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Descrição arquivística
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Há Sempre Alguém que diz não: exposição temporária
PT/AHS-ICS/DIV-07EMP-2023-002 · Item · 2023
Parte de A Divulgação AHS/ICS-ULISBOA

Exposição "Há Sempre Alguém que DIz Não! A oposição estudantil à ditadura no ensino secundário de Lisboa (1970-1974)," Arquivo Nacional da Torre do Tombo, 15 de dezembro de 2023 a 28 de fevereiro de 2024.

Documentos: 1 número de cerca de 30 dezenas de jornais de liceus da grande Lisboa, publicados entre 1970 e 1974.

"A Torre do Tombo acolhe a exposição 'Há sempre alguém que diz não! – A oposição estudantil à ditadura no ensino secundário de Lisboa (1970-1974)', concebida para dar a conhecer aos mais novos, nascidos antes e depois da democracia, como os jovens entre os 13 e os 17 anos abraçaram a oposição à ditadura.

Pretende-se demonstrar como sentiram o imperativo de contestar as diversas condicionantes da ditadura nas suas vidas: nos estudos, no acesso à cultura, no simples convívio, bem como no seu direito a viver em paz e não ter de fazer uma guerra em África a cuja finalidade não aderiram."

Voltar: Mário Sacramento: a hora do ensaio
PT/AHS-ICS/DIV-07EMP-2022-06 · Item · 2022
Parte de A Divulgação AHS/ICS-ULISBOA

04 Jun a 30 Out '22
Curadoria de António Pedro Pita

Com curadoria de António Pedro Pita e Odete Belo, a exposição “propõe a (re)descoberta de um pensamento teórico e prático, importante no período cronológico em que se desenvolveu e muito relevante para entender as aspirações e os problemas, as tensões e as possibilidades, os obstáculos e os impasses que marcaram o século XX português. A exposição resulta em grande parte de pesquisa no espólio do ensaísta. Sonda tumultuosas profundidades, recupera a voz de Mário Sacramento, sugere a mesa do trabalho teórico: artigos e apontamentos, anotações em livros, desenhos, sucessivas reformulações de textos entretanto publicados, interlocuções decisivas, a extensão no tempo de uma maturação relativamente frustrada, verso e reverso de uma situação dramática: um intelectual português que adentra problemas centrais da sua época sem condições para elaborar integralmente as respostas entretanto intuídas. O regresso de Mário Sacramento permite re-visitar, para repensá-lo, esse drama que marcou o século XX”.

PT/AHS-ICS/DIV-07EMP-2010-10 · Item · 2010
Parte de A Divulgação AHS/ICS-ULISBOA

Registo de empréstimo de documentação original para a exposição Percursos, Conquistas e Derrotas das Mulheres na 1ª República: exposição temporária, organizada pelo Grupo de Trabalho para as Comemorações Municipais do Centenário da República, CML e Biblioteca Museu República e Resistência, em 2010

Coordenação científica de Zília Osório de Castro (Faces de Eva).

O catálogo da exposição reproduz 2 documentos do AHS:
Postal do CNMP por altura do II Congresso Feminista e de Educação em 1928
(PT-AHS-ICS-PQ-F-074), p. 39

Retrato de Alice Pestana (Caiel)
p. 86. e p.134
(fora de catálogo)

Viva a República, 1910-2010: exposição temporária
PT/AHS-ICS/DIV-07EMP-2010-06 · Item · 2010
Parte de A Divulgação AHS/ICS-ULISBOA

Registo de empréstimo de documentação original para a exposição Viva a República, 1910-2010: exposição temporária, organizada pela Comissão Nacional para as Comemorações do Centenário da República

Coordenação científica de Luis Farinha.

O catálogo da exposição reproduz 2 documentos salvaguardados pelo AHS:
"Ao Povo: guerra à guerra" (p. 53)
(PT-AHS-ICS-PQ-P-035)

"Manifesto aos trabalhadores conscientes" (p. 76)
(PT-AHS-ICS-PQ-P-122)

PT/AHS-ICS/DIV-07EMP-2006-10 · Item · 2006-2007
Parte de A Divulgação AHS/ICS-ULISBOA

Exposição "1936, 70 anos depois Memória e História Tarrafal e Guerra Civil de Espanha", no ANTT, organizada por Fátima Patriarca, Catarina Guimarães, Cristina Ribeiro e Inês Correia.

Esta exposição exibiu 10 documentos do AHS:
Relatório da Delegação em Madrid do Partido Comunista Português, SPIC, sobre a atividade do PCP com a caracterização das diferentes forças políticas que integram a Frente Popular Portuguesa. Madrid, 23.11.1936
(F.495, op. 10a, d. 262, AHS-IC, Doc. 112, maço 32, Caixa 2)

Solidariedade. Órgão Central da Secção Portuguesa do Socorro Vermelho Internacional, II Série, n.º [ilegível], 1937
(F.539, op. 3, d. 1021, AHS-SVI, Doc. 480, Caixa 23).

Carta da Secção Portuguesa do Socorro Vermelho Internacional (SVI), assinada por Jorge, dirigida aos serviços centrais do SVI, fazendo referência a cartas de junho a dezembro de 1936 bem como ao clima político em Portugal. Lisboa, 24.01.1937
(F.539, op. 3, d. 1021, AHS-SVI, Doc. 476, Caixa 23)

Inventario General por Orden de la Cartotega de Nacionalid Portuguesa, Lista n°1, do Estado Maior da Base das Brigadas Internacionais. Barcelona, 26.05.1938
(F. 545, op. 6, d. 816, AHS-BI, s/n, Caixa 11)

Informacion sobre Berta Mouchet, pseudónimo de Carolina Loff, que refere a sua participação na Rádio Madrid. S.I., 25.11.1938
(F. 545, op. 6, d. 823, AHS-IC, s/n, Caixa 10)

Memórias da Guerra Civil de Espanha, de Manuel António Boto. S. Paulo. Agosto de 1966
PT-AHS-ICS-MAB-2860

Avante!, n.º 20, II Série, O Partido Comunista Português saúda todos os combatentes da Frente Popular Espanhola e espera confiante os resultados da sua abnegada coragem e heroísmo. Agosto de 1936
PT-AHS-ICS-CG-12-20

Avante!, n.º 26, II Série, O povo espanhol resiste e vencerá. . 1a quinzena de Janeiro de 1937
PT-AHS-ICS-CG-12-26

Avante!, n.º 37, II Série, Ofensiva geral do fascismo contra o povo português. A morte de um herói. 1a semana de Junho de 1937
PT-AHS-ICS-CG-12-37

Avante!, n.º 43, II Série, SALUD GLORIOSO POVO ESPANHOL!, 3a semana de Julho de 1937
PT-AHS-ICS-CG-12-43

Conversas com Glicinia: documentário
PT/AHS-ICS/DIV-07EMP-2004-12 · Item · 2004
Parte de A Divulgação AHS/ICS-ULISBOA

Documentário sobre a actriz Glicínia Quartin por ocasião do seu 80º aniversário. A sua família, o anarco-sindicalismo, a Escola-Oficina nº 1, as leituras em casa dos pais, as prisões, o Mud Juvenil, os teatros experimentais, os surrealistas, o encontro com José Ernesto de Sousa e o desabrochar do Cinema Novo com “Dom Roberto”, a Itália, a fantasia, Beckett, Genet, Vitor Garcia, o encontro com Luís Miguel Cintra – uma vida em movimento.

"Gosto tanto de a ouvir falar, à Glicínia. Mas não queria que ela falasse só comigo. Por isso fiz este filme, para partilhar as minhas conversas com Glicínia Quartin."
Jorge Silva Melo

"Não sei do que gosto mais, se de ouvir o que pensa (que não pára de pensar), se de a ouvir contar tanta vida que viveu (que não sabe estar parada sem viver), se de a ver brincar (que a vida para ela tem de ser festa). Gosto de a ver representar: pensa, mexe-se, brinca, imagina e enquanto representa conta coisas que conhece do que viu nos outros. Conversa, de facto (“não achas?”, “lembras-te?”, “e tu?”, “quero perguntar-te uma coisa”), curiosa de mim, de ti, de todos os outros e de todas as coisas, firme no que decide e a querer saber o que o outro quer, sempre a pedir esse “tu”. Inventa-se e inventa espaço. Transporta a alegria. Sem peso. Sempre em movimento. Porque vive em sedução. E porque ama como ninguém a sua e a minha e a tua e a nossa liberdade. Há mais actriz? Há mais pessoa? Melhor amiga?"
Luís Miguel Cintra

Realização de Jorge Silva Melo. Produção Artistas Unidos. 55 minutos. O Documentário teve exibição comercial, e passou na RTP

O General Sem Medo: exposição temporária
PT/AHS-ICS/DIV-07EMP-1995 · Item · 1995
Parte de A Divulgação AHS/ICS-ULISBOA

Exposição "Humberto Delgado - O General sem Medo", no Museu República e Resistência, em 1995, direção científica de Fernando Rosas.

Esta exposição exibiu 2 documentos do AHS:

Proclamação do General Humberto Delgado. A todos os Portugueses da Metrópole e do Ultramar [Maio de 1958]
PT-AHS-ICS-PQ-P-096

Cartas do Sr. General Humberto Delgado, Candidato às últimas Eleições. Aos senhores: Ministro da presidência, Ministro do Interior e a Sua Eminência o Cardeal Patriarca de Lisboa; protestando contra a fraude eleitoral, a vaga de prisões e abusos policiais sobre os seus apoiantes que se seguiram ao encerramento da campanha (30 Junho e 12 e 14 de Julho de 1958, respectivamente)
PT-AHS-ICS-PQ-DOC-149

PT/AHS-ICS/DIV-06Cu-2024-10 · Item · 2024
Parte de A Divulgação AHS/ICS-ULISBOA

O "Congresso Internacional A Imprensa de Exílio(s)", organizado pelo Grupo Internacional de Estudos da Imprensa Periódica Colonial do Império Português (GIEIPC-IP), estimulou o AHS, o Centro de Documentação 25 de Abril e a Fundação Mário Soares e Maria Barroso, a trabalharam conjuntamente para levantar imprensa dedicada ao tema nos três arquivos, bem como sinalizar o seu tipo de acesso, livre ou por consulta presencial. Resultou em disponibilizar ao público o ficheiro "Imprensa de Exílio e Emigração (oposição à ditadura, 1926-1974)", uma primeira lista Excel de fontes de imprensa sobre a história das diversas correntes políticas da oposição à Ditadura Militar e ao Estado Novo que se organizaram no exílio, assim como sobre a história dos movimentos de libertação das ex-colónias portuguesas e organizações unitárias anticoloniais, cujos secretariados gerais e representações se estabeleceram também no exílio. Na perspectiva dos recursos das instituições de memória envolvidas neste projeto, a lista permite entender em que medida os 3 acervos se completam virtualmente, facilitando uma gestão articulada das políticas futuras de digitalização. Permitiu, ainda, propor uma reflexão em torno de modelos de harmonização da metainformação gerada por cada uma das instituições, para o caso da imprensa periódica. Neste trabalho foram identificados cerca de 200 títulos de imprensa deste tema partilhados pelas 3 instituições.

Com base nesse levantamento, o AHS consolidou no seu catálogo digital o assunto Imprensa em Exílio, para refletir as publicações que dispõe, que inclui oposição portuguesa e movimentos de libertação no exílio.

PT/AHS-ICS/DIV-06CExp-04 · Subsérie · 2024-05-22 - 2024-09-30
Parte de A Divulgação AHS/ICS-ULISBOA

Reúne materiais gerados pela Exposição “A Paz, o Pão, Habitação…”: Valores de Abril em Autocolantes; Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa, 22 de maio de 2024 a 30 de Setembro de 2024; Curadoria: Inês Ponte, Annarita Gori, João Pedro Santos, AHS/ICS-ULisboa

"Através de autocolantes que fazem parte do acervo do Arquivo de História Social do ICS-ULisboa, esta exposição evoca os valores fundamentais de Abril: a Paz, o Pão, a Habitação, a Saúde e a Educação, como expressa a canção “Liberdade” escrita por Sérgio Godinho, há 50 anos. Quantos destes valores parecem hoje estar ainda por cumprir? Em jeito de balanço sobre os desafios que ainda se colocam aos valores de Abril, a exposição dialoga também com recursos visuais contemporâneos. Apropriando-nos dos autocolantes, na época um meio de divulgação comum, esta exposição sobre a intemporalidade dos valores de Abril é também uma forma de celebrarmos a expressão popular.
“A Paz, o Pão, Habitação…”: valores de abril em autocolantes tem por base a coleção de autocolantes proveniente de António Costa Pinto, investigador do ICS-ULisboa".

Exposição Renovação (2009)
PT/AHS-ICS/DIV-06CExp-03 · Subsérie · 2009
Parte de A Divulgação AHS/ICS-ULISBOA

Exposição temporária, celebratória dos 30 anos do AHS, focada na revista Renovação, editada por Pinto Quartin.
Celebrando também a grande variedade temática e cronológica dos fundos do AHS.

O enfoque é posto nesta «revista quinzenal de arte, literatura e actualidades» publicada pelo jornal anarco-sindicalista A Batalha. A revista teve urna vida curta: saíram 24 números entre 2 de Julho de 1925 e 15 de Junho de 1926. Contou com a participação de destacados colaboradores, entre os quais Ferreira de Castro, Bento Faria, Eduardo Frias, Mário Domingues, Ladislau Batalha, Rocha Martins e Julião Quintinha. O último número saiu um mês antes do estabelecimento da censura prévia à imprensa.

Apresentação: Manuel Villaverde Cabral e Anne Cova
Texto: João Freire
Coordenação: Rita Almeida de Carvalho

A exposição teve lugar na sala 3 do ICS. Curadoria cientifica de Rita Almeida de Carvalho; Desenho de João Pedro Silva.

Arquivo de História Social
Mensário II, n. 7 :: jan24 :: Feminismo e Eugenia
PT/AHS-ICS/DIV-05M-007 · Item · 2024-01
Parte de A Divulgação AHS/ICS-ULISBOA

Divulgação sobre duas brochuras do Espólio de Pinto Quartin, que articulam Feminismo e Eugenia, por Ricardo Gomes Moreira, estudante de doutoramento em Antropologia no ICS-ULisboa. Inclui também secção sobre recente disponibilização da Coleção da Associação Tchiweka de Documentação (ofertada em junho de 2023); sobre um documento do Espólio de Pinto Quartin, escolha do arquivista do AHS, João Pedro Santos, e sobre a Exposição temporária "Há sempre alguém que diz não".

PT/AHS-ICS/DIV-05M-001 · Item · 2023-03
Parte de A Divulgação AHS/ICS-ULISBOA

Divulgação sobre Deolinda Lopes Vieira, da sua relação com o Conselho Nacional das Mulheres Portuguesas, com base num postal e em algumas publicações salvaguardadas no Espólio Pinto Quartin; bem como de publicações recentes sobre as suas actividades. Texto de Inês Ponte

Newsletter #28 março 2022
PT/AHS-ICS/DIV-04-28 · Item · 2022-03
Parte de A Divulgação AHS/ICS-ULISBOA

texto de divulgação do acervo do AHS, sobre o catálogo da Exposição de Livros Escritos por Mulheres, janeiro de 1947, por Joana Bénard da Costa, revisão de Rita Almeida de Carvalho.

Joana Bénard da Costa
Newsletter #16 fevereiro 2021
PT/AHS-ICS/DIV-04-16 · Item · 2021-02
Parte de A Divulgação AHS/ICS-ULISBOA

texto de divulgação do acervo do AHS, sobre a Mensagem,órgão da Casa dos Estudantes do Império, número saido em 07-1964, por Joana Bénard da Costa, revisão de Rita Almeida de Carvalho.

Newsletter #14 dezembro 2020
PT/AHS-ICS/DIV-04-14 · Item · 2020-12
Parte de A Divulgação AHS/ICS-ULISBOA

texto de divulgação do acervo do AHS, sobre postal de natal enviado pela escritora e jornalista Sara Beirão ao seu amigo jornalista Pinto Quartin, por Joana Bénard da Costa, revisão de Rita Almeida de Carvalho.

O postal é enviado a partir de Tábua (Coimbra), onde nasceu e residiu Sarah Beirão, a qual se destacou também pelo seu empenhamento na causa republicana e na defesa dos direitos das mulheres. Integrou a Liga Portuguesa da Paz, a Liga Republicana das Mulheres Portuguesas e o Conselho Nacional das Mulheres Portuguesas. O postal faz parte da correspondência particular do vasto espólio de António Tomás Pinto Quartin e pode ser consultado no Arquivo de História Social. Data 19-12-1951.
Cota: Arquivo de História Social-ICS/ULisboa, Espólio de Pinto Quartin, PT-AHS-ICS-PQ-CP-023-1.

N#3 julho 2019 Desterro
PT/AHS-ICS/DIV-04-03 · Item · 2019-07
Parte de A Divulgação AHS/ICS-ULISBOA

texto divulgação de fotografia publicada no jornal Renovação, salvaguardada no acervo do AHS.

"Fotógrafo desconhecido. A fotografia integra o acervo fotografico da revista A Renovação, de 15 de novembro de 1925. Em 1925, um rapaz de 17 anos parte para o exílio. No porto de Lisboa, irmão e irmã dão um último beijo, uma cena emocional que evoca o temor de nunca mais se voltarem a ver. A pobreza rural tinha empurrado o jovem para a capital onde, incapaz de encontrar trabalho ou um lugar para dormir, tinha como modo de vida vaguear pelas ruas de Lisboa ao mesmo tempo que ia cometendo crimes de pequeno delito. Um ano depois de ter sido preso, o jovem foi enviado para Luanda, em Angola. Entre os 364 indivíduos que o acompanharam, muitos homens e mulheres tinham também sido condenados ao exílio apenas por terem cometido crimes insignificantes. O episódio foi narrado pelo escritor Ferreira de Castro na revista anarquista A Renovação, de 15 de novembro de 1925, na qual foi também publicada a fotografia que aqui se reproduz." RAC

PT/AHS-ICS/DIV-02C-2023-05 · Item · 2023-05
Parte de A Divulgação AHS/ICS-ULISBOA

Ralão, Joana Cardoso da Costa (2023). As mulheres no movimento estudantil da década de 70 [Tese de mestrado em História Contemporânea], NOVA FCSH.
Repositório da NOVA FCSH. https://run.unl.pt/handle/10362/160432

O movimento estudantil de inícios da década de 70 contou com a participação de várias mulheres que se empenharam ativamente na alteração da situação política,
económica e social do país, numa altura em que a adoção de atitudes, comportamentos e práticas de contestação ao regime acarretavam consequências graves e implicavam grandes sacrifícios dos seus participantes. Partindo da recolha e análise de doze testemunhos inéditos, a presente dissertação de mestrado procura estudar a presença e participação das mulheres no movimento estudantil lisboeta de inícios da década de 70 em duas Faculdades da Universidade de Lisboa: a Faculdade de Direito e a Faculdade de Ciências. Particular atenção será dada às trajetórias de vida destas mulheres e aos processos de consciencialização política e social, politização, envolvimento político e, num último momento, de desmobilização. Veremos como foi no terreno estudantil ou a partir deste que estas mulheres desenvolveram a sua atividade política e social, mobilizando-se para as mais diversas causas e lutas: pela democratização do ensino, pelo fim de um regime autoritário, pela liberdade, e pelo fim da guerra colonial. As estudantes intervinham de diferentes formas no movimento estudantil e o seu percurso no ativismo era feito de forma gradual e cumulativa. Estas podiam integrar órgãos legais (como as delegações de curso e as Associações de Estudantes), estruturas semiclandestinas (cooperativas e comissões) e organizações clandestinas, de cariz político. Estas mulheres não escaparam à atitude repressiva que o regime lançava a todos aqueles que o ameaçavam e, por isso, o seu envolvimento na mobilização estudantil teve consequências graves nas suas trajetórias e percursos de vida (tanto a nível pessoal, académico e profissional).
Resgatando as suas memórias e dando visibilidade à sua participação na vida social e política do país, este estudo procura, acima de tudo, integrar estas mulheres no
espaço público e na memória coletiva do movimento estudantil.