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PT/AHS-ICS/DIV-02B-2022-04 · Item · 2022
Parte de A Divulgação AHS/ICS-ULISBOA

Strippoli G. Women’s Transnational Activism against Portugal’s Colonial Wars. International Review of Social History. 2022;67(S30):209-236. doi:10.1017/S0020859022000037

This article recovers the history of the transnational women's movement that arose during Portugal's colonial wars (1961–1974). This movement connected women in Portugal and its colonies and operated independently of the PCP, MPLA, PAIGC, and FRELIMO. Most research on women's activism in Portugal, Angola, Guinea-Bissau, Cabo Verde, and Mozambique begins with their relationships to the male-dominated organizations that operated within national frameworks. In contrast, by examining the international connections of these women's groups, this article illuminates their political activities outside national organizations led by men. It shows that women created transnational solidarity networks struggling against the Portuguese Estado Novo and the colonial wars and, in doing so, promoted their own emancipation.

Voltar: Mário Sacramento: a hora do ensaio
PT/AHS-ICS/DIV-07EMP-2022-06 · Item · 2022
Parte de A Divulgação AHS/ICS-ULISBOA

04 Jun a 30 Out '22
Curadoria de António Pedro Pita

Com curadoria de António Pedro Pita e Odete Belo, a exposição “propõe a (re)descoberta de um pensamento teórico e prático, importante no período cronológico em que se desenvolveu e muito relevante para entender as aspirações e os problemas, as tensões e as possibilidades, os obstáculos e os impasses que marcaram o século XX português. A exposição resulta em grande parte de pesquisa no espólio do ensaísta. Sonda tumultuosas profundidades, recupera a voz de Mário Sacramento, sugere a mesa do trabalho teórico: artigos e apontamentos, anotações em livros, desenhos, sucessivas reformulações de textos entretanto publicados, interlocuções decisivas, a extensão no tempo de uma maturação relativamente frustrada, verso e reverso de uma situação dramática: um intelectual português que adentra problemas centrais da sua época sem condições para elaborar integralmente as respostas entretanto intuídas. O regresso de Mário Sacramento permite re-visitar, para repensá-lo, esse drama que marcou o século XX”.

Viva a República, 1910-2010: exposição temporária
PT/AHS-ICS/DIV-07EMP-2010-06 · Item · 2010
Parte de A Divulgação AHS/ICS-ULISBOA

Registo de empréstimo de documentação original para a exposição Viva a República, 1910-2010: exposição temporária, organizada pela Comissão Nacional para as Comemorações do Centenário da República

Coordenação científica de Luis Farinha.

O catálogo da exposição reproduz 2 documentos salvaguardados pelo AHS:
"Ao Povo: guerra à guerra" (p. 53)
(PT-AHS-ICS-PQ-P-035)

"Manifesto aos trabalhadores conscientes" (p. 76)
(PT-AHS-ICS-PQ-P-122)

PT/AHS-ICS/DIV-02C-2020-06 · Item · 2022
Parte de A Divulgação AHS/ICS-ULISBOA

Marques, J. C. (2020). Um indesejável além-mar: Pinto Quartim e o movimento libertário nos dois lados do Atlântico (1887-1930) [Tese de doutoramento, Iscte - Instituto Universitário de Lisboa]. Repositório do Iscte. http://hdl.handle.net/10071/22783
ISBN: 978-989-781-522-5

O objetivo principal desta tese é compreender o movimento e a composição das "ondas libertárias" que circularam pelo Atlântico no alvorecer do século XX, tendo como fio condutor a trajetória do jornalista António Thomas Pinto Quartim (1887-1970). Pinto Quartim colaborou e dirigiu importantes veículos de propaganda e de doutrinação anarquista nos dois lados do Atlântico. O seu percurso individual constitui um contributo importante para compreender as transformações ocorridas no interior do movimento anarquista brasileiro e português e as ressonâncias no carácter revolucionário que o sindicalismo assumiu nos dois países. O recorte temporal privilegia o período que compreende o nascimento do jornalista até os finais da década de 1920, momento em que sindicalismo revolucionário atingiu a sua maturidade e hegemonia entre os trabalhadores portugueses. Cobrindo assim, a sua origem no Rio de Janeiro aos primeiros contatos com o anarquismo em Coimbra, a sua expulsão para o Brasil ao regresso a Portugal. Apesar das referências ao militante, pelos estudos que abordam o anarquismo e o movimento operário, a trajetória de Pinto Quartim ainda permanece desconhecida, principalmente o período de exílio no Rio de Janeiro. Portanto, pretende-se resgatar parte da história de uma das principais figuras do movimento libertário internacional, revelando que o "fazer-se" anarquista do primeiro editor chefe de "A Batalha", porta voz da organização operária portuguesa, não pode ser compreendido sem levar em consideração o processo de "ambientalização" que as suas ideias experimentaram na América do Sul, ambientes marcados pela presença de "indesejáveis" que cruzavam o Atlântico, expulsos de toda parte.

PT/AHS-ICS/DIV-02B-2018-10 · Item · 2018
Parte de A Divulgação AHS/ICS-ULISBOA

Roque R. The colonial ethnological line: Timor and the racial geography of the Malay Archipelago. Journal of Southeast Asian Studies. 2018;49(3):387-409. doi:10.1017/S0022463418000322
Artigo publicado depois como capítulo em monografia editada por Ricardo Roque e Warwick Anderson, Imagined Racial Laboratories: Colonial and National Racialisations in Southeast Asia, pela Brill 2023.

This article examines the connected histories of racial science and colonial geography in Island Southeast Asia. By focusing on the island of Timor, it explores colonial boundaries as modes of arranging racial classifications, and racial typologies as forms of articulating political geography. Portuguese physical anthropologist António Mendes Correia’s work on the ethnology of East Timor is examined as expressive of these productive connections. Correia’s classificatory work ingeniously blended political geography and racial taxonomy. Between 1916 and 1945, mainly based on data from the Portuguese enclave of Oecussi and Ambeno, he claimed a distinct Malayan racial type for the whole colony of ‘Portuguese Timor’. Over the years he developed an anthropogeographical theory that simultaneously aimed to reclassify East Timor and to revise the racial cartography of the Malay Archipelago, including Wallace’s famous ethnological line.

PT/AHS-ICS/DIV-02C-2022-07 · Item · 2022-07
Parte de A Divulgação AHS/ICS-ULISBOA

Evans, David Glyn (2022). The Chocolate Makers and the “Abyss of Hell”: Race, Empire and the Role of Visual Propaganda in the Anglo-Portuguese Controversy surrounding Labour Coercion in the “Cocoa Islands” (1901 - 1917) [Tese de doutoramento, NOVA FCSH].
Repositório da NOVA FCSH. https://run.unl.pt/handle/10362/147069

A presente dissertação aborda o escândalo associado ao emprego de mão-de-obra coagida, sistema, esse, que estava generalizado nas colónias de África Ocidental Portuguesa no início do século vinte, nomeadamente nas roças de cacau de São Tomé e Príncipe. A controvérsia, que, durante muito tempo, teve referências quase semanais na imprensa portuguesa e britânica atingiu o seu auge em 1909, com o conhecido boicote à compra de cacau português imposto pelos chocolateiros britânicos Cadbury, Rowntree e Fry e os seus associados alemães, Stollwerck, que nunca viria a ser levantado. Apesar da suspensão, durante três anos, do recrutamento e importação de trabalhadores angolanos para as chamadas “ilhas do cacao”, e a sua repatriação sistemática depois da queda da Monarquia, a campanha humanitária britânica prosseguiu no Parlamento e a Imprensa, intensificando-se até 1912, perante o cenário de negociações anglo-alemães, supostamente secretas, que se destinavam a redistribuição das colónias portuguesas em África. Os anteriores estudos acerca do chamado “Cacau Escravo” deram ênfase à campanha humanitária britânica, ao mesmo tempo subvalorizando a oposição em Portugal contra o sistema de contratação de mão-de-obra e tratando de forma sumária os principais objectivos, muitas vezes escondidos, de quase todos os protagonistas da disputa. Este estudo representa uma tentativa de corrigir o que tem sido a narrativa predominante e de mostrar como uma questão, essencialmente do foro dos direitos humanos, foi explorada de forma pragmática para obter resultados menos altruístas, tanto na Grã-Bretanha como em Portugal. O estudo baseia-se em relatórios e declarações governativos, correspondência diplomática acerca do trabalho contratado em S.Tomé e Príncipe, legislação nacional e colonial acerca da mão-de-obra indígena, artigos, referências e ilustrações de periódicos portugueses e estrangeiros, e artigos de opinião, panfletos e obras de ficcão que exemplificam as atitudes contemporâneas acerca de mão-de-obra contratada e o tratamento das comunidades indígenas das colónias portuguesas de África. Entre as fontes que foram examinadas em pormenor pela primeira vez aqui, enriquecendo o já substancial corpo de matéria de investigação, contam-se fotografias, bilhetes-postais ilustrados, anúncios, slides” de lanterna mágica e filmes documentários que influenciaram a opinião pública na controvérsia e desempenharam um papel significativo no reforço de atitudes racistas.

Teses
PT/AHS-ICS/DIV-02C · Série · 2008-2021
Parte de A Divulgação AHS/ICS-ULISBOA

Registo de estudos para obtenção de grau, usando fontes salvaguardadas no AHS

PT/AHS-ICS/DIV-06CExp-04-003 · Item · 2024-05-22 - 2024-09-30
Parte de A Divulgação AHS/ICS-ULISBOA

série de 5 autocolantes impressos para a Exposição “A Paz, o Pão, Habitação…”: Valores de Abril em Autocolantes; Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa, 22 de maio de 2024 a 30 de Setembro de 2024; Curadoria: Inês Ponte, Annarita Gori, João Pedro Santos, AHS/ICS-ULisboa
Com carimbo do AHS, e data de 2024

PT/AHS-ICS/DIV-02C-2018 · Item · 2018
Parte de A Divulgação AHS/ICS-ULISBOA

Silva, Maria do Mar. (2018). "Robusta empire : coffee, scientists and the making of colonial Angola (1898-1961)" [Tese no âmbito do Programa Interuniversitário de Doutoramento em História, Universidade de Lisboa, com a participação do ISCTE- Instituto Universitário de Lisboa, Universidade Católica Portuguesa, Universidade de Évora. https://repositorio.ul.pt/handle/10451/32678

Esta dissertação explora o envolvimento dos cientistas com o café Robusta e seu papel na construção do Império Colonial Português tardio. O texto analisa como é que
esta espécie indígena de café entrou na agenda dos botânicos e agrónomos a trabalhar em Angola, e como foi transformada numa mercadoria global. Seguindo os cientistas e examinando as suas práticas de construção de conhecimento, esta dissertação pretende contribuir para uma melhor compreensão da relação entre ciência e império em África, e para a identificação de dinâmicas históricas que moldaram a trajetória imperial do café angolano. A primeira parte acompanha a emergência e consolidação dos Serviços de Agricultura de Angola (entre 1898 e 1939) e a segunda a conceção e evolução da Junta de Exportação do Café (entre 1936 e 1961). Em termos
documentais, a presente investigação baseia-se fundamentalmente, embora não completamente, em relatórios e correspondência produzida por cientistas.

PT/AHS-ICS/DIV-06Cu-2018 · Item · 2018
Parte de A Divulgação AHS/ICS-ULISBOA

O Portal Revistas de Ideias e Cultura resulta da colaboração próxima entre o Seminário Livre de História das Ideias, a Biblioteca Nacional de Portugal e a Fundação Mário Soares e Maria Barroso.

Além da conjugação dos contributos fundamentais, distintos e complementares, dos três parceiros permanentes, a investigação e o trabalho editorial têm vindo a contar com colaboração relevante de muitas outras instituições e entidades, nomeadamente da Fundação para a Ciência e a Tecnologia, do Centro Nacional de Cultura, da Fundação Calouste Gulbenkian, da Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra, do Museu Nacional do Teatro e da Dança, da Direcção da revista Seara Nova e da Universidade do Estado do Rio de Janeiro.

O programa de investigação e de publicação Revistas de Ideias e Cultura só se tornou viável por a Fundação Mário Soares e Maria Barroso, na pessoa do Dr. Alfredo Caldeira, e a Biblioteca Nacional de Portugal, dirigida pela Dr.ª Inês Cordeiro, terem aderido ao projecto apresentado pelo Seminário Livre de História das Ideias com grande generosidade e empenho.

O editor do sítio A Sementeira agradece à Doutora Rita Almeida de Carvalho e à Dra. Madalena Soares Reis a cedência de documentação do Espólio Pinto Quartim, conservada no Arquivo de História Social do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa. Pela colaboração interessada e próxima expressa o seu reconhecimento ao Dr. Luís Sá, da Biblioteca Nacional. Manifesta, igualmente, gratidão ao Dr. António Louçã, à Doutora Joana Dias Pereira, e aos professores doutores João Freire e Paulo Guimarães pelos preciosos consentimentos para a inclusão dos artigos, capítulos e verbetes dos quais são autores.

Ao Doutor Alexandre Samis agradece-se não só a colaboração atenciosa, expressa no envio de testemunhos epistolares, mas também o texto informado com que contribuiu para esta edição.

A agregação de estudos monográficos contou com o auxílio de Mário Rui Pinto, a quem se reconhece a enorme generosidade. A Jorge M. Colaço expressa-se a gratidão pela cedência do seu banco de imagens, que proporcionou a selecção dos elementos gráficos necessários à elaboração deste sítio.

Resta agradecer aos associados do Centro de Estudos Libertários por terem facilitado a consulta do seu rico acervo bibliográfico, além do interesse sempre demonstrado pela concretização deste empreendimento. https://pt.revistasdeideias.net/pt-pt/a-sementeira/foreword/acknowledgments

PT/AHS-ICS/DIV-02B-2022-05 · Item · 2022
Parte de A Divulgação AHS/ICS-ULISBOA

Matos, José Nuno, 2022, Matos, J. N. (2022). Press professionals and trade unionism in the First Republic. Estudos em Comunicação, 34, pp. 97-124.. https://repositorio.ul.pt/handle/10451/54873

O período da I República foi marcado pelo crescimento e afirmação de um movimento sindical de proporções amplas. O objetivo deste artigo é analisar o nível de participação dos jornalistas nesta dinâmica social e política. Embora a Associação de Classe dos Trabalhadores da Imprensa tenha sido criada em 1904, é a partir de 1910 que se verifica o seu crescimento e aproximação à Federação do Livro e do Jornal, controlada pelas classes gráficas, um dos setores laborais com maior experiência ao nível da organização e luta sindical. Apesar das diferenças em termos materiais e simbólicos, tal conduziria, entre outros fatores, à participação dos jornalistas na greve dos trabalhadores de imprensa de Lisboa em 1921, responsável pela paralisação da produção dos jornais ao longo de vários meses. O desfecho deste acontecimento acabaria por ter sérias implicações não só no que respeita à relação com as empresas de jornais, mas igualmente na própria ação coletiva desenvolvida pelos profissionais de imprensa.

Portugal, uma retrospectiva: 1974 (vol. 3): livro
PT/AHS-ICS/DIV-02B-2019-06 · Item · 2019-06
Parte de A Divulgação AHS/ICS-ULISBOA

Noronha, Ricardo e Trindade, Luís (2019). "Portugal, uma retrospectiva: 1974" in Tavares, Rui (coord.) Colecção Portugal, uma retrospectiva, vol. 3, Público e Tinta-da-China.

O Portugal que se autocelebrou democrático e europeu em 1998, no nosso anterior volume, tem as suas raízes nos anos de 1974 e 1975, aqui narrados e analisados por Ricardo Noronha e Luís Trindade em toda a sua profusão de acontecimentos e de sentidos. Uma vez que fazemos, nesta coleção, uma viagem inversa à dos sujeitos históricos, é sempre crucial lembrar as condições em que estes agiam: sem saber como a história acabava. Em 1974 (e 1975) os atores sociais e políticos portugueses saberiam que se estava a encerrar um ciclo ditatorial que tinha durado mais de 40 anos, e um ciclo imperial que durara mais de 400. O destino imediato — a iniciação de um ciclo democrático — estava bem mais presente nos espíritos do que a abertura de um ciclo europeu.
Nesse hiato entre ciclos, emerge um ator coletivo múltiplo — o povo — que se empenha em preencher de sentido as palavras que constavam dos lemas revolucionários. O que está ainda em fluxo nesses anos são, afinal, os significados de democracia, de desenvolvimento e de descolonização. E, por detrás deles, o significado do próprio povo, exaurido por uma guerra colonial com que o regime do Estado Novo tentara provar que Portugal era um todo pluricontinental, e cujo desfecho demonstrará que as categorias de «Portugal» e de «portugueses» não são tão fixas e incontestadas como por vezes parecem. Acresce que, nestes anos revolucionários, tais categorias se cruzaram com outras igualmente objeto de disputa: a «classe», os «trabalhadores», a «propriedade», o «poder» e, como corolário, o «socialismo», a categoria que, entre todas, passa por uma transformação mais dramática, de horizonte histórico inescapável nos anos 70 até à sua quase invisibilidade nos nossos dias.
Se bem que em contraste menos evidente, os sentidos de «democracia», «desenvolvimento» e — por surpreendente que isso possa parecer — «descolonização» continuam a ser tão decisivos quanto fugidios nos dias de hoje. É por isso fundamental revisitar os anos de viragem em que se formou o Portugal contemporâneo, neste
estudo que alia magistralmente os fios da história social com os da história política e cultural de um país em transição.

PT/AHS-ICS/DIV-07EMP-2010-10 · Item · 2010
Parte de A Divulgação AHS/ICS-ULISBOA

Registo de empréstimo de documentação original para a exposição Percursos, Conquistas e Derrotas das Mulheres na 1ª República: exposição temporária, organizada pelo Grupo de Trabalho para as Comemorações Municipais do Centenário da República, CML e Biblioteca Museu República e Resistência, em 2010

Coordenação científica de Zília Osório de Castro (Faces de Eva).

O catálogo da exposição reproduz 2 documentos do AHS:
Postal do CNMP por altura do II Congresso Feminista e de Educação em 1928
(PT-AHS-ICS-PQ-F-074), p. 39

Retrato de Alice Pestana (Caiel)
p. 86. e p.134
(fora de catálogo)

PT/AHS-ICS/DIV-02C-2018-09 · Item · 2018
Parte de A Divulgação AHS/ICS-ULISBOA

Campos, A. da S. (2018). "Para lutar é preciso ser instruído": a ideologia e o movimento operário na Universidade Popular de Setúbal: da 1.ª República ao advento do Estado Novo [Dissertação de mestrado, Iscte - Instituto Universitário de Lisboa]. Repositório do Iscte. http://hdl.handle.net/10071/18567

Este trabalho procura perceber em que medida o movimento anarquista em Portugal influenciou os trabalhadores da nação com vista à sua formação intelectual, tomando como estudo de caso a secção de Setúbal da Universidade Popular Portuguesa. Atravessando o período da chamada “Nova República Velha”, da Ditadura Militar e dos anos de consolidação do Estado Novo, o trabalho divide-se em 3 linhas de análise: em que medida é que a Universidade Popular Portuguesa se ligou ao Movimento Operário português; que interesses e contrapartidas é que tal implicava para ambas as partes; qual foi a participação da vertente libertária e anarcosindicalista nestas dinâmicas. Simultaneamente, a análise parte do geral, considerado a situação nacional, para o particular, a saber, o caso da cidade de Setúbal. O trabalho resulta da análise de fontes documentais, com particular foco para correspondência particular entre figuras do anarquismo português relevantes para a temática da secção de Setúbal da Universidade Popular Portuguesa. Apresentamos a secção de Setúbal como a personificação, em escala local, das relações pretendidas entre a Universidade Popular Portuguesa e os trabalhadores do país. Relevamos, ainda, o papel do sindicalismo na educação popular, com especial ênfase para a Confederação Geral do Trabalho. Por fim, tenta-se perceber de que forma a fundação do Partido Comunista Português afectou o movimento anarquista nacional, ao disputar a influência ideológica dos trabalhadores e do meio sindical.

PT/AHS-ICS/DIV-02C-2021-07 · Item · 2021
Parte de A Divulgação AHS/ICS-ULISBOA

Pires, S. M. da C. (2021). Os militares portugueses e a descolonização em Cabo Verde [Tese de doutoramento, Iscte - Instituto Universitário de Lisboa]. Repositório do Iscte. http://hdl.handle.net/10071/23083

Objeto de estudo: a intervenção dos militares portugueses no decurso da descolonização e transição para a independência em Cabo Verde, entre 25 de Abril de 1974 e 5 de julho de 1975. Analisa-se a ação militar e política das forças armadas locais, nas relações estabelecidas tanto com a população como com as correntes nacionalistas, de modo a apurar em que medida contribuíram para a fase final da descolonização. Principais questões de pesquisa: emergência da identidade cabo-verdiana; passagem das formas de resistência ao colonialismo na longa duração para a estruturação do nacionalismo cabo-verdiano novecentista; impacto da realidade colonial nas atitudes ou predisposições dos militares expedicionários; formas de organização e participação política das forças militares locais. Justificação: na literatura sobre a componente militar portuguesa da descolonização são notórias duas lacunas: os estudos sobre a participação militar no processo da Descolonização, nomeadamente do MFA privilegiam o papel dos centros de decisão metropolitanos; a análise centra-se nos espaços coloniais em que houve luta armada. Delas resulta a carência de estudos sobre a intervenção dos militares estacionados em Cabo Verde. Domínio científico e metodológico: Tema de História Política e Social assente no cruzamento da História Colonial com a História de Cabo Verde. Metodologicamente: recurso à História narrativa para a reconstituição dos acontecimentos; cruzamento alargado de fontes de arquivo com fontes sitográficas; recurso à História Oral; cruzamento de documentação militar e de instituições governamentais; diplomática, panfletária, legislativa, de imprensa periódica; levantamento de literatura memorialística e de testemunhos orais transcritos; documentários filmados. Dos resultados apurados sublinham-se: cronologias detalhadas (legislação colonial; revoltas anticoloniais; processo político 1974-1975; visitas da ONU); levantamentos (presos políticos; efetivos militares e militarizados antes e depois de abril 1974); caracterização global dos movimentos nacionalistas. Foi possível concluir que as forças armadas (FAP e MFA) participaram ativamente na vida do arquipélago, e que a conjugação da função militar com a forma como foram assumindo decisões políticas asseguraram a transição pacífica à independência, num ambiente com frequência explosivo.

PT/AHS-ICS/DIV-02C-2008 · Item · 2008
Parte de A Divulgação AHS/ICS-ULISBOA

Duarte, Maria João Raminhos, 2008, Oposição à ditadura militar e ao «Estado Novo» no Algarve (1926-1958) : o caso do Concelho de Silves, Doutoramento, Universidade de Lisboa, https://repositorio.ul.pt/handle/10451/577

Em Portugal, com o golpe militar de 28 de Maio de 1926 teve início uma Ditadura Militar que culminou num novo regime, o Estado Novo , também de cariz ditatorial, que se institucionalizou com a aprovação da Constituição de 1933 e que se manteve até 25 de Abril de 1974. Este regime foi sempre marcado por um acentuado autoritarismo do Estado, que impôs aos portugueses um forte dirigismo político, económico e social, mantido por diversas instituições repressivas e policiais. Desde o seu início, o regime foi combatido por uma oposição proveniente de vários sectores da sociedade portuguesa. Entre estes, contam-se alguns sectores militares, vários núcleos republicanos, as organizações operárias, o Movimento Nacional-Sindicalista, o PCP e outros movimentos democráticos surgidos após a II Grande Guerra Mundial. Todos eles foram duramente reprimidos, quando não eliminados, pelo Estado Novo . Este trabalho debruça-se particularmente sobre a oposição ao regime ditatorial no concelho de Silves no período entre 1926 e 1958. Paralelamente foi feito o estudo da implementação do regime ditatorial a nível local, das suas instituições e apoiantes. A cidade, que se caracterizava por um forte movimento operário ligado à indústria corticeira e pelo republicanismo democrático da sua elite local, destacou-se, desde o primeiro momento, no combate à ditadura. Em Silves, houve opositores de todos os tipos. Neste âmbito foi feita a história desses movimentos, biografados os seus protagonistas e identificadas as suas actividades e influência dentro e fora do concelho. De igual modo se estudou a repressão social, civil e política, a depuração administrativa e, por último, a repressão formal e a violência. A expulsão da função pública, os despedimentos, as torturas, as prisões e o desterro prolongado fazem parte da memória colectiva da cidade que aqui se pretendeu preservar.
PT/AHS-ICS/DIV-02C-2018-06 · Item · 2018-06
Parte de A Divulgação AHS/ICS-ULISBOA

O universo dos arquivos pessoais em Portugal: identificação e valorização, Tese de doutoramento de Zélia Pereira (Universidade de Évora, 2018).

A maior parte da investigação sobre arquivos pessoais desenvolvida no âmbito académico, ou em contexto profissional, tem-se focado essencialmente em teorias e metodologias relacionadas com a sua organização interna, passando pela apresentação de propostas para a criação de estruturas classificativas e descritivas. Apesar de a descrição e representação da informação serem centrais na Arquivística, outras dimensões têm ficado relativamente descuradas, entre as quais a análise das políticas de aquisição visando a preservação e difusão dos arquivos pessoais, sob o desígnio da sua valorização, em função da importância histórica, cultural e social. Este estudo pretende efetuar um reconhecimento das instituições de memória em Portugal detentoras de arquivos pessoais, bem como a identificação destes arquivos, refletindo sobre as motivações para a sua preservação, os critérios de seleção, e as consequências de algumas práticas inerentes aos processos de incorporação e tratamento da informação. Conclui-se que os arquivos preservados e as práticas inerentes à sua constituição correspondem a processos de construção da memória individual e coletiva, condicionados pela atuação de diversos intervenientes, e por diferentes imperativos e propósitos, com consequências que dificultam a apropriação de um conceito científico de arquivo pessoal, e a sua compreensão enquanto sistema de informação, produzido, reunido e mantido por um indivíduo no decurso da sua vida e das suas atividades e funções sociais. Seguiu-se um modelo de investigação qualitativo, fundamentado na recolha e análise de dados, com recurso a uma metodologia suficientemente flexível, combinando diversas técnicas, de modo a identificar, em fontes distintas, um universo o mais abrangente possível para o caso português. Os resultados obtidos foram interpretados com vista à caracterização geral de fenómenos e tendências, recorrendo, em aspetos específicos, a alguns dados quantitativos. A informação recolhida foi ainda utilizada como base estruturante de um guia de instituições de memória e de arquivos em Portugal, que se apresenta no volume II da dissertação.

PT/AHS-ICS/DIV-02C-2010 · Item · 2011
Parte de A Divulgação AHS/ICS-ULISBOA

O sindicalismo português entre 1933 e 1974:orientações políticas e estratégicas do Partido Comunista Português para a luta sindical
Lopes, Maria Filomena Rocha
Tese de doutoramento, História (História Contemporânea), Universidade de Lisboa, Faculdade de Letras, 2012 http://hdl.handle.net/10451/7351

O Sindicalismo português, na transição da Ditadura Militar para a plena institucionalização do Estado Novo, caracteriza-se por duas vertentes essenciais: a busca pela reorganização do tecido sindical, destruído por medidas governamentais de repressão e pela ilegalização das principais organizações sindicais, e por uma ampla discussão em torno de opções de carácter ideológico, orientadores da acção sindical. Esta transição provocará a ruptura nas organizações sindicais, colocando à margem da lei as suas principais estruturas, com recurso a métodos coercivos e punitivos, implacavelmente aplicados pela PVDE, sobre estas organizações e os seus principais dirigentes. A legislação laboral de 1933 rompe com o sindicalismo livre impondo sindicatos únicos de feição nacionalista, colaboracionistas, servis em relação aos interesses económicos nacionais e sustentados por uma negação dos princípios do internacionalismo, da pluralidade, da solidariedade e da liberdade de acção sindical que tinham caracterizado o sindicalismo português. O Estado Novo destrói, com recurso a acções de extrema violência, a liberdade sindical e o que restava de sindicalismo livre de cariz operário, diabolizando estas organizações, bem como os dirigentes e as ideologias que os sustentavam. Esta ruptura na evolução do movimento sindical português leva-nos ao lado negro da luta sindical, a clandestinidade. O PCP clandestino organiza a luta impondo aos seus dirigentes e militantes um código de silêncio conspirativo. A luta sindical coloca em risco, militantes e dirigentes sindicais comunistas pelas consequências que advêm da luta. A prisão, os interrogatórios, a perda de direitos, a deportação e quantas vezes a morte em vida são o preço a pagar pela luta sindical. A clandestinidade marca a existência destes dirigentes. A aparente abertura do regime após a II Grande Guerra e a convocação de eleições permitiu a formação de organizações de oposição como o MUD e o MUDJ. No entanto a realidade demonstrou a burla com que Salazar pretendia mascarar o regime. As condições impostas a dirigentes e militantes comunistas são de tal forma rigorosas que muitos abandonam o país para só regressarem após a revolução de 25 de Abril de 1974.

O Senhor Ávila e os conferencistas do Casino: artigo
PT/AHS-ICS/DIV-02B-2001 · Item · 2001
Parte de A Divulgação AHS/ICS-ULISBOA

Mónica, M. F. (2001). O Senhor Ávila e os conferencistas do Casino. Análise Social, 35(157), 1013–1030. https://doi.org/10.31447/AS00032573.2001157.06

Passados mais de cem anos, é tempo de olhar a polémica sobre o encerramento das «conferências do Casino» com frieza. Os jovens da «geração de 1870» não se deslocaram ao Chiado apenas para nos deixarem o retrato da pátria: fizeram-no para abalarem o regime. Ergueu-se-lhes pela frente a figura pesada do marquês de Ávila. A posteridade passou a considerar os jovens uns inocentes cordeiros e o presidente do Conselho um Calígula. O que se passou foi mais complexo.