Existências: Nº 3
O sindicalismo universitário e a Pax romana.
Revista da Associação dos Estudantes de Económicas sobre economia, cultura e actividades associativas.
Associação Académica do ISCEF/ISESuplemento ao nº 79 d'O Sindicalista, Semanário Defensor da Classe Trabalhadora. Este suplemento contém um manifesto ao público da União das Associações de Classe de Lisboa referente à greve a decorrida na Companhia Carris de Ferro de Lisboa.
texto de divulgação do acervo do AHS, sobre a Mensagem,órgão da Casa dos Estudantes do Império, número saido em 07-1964, por Joana Bénard da Costa, revisão de Rita Almeida de Carvalho.
Jornal dos alunos do Liceu Gil Vicente: crise no ensino; a mulher na sociedade.
Liceu Gil VicenteEdicão da secção pedagógica da AEIST.
Temas principais deste número do Binómio:
- Os estudantes do Técnico decidem realizar… GREVE aos EXAMES
"Pela reabertura da Associação do IST (fechada pela PIDE), pela revogação do inquérito, pela solução administrativa para os problemas militares, prescrições, etc".
Temas principais deste número do Binómio:
- Os operários da Lisnave em Greve
Contextualização e descrição da greve na Lisnave.
"Dia 13, 5ª feira às 3h30 da madrugada, a policia de choque com cães e a GNR do Barreiro invadiram as instalações expulsando os quatrocentos operários do turno da noite. O turno que chegou de manhã, encontrou os estaleiros cercados pela polícia e GNR (...)"
- Os jornais, a informação e os estudantes
"Os jornais que ainda há pouco tempo falavam na democracia, na "liberalização", na liberdade e outras coisas..., são os que agora mantêm o silêncio sobre as reivindicações e as lutas dos trabalhadores, como mantiveram sobre as reivindicações e as lutas dos estudantes.
(...)
O Binómio, como órgão de um sindicato de estudantes tem o dever de informar os estudantes e a população (...)".
Temas principais deste número do Binómio:
-Concentração junto ao Sr. Director
"Na passada segunda-feira, deu-se uma concentração de alunos junto ao Sr. Director, para entrega de um documento, aprovado por unanimidade numa reunião de alunos em que participaram cerca de 700 estudantes. Esse documento, portador duma contraproposta pelas comissões de curso, s.pedagógica, s.de voluntários e direcção e de princípios gerais sobre a vida dos estudantes (...)".
- Cantina da Cidade Universitária
Abertura da Cantina da Cidade Universitária, com gerência particular, em 1961. Em 1962, entrega a um grupo de estudantes e professores que constituíam a Comissão Administrativa das Instalações Académicas (CAIA), que se desfez com a crise nesse mesmo ano. Apesar da entrada ser livre no ano letivo 1962-63, vários estudantes da Técnica não puderam entrar nas instalações. Gerência agora entregue a um grupo de pessoas empregadas da Reitoria, os estudantes deixaram de poder participar na gestão e os estudantes da Universidade Técnica continuam sem poder entrar no edifício. “Os estudantes querem a sua cantina.” Realização de encontros de comensais, com cerca de 500 participantes, no interior da cantina, contactos com o reitor e reuniões de esclarecimento.
Junto encontra-se uma "Folha Diária das Eleições" com esclarecimento sobre eleições, datada de 23 de Abril de 1968.
Número especial sobre o seminário de estudos associativos.
Temas principais deste número do Binómio:
- Algumas questões sobre os objetivos e limites da luta estudantil
“Numa Universidade autoritária com estruturas arcaicas quer na sua dimensão (falta de instalações, de professores, etc) quer na sua forma (cátedra vitalícia, etc), onde paternalisticamente os professores ensinam e acriticamente os estudantes consomem um conjunto de conhecimentos prenhes de idealismos sem relação com a prática; onde quase todo o trabalho é forçadamente individualista; onde a prática de luta da grande massa dos estudantes é no campo da luta pedagógica (...):
a) a liquidação de certas formas de repressão e autoritarismo dentro da Universidade que abrirá caminho a novas formas de organização e a consolidação das atuais estruturas sindicais;
b) uma forte ligação das estruturas sindicais à base estudantil, assim como o seu efetivo reconhecimento como representantes dos estudantes;
c) para além das propostas e conclusões dos diversos grupos de trabalho e comissões a consolidação e o reconhecimento de todas as conquistas adquiridas na prática e na luta pelos estudantes;
(...)
Luta contra o conteúdo classista do ensino:
a) ensino como “formação de quadros para servirem a classe dominante na consolidação do seu poder económico e político, e, simultaneamente, veicular uma ideologia, que reveste matrizes diferentes consoante o tipo de atividade que desempenham os quadros”
b) “a finalidade do ensino só pode ser alterada de modo a se tornar verdadeiramente democrática quando os trabalhadores possuírem o poder económico e político”
(...)
Luta dos operários, dos camponeses e dos estudantes:
Neste momento, a luta contra o conteúdo de classe do ensino é um dos principais parâmetros de ataque dos estudantes contra a sociedade capitalista. Porém, o estudante numa sociedade capitalista se pensa em termos de sociedade, fá-lo sempre através da imagem que tem dessa sociedade a classe dominante”.