599
nº 7, Poemas operários : 1850-1926 / prefácio e organização de Maria Filomena Mónica, 1983, https://catalogo-ics.biblioteca.ulisboa.pt/cgi-bin/koha/opac-detail.pl?biblionumber=1282556
nº14, Manuel Luís Figueiredo : um socialista ignorado / prefácio, introdução e organização de Maria Filomena Mónica, Maria Goretti Matias, 1986, https://catalogo-ics.biblioteca.ulisboa.pt/cgi-bin/koha/opac-detail.pl?biblionumber=1429149
nº15, Os corticeiros de Portalegre : actas sindicais (1910-1920) / introdução e organização de António Ventura, 1987, https://catalogo-ics.biblioteca.ulisboa.pt/cgi-bin/koha/opac-detail.pl?biblionumber=1320766
nº19: Indústria, Mineiros e Sindicatos, por Paulo Guimarães, 1989. Ficha da Biblioteca ICS: https://catalogo-ics.biblioteca.ulisboa.pt/cgi-bin/koha/opac-detail.pl?biblionumber=731105

Estudos e Documentos (todos)
PT/AHS-ICS/DIV-02B · Série · 2004
Parte de A Divulgação AHS/ICS-ULISBOA

Registo de estudos estudando ou citando fontes salvaguardadas no AHS, com fins científicos ou culturais, várias editoras, incluindo a Imprensa das Ciências Sociais do ICS-ULisboa.

PT/AHS-ICS/DIV-02B-1986-03 · Item · 2023
Parte de A Divulgação AHS/ICS-ULISBOA

Artesãos e Operários: Indústria, Capitalismo e Classe Operária em Portugal (1870-1934)
Maria Filomena Mónica
Editado pelo ICS-ULisboa

Livro de importância decisiva na evolução dos estudos histórico-sociológicos sobre a classe operária em Portugal, aqui considerada no período de 1870 a 1934. Recusando abordar a classe operária como uma totalidade homogénea, a autora procura antes apreender e delinear a sua diversidade essencial e as complexas circunstâncias que explicam essa diversidade. Merecedora de relevo é a tentativa feita para avaliar as condições de vida do operariado, não só materiais, mas também culturais, problema amplamente debatido noutros países, mas muito pouco estudado entre nós. E aqui, de novo, tem de referir-se o esforço constante para fugir a fáceis generalizações, apontando as enormes distâncias e diferenças que separavam, uns dos outros, diversos sectores da classe operária.

O Senhor Ávila e os conferencistas do Casino: artigo
PT/AHS-ICS/DIV-02B-2001 · Item · 2001
Parte de A Divulgação AHS/ICS-ULISBOA

Mónica, M. F. (2001). O Senhor Ávila e os conferencistas do Casino. Análise Social, 35(157), 1013–1030. https://doi.org/10.31447/AS00032573.2001157.06

Passados mais de cem anos, é tempo de olhar a polémica sobre o encerramento das «conferências do Casino» com frieza. Os jovens da «geração de 1870» não se deslocaram ao Chiado apenas para nos deixarem o retrato da pátria: fizeram-no para abalarem o regime. Ergueu-se-lhes pela frente a figura pesada do marquês de Ávila. A posteridade passou a considerar os jovens uns inocentes cordeiros e o presidente do Conselho um Calígula. O que se passou foi mais complexo.

PT/AHS-ICS/DIV-02B-2004-01 · Item · 2004
Parte de A Divulgação AHS/ICS-ULISBOA

Isabel, Condessa de Rio Maior : Correspondência para seus filhos 1852/1865
Quetzal Editores.

Estudo biográfico, organização e notas de Maria Filomena Mónica - "As cartas da condessa de Rio Maior permitem-nos reconstituir alguns acontecimentos importantes da História de Portugal e perceber a forma como a alta aristocracia se comportava. Poucas mulheres da sua classe saberiam observar como ela observou, pensar o que ela pensou, escrever como ela escreveu." - Maria Filomena Mónica

PT/AHS-ICS/DIV-02B-2007 · Item · 2007
Parte de A Divulgação AHS/ICS-ULISBOA

Mónica, M. F. (2007). O amor no século XIX: Jaime Batalha Reis e Celeste Cinatti. Análise Social, 42(182), 277–280. https://doi.org/10.31447/AS00032573.2007182.13
Marinho, Maria José, 2007, "Jaime Batalha Reis e Celeste Cinatti: diálogo sobre um retrato incompleto", Análise Social, V. 42, nº 182, p. 281-284 https://revistas.rcaap.pt/analisesocial/article/view/33003/23176

PT/AHS-ICS/DIV-02B-2010-10 · Item · 2010-10
Parte de A Divulgação AHS/ICS-ULISBOA

Cova, A. (2010). "O Conselho Nacional das Mulheres Portuguesas (1914-1947)" in Notícias: temas e notícias da cidadania e da igualdade de género, 84, pp. 14-18. https://repositorio.ul.pt/handle/10451/12069

Nascido em Lisboa em 1914 e encerrado pelo Estado Novo em 1947, o CNMP foi a mais duradoura associação de mulheres em Portugal. Um terço (os doze primeiros anos) da existência do Conselho Nacional das Mulheres Portuguesas (CNMP) é passado num regime republicano, enquanto os dois terços seguintes (vinte e um anos) o são numa ditadura militar (1926-1933) e sob o Estado Novo que se inicia em 1933. O período de ouro do CNMP acontece nos anos vinte, com a organização de dois congressos feministas (1924 e 1928) sob a longa presidência de Adelaide Cabete, de 1914 a 1935. É precisamente este período republicano que nos interessa evocar rapidamente, dando a ênfase sobre a génese do CNMP que era uma federação feminista.

PT/AHS-ICS/DIV-02B-2012-10 · Item · 2012-10
Parte de A Divulgação AHS/ICS-ULISBOA

Barreto, J. (2012). Fernando Pessoa e Raul Leal contra a campanha moralizadora dos estudantes em 1923. Pessoa Plural: revista de estudos pessoanos/journal of Fernando Pessoa studies, 2, (outono), pp. 240-270. ISSN: 2212-4179 https://repositorio.ul.pt/handle/10451/7480

Reproduzem-se aqui quatro panfletos, dois deles pouco conhecidos, que Fernando Pessoa e Raul Leal escreveram em 1923, na sua polémica com a Liga de Acção dos Estudantes de Lisboa. Esses documentos são antecedidos pela proclamação com que a Liga, em Fevereiro desse ano, iniciou uma campanha contra a literatura imoral, na sequência da publicação pela editora de Pessoa, Olisipo, dos livros Canções de António Botto e Sodoma Divinizada de Raul Leal.

História e Historiadores no ICS: livro colectivo
PT/AHS-ICS/DIV-02B-2017-04 · Item · 2017
Parte de A Divulgação AHS/ICS-ULISBOA

História e historiadores no ICS

Os historiadores e outros investigadores do ICS deixaram uma marca incontornável na produção académica sobre a História do Portugal Moderno e Contemporâneo. Numa altura em que muitos deles se retiram da vida académica activa, é tempo de discutir as suas contribuições. A história da instituição que comemorou em 2012 o seu meio século de vida confunde-se com a da História como disciplina e com as histórias de vida daqueles que aqui são evocados.

Decolonization in Portuguese Africa: capitulo
PT/AHS-ICS/DIV-02B-2017-05 · Item · 2018
Parte de A Divulgação AHS/ICS-ULISBOA

Aires Oliveira, Pedro. "Decolonization in Portuguese Africa." Oxford Research Encyclopedia of African History. 24 May. 2017; https://oxfordre.com/africanhistory/view/10.1093/acrefore/9780190277734.001.0001/acrefore-9780190277734-e-41

The dissolution of Portugal’s African empire took place in the mid-1970s, a decade after the dismantling of similar imperial formations across Europe. Contrary to other European metropoles, Portuguese rulers were unwilling to meet the demands for self-determination in their dependencies, and thus mobilized considerable resources for a long, drawn-out conflict in Angola, Guinea, and Mozambique from 1961 to 1974. Several factors can explain Lisbon’s refusal to come to terms with the “winds of change” that had swept Africa since the late 1950s, from the belief of its decision-makers that Portugal lacked the means to conduct a successful “exit strategy” (akin to the “neocolonial” approach followed by the British, the French, or the Belgians), to the dictatorial nature of Salazar’s “New State,” which prevented a free and open debate on the costs of upholding an empire against the anti-colonial consensus that had prevailed in the United Nations since the early 1960s.

Taking advantage of its Cold War alliances (as well as secret pacts with Rhodesia and South Africa), Portugal was long able to accommodate the armed insurgencies that erupted in three of its colonies, thereby containing external pressures to decolonize. Through an approach that combined classic “divide and rule” tactics, schemes for population control, and developmental efforts, Portugal’s African empire was able to soldier on for longer than many observers expected. But this uncompromising stance came with a price: the armed forces’ dissatisfaction with a stalemate that had no end in sight. In April 1974, a military coup d’etat put an end to five decades of authoritarianism in the metropole and cleared the way for transfer of power arrangements in the five lusophone African territories. The outcome, though, would be an extremely disorderly transition, in which the political inexperience of the new elites in Lisbon, the die-hard attitude of groups of white settlers, the divisions among the African nationalists, and the meddling of foreign powers all played critical roles.

PT/AHS-ICS/DIV-02B-2017-12 · Item · 2017-12
Parte de A Divulgação AHS/ICS-ULISBOA

Oliveira, Elisabete (2017). "A Escola Superior de Belas Artes de Lisboa na década de 1960 – acção dos tempos do figurativismo naturalista à liberdade e pluralismo estético" in Convocarte - Revista de Ciências da Arte, nº5, pp. 307-340.
Dez. 2017; https://repositorio.ul.pt/handle/10451/47186

Questionamo-nos: I) Como se pode partir duma ditadura e academismo e ser actor da transformação para a democracia e o pluralismo estético? II) Os actores dessa mudança serão activistas (Actv) ou artivistas (Artv)? O período de ‘60–’65 na ESBAL pareceu-nos um campo de análise privilegiado, insuficientemente estudado, formando actores de uma mudança referencial: atravessando constrangimentos como as lutas estudantis e colonial e a emigração, terão mudado a consciencialização-acção no Ensino Artístico e o sentido sócio-cultural dos posicionamentos/obras individuais e colectivos - em nossa hipótese, do figurativismo naturalista para o pluralismo estético internacional; e activaram dinâmicas sócio-culturais, como na Educação.
Objectivos gerais: Investigar como se pode chegar à criação livre, estético-eco-sociologicamente actuante, partindo dum contexto repressivo; se será legítimo designá-la de actv/artv; e assim, aprofundar a compreensão da complexidade da arte/cultura contemporânea.

PT/AHS-ICS/DIV-02B-2018-10 · Item · 2018
Parte de A Divulgação AHS/ICS-ULISBOA

Roque R. The colonial ethnological line: Timor and the racial geography of the Malay Archipelago. Journal of Southeast Asian Studies. 2018;49(3):387-409. doi:10.1017/S0022463418000322
Artigo publicado depois como capítulo em monografia editada por Ricardo Roque e Warwick Anderson, Imagined Racial Laboratories: Colonial and National Racialisations in Southeast Asia, pela Brill 2023.

This article examines the connected histories of racial science and colonial geography in Island Southeast Asia. By focusing on the island of Timor, it explores colonial boundaries as modes of arranging racial classifications, and racial typologies as forms of articulating political geography. Portuguese physical anthropologist António Mendes Correia’s work on the ethnology of East Timor is examined as expressive of these productive connections. Correia’s classificatory work ingeniously blended political geography and racial taxonomy. Between 1916 and 1945, mainly based on data from the Portuguese enclave of Oecussi and Ambeno, he claimed a distinct Malayan racial type for the whole colony of ‘Portuguese Timor’. Over the years he developed an anthropogeographical theory that simultaneously aimed to reclassify East Timor and to revise the racial cartography of the Malay Archipelago, including Wallace’s famous ethnological line.

Portugal, uma retrospectiva: 1974 (vol. 3): livro
PT/AHS-ICS/DIV-02B-2019-06 · Item · 2019-06
Parte de A Divulgação AHS/ICS-ULISBOA

Noronha, Ricardo e Trindade, Luís (2019). "Portugal, uma retrospectiva: 1974" in Tavares, Rui (coord.) Colecção Portugal, uma retrospectiva, vol. 3, Público e Tinta-da-China.

O Portugal que se autocelebrou democrático e europeu em 1998, no nosso anterior volume, tem as suas raízes nos anos de 1974 e 1975, aqui narrados e analisados por Ricardo Noronha e Luís Trindade em toda a sua profusão de acontecimentos e de sentidos. Uma vez que fazemos, nesta coleção, uma viagem inversa à dos sujeitos históricos, é sempre crucial lembrar as condições em que estes agiam: sem saber como a história acabava. Em 1974 (e 1975) os atores sociais e políticos portugueses saberiam que se estava a encerrar um ciclo ditatorial que tinha durado mais de 40 anos, e um ciclo imperial que durara mais de 400. O destino imediato — a iniciação de um ciclo democrático — estava bem mais presente nos espíritos do que a abertura de um ciclo europeu.
Nesse hiato entre ciclos, emerge um ator coletivo múltiplo — o povo — que se empenha em preencher de sentido as palavras que constavam dos lemas revolucionários. O que está ainda em fluxo nesses anos são, afinal, os significados de democracia, de desenvolvimento e de descolonização. E, por detrás deles, o significado do próprio povo, exaurido por uma guerra colonial com que o regime do Estado Novo tentara provar que Portugal era um todo pluricontinental, e cujo desfecho demonstrará que as categorias de «Portugal» e de «portugueses» não são tão fixas e incontestadas como por vezes parecem. Acresce que, nestes anos revolucionários, tais categorias se cruzaram com outras igualmente objeto de disputa: a «classe», os «trabalhadores», a «propriedade», o «poder» e, como corolário, o «socialismo», a categoria que, entre todas, passa por uma transformação mais dramática, de horizonte histórico inescapável nos anos 70 até à sua quase invisibilidade nos nossos dias.
Se bem que em contraste menos evidente, os sentidos de «democracia», «desenvolvimento» e — por surpreendente que isso possa parecer — «descolonização» continuam a ser tão decisivos quanto fugidios nos dias de hoje. É por isso fundamental revisitar os anos de viragem em que se formou o Portugal contemporâneo, neste
estudo que alia magistralmente os fios da história social com os da história política e cultural de um país em transição.

Não Somos Bandidos: livro Michel Cahen
PT/AHS-ICS/DIV-02B-2019-12 · Item · 2019
Parte de A Divulgação AHS/ICS-ULISBOA

"Não Somos Bandidos": A vida diária de uma guerrilha de direita: a Renamo na época do Acordo de Nkomati (1983-1985)
Editado pela Imprensa de Ciências Sociais

Em 28 de agosto de 1985, o quartel-general da Resistência Nacional de Moçambique (Renamo) situado na Casa Banana foi atacado pelas forças zimbabweanas e moçambicanas. Parte dos seus arquivos fora apreendida. Nestes, havia a copia manuscrita de milhares de mensagens rádio, decifradas, entre o Estado-Maior General da guerrilha e os grupos locais. Michel Cahen pôde estudar 3401 dessas mensagens datadas de 1983 a 1985. Isso forneceu informações sobre os mais variados aspetos da vida diária desta «guerrilha de direita»: implantações, estruturação e equipamento militar, hierarquia, natureza e duração dos combates, «batalha para a população» pelos dois campos, recrutamentos, deserções, baixas, centralização das mercadorias e repressão do mercado negro dentro da guerrilha, escolas e hospitais em zona da Renamo, bruxaria, relações com os civis e com as milícias (mudjibas), relações sexuais, psicologia dos combatentes, etc. É a primeira vez que a Renamo pôde ser estudada com base em documentos internos.

PT/AHS-ICS/DIV-02B-2020-04 · Item · 2020-07
Parte de A Divulgação AHS/ICS-ULISBOA

Bandeira, Filomena (2020). "A Sociedade de Instrução e Beneficência A Voz do Operário. Outra forma de fazer política: a propósito da reforma dos serviços escolares (1924-1935)" in Cadernos de História da Educação, v.19, n.1, pp.187-213.

Este artigo insere-se num projeto sobre Escolas e experiências de referência em Portugal no século XX e centra-se no estudo de uma instituição que desenvolve atividades educativas num quadro associativo e para as classes populares. Optámos por uma apresentação descritiva com a intenção de argumentar que a adoção e aplicação de um modelo educativo, inspirado na Educação Nova e conformado a um público específico, assentou numa estratégia sociopolítica, emergente das condições históricas do associativismo operário na primeira metade do século XX e da situação vivida no País com a crise da Primeira República, que desembocou no Estado Novo. No artigo explanamos o processo de reforma dos serviços escolares da Voz do Operário entre 1924-1935, não sem antes apresentarmos uma história sumária da Sociedade, desde o fim do século XIX até à década de 1950, com o objetivo de representar a associação na sua dimensão, atividade e significado social.

PT/AHS-ICS/DIV-02B-2020-07 · Item · 2020-07
Parte de A Divulgação AHS/ICS-ULISBOA

Martins, Ernesto Candeias (2020). "Educação (especial), métodos de ensino e instituições destinadas à surdez em Portugal: Visão sociohistórica no Séc. XIX e inícios do XX" in
Revista Temas em Educação, João Pessoa, Brasil, v. 29, n.2, p. 96-118.

Trata-se de um estudo histórico-descritivo que aborda a educação especial às crianças surdas-mudas no séc. XIX e começos do XX, em Portugal. O seu marco conceptual assenta em fontes documentais e arquivísticas e de outras fontes secundárias no âmbito da História da Educação (Especial) sobre surdos. A nossa argumentação historiográfica, de teor hermenêutico (analítica) incide na educação, ações de ensino (métodos) aos surdos e nas iniciativas institucionais para essas pessoas com deficiência sensorial, ditas‘anormais’ na época. O debate entre as técnicas de ensino aos surdos (oralismo, gestualismo), no âmbito de uma pedagogia diferenciada, acompanhou as tendências europeias divulgadas (métodos: francês e alemão). Em oitocentos, criaram-se classes/aulas e instituições, com o apoio dos municípios e misericórdias (Lisboa, Porto) e de filantropos ou beneméritos, destacando-se o papel da Casa Pia de Lisboa, instituição pioneira na educação dos surdos-mudos. Os nossos objetivos são os seguintes: compreender a existência de uma pedagogia nacional para os surdos (séc. XIX e parte do XX) e respetivas iniciativas educativas; analisar os métodos ou técnicas de ensino (oralista, gestual) seguidos por alguns pedagogos em instituições; compreender a organização de estudos do Real Instituto para surdos-mudos da Casa Pia e as principais características de aprendizagem. Este retrospecto histórico sobre educação da surdez intenta configurar práticas, orientações metodológicas e propostas educacionais, algumas diferentes, que desenvolveram muitas capacidades nos surdos, apesar de limitações. Toda esta visão historiográfica feita em 4 pontos do texto permitiu conhecer os caminhos percorridos pela comunidade surda, as suas dificuldades e lutas e as formas de intervenção.