Tese apresentada ao Congresso Feminista e de Educação promovido pelo Conselho Nacional das Mulheres Portuguesas em 1924.
Conselho Nacional das Mulheres PortuguesasTese apresentada ao 1º Congresso Feminista e de Educação (1924).
Conselho Nacional das Mulheres PortuguesasReúne materiais gerados pela Exposição “A Paz, o Pão, Habitação…”: Valores de Abril em Autocolantes; Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa, 22 de maio de 2024 a 30 de Setembro de 2024; Curadoria: Inês Ponte, Annarita Gori, João Pedro Santos, AHS/ICS-ULisboa
"Através de autocolantes que fazem parte do acervo do Arquivo de História Social do ICS-ULisboa, esta exposição evoca os valores fundamentais de Abril: a Paz, o Pão, a Habitação, a Saúde e a Educação, como expressa a canção “Liberdade” escrita por Sérgio Godinho, há 50 anos. Quantos destes valores parecem hoje estar ainda por cumprir? Em jeito de balanço sobre os desafios que ainda se colocam aos valores de Abril, a exposição dialoga também com recursos visuais contemporâneos. Apropriando-nos dos autocolantes, na época um meio de divulgação comum, esta exposição sobre a intemporalidade dos valores de Abril é também uma forma de celebrarmos a expressão popular.
“A Paz, o Pão, Habitação…”: valores de abril em autocolantes tem por base a coleção de autocolantes proveniente de António Costa Pinto, investigador do ICS-ULisboa".
Eusébio, Gonçalo Vargas (2018). "A renascença portuguesa e as universidades populares" [tese de mestrado em História Moderna e Contemporânea], Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. https://repositorio.ul.pt/handle/10451/36266
Sempre procurei ver a História como a ciência que estuda a ação do Homem no espaço e no tempo, melhor dizendo, num determinado espaço físico e num certo período
de tempo: assim no meu percurso académico tentei sempre melhorar o modo como pesquisava as fontes, e escolhia o que achava mais importante, do que entendia como
acessório. Não deixando de ser uma visão subjetiva, o trabalho e rigor que muitas vezes exige enobrece a profissão de Historiador. Um trabalho sempre incompleto, e baseado no que foi escrito anteriormente, mas que tem a grande utilidade de servir como uma fonte para aproveitamento futuro. Nessa perspetiva, um trabalho sobre educação e a história nacional durante um espaço de tempo definido entre a parte final do século XIX, influenciado pela crise de 1891-92 que se seguiu ao “Ultimatum” britânico, e que marcaria a entrada no século seguinte, com novas formas de protesto contra a Monarquia Constitucional, com uma crescente adesão ao republicanismo e a outros movimentos políticos e sociais, e o aparecimento e desenvolvimento de novas iniciativas culturais e cívicas. O surgimento da Renascença Portuguesa e do seu órgão A Águia, insere-se assim na sequência desses movimentos que pretendiam outra sociedade, mais esclarecida e interventiva, um tópico sempre presente ao longo da História, mas que a República veio trazer ainda com mais pertinência.
Bandeira, Filomena (2020). "A Sociedade de Instrução e Beneficência A Voz do Operário. Outra forma de fazer política: a propósito da reforma dos serviços escolares (1924-1935)" in Cadernos de História da Educação, v.19, n.1, pp.187-213.
Este artigo insere-se num projeto sobre Escolas e experiências de referência em Portugal no século XX e centra-se no estudo de uma instituição que desenvolve atividades educativas num quadro associativo e para as classes populares. Optámos por uma apresentação descritiva com a intenção de argumentar que a adoção e aplicação de um modelo educativo, inspirado na Educação Nova e conformado a um público específico, assentou numa estratégia sociopolítica, emergente das condições históricas do associativismo operário na primeira metade do século XX e da situação vivida no País com a crise da Primeira República, que desembocou no Estado Novo. No artigo explanamos o processo de reforma dos serviços escolares da Voz do Operário entre 1924-1935, não sem antes apresentarmos uma história sumária da Sociedade, desde o fim do século XIX até à década de 1950, com o objetivo de representar a associação na sua dimensão, atividade e significado social.
Existências: Nº 1 - Nº 6 (1909)
AMANHÃ – “Revista popular de orientação racional dirigida por Grácio Ramos e Pinto Quartim em Lisboa, de 1 de Junho a 15 de Agosto de 1909, seis números.
Periódico anarquista, foca temas de actualidade na época: faz a apologia do amor livre, do divórcio, da pedagogia libertária, do ateísmo e da nova ortografia.
Apresenta artigos de grande qualidade.
Eis um excerto do editorial:
«Quem somos? Somos os precursores do futuro, os precursores do amanhã. O que queremos? Queremos pão, liberdade, ciência e bem-estar para todos os que compõem a família humana. Queremos que a cada indivíduo assegurado seja o seu máximo de felicidade.»
Noutro passo, afirma-se nomeadamente que a revista se publica «rompendo com todo o passado, sem respeitar nem ídolos, nem deuses, nem dogmas, nem preocupações» e que tem como objectivo supremo a instrução científica e racional do povo. Este periódico constitui um importante acervo das ideias progressistas do início do século.
No número inaugural Tomás da Fonseca publica um excerto dos Sermões da Montanha, Emílio Costa o artigo «Eduquemos Sempre»; no n.º 4 homenageia-se o geógrafo anarquista Elisée Reclus. Principais colaboradores: António Altavila (3), Augusto Casimiro (3P), Bento Faria (2P), Coriolano Leite (6P), Dikran Elmassian (6), Elisée Reclus (4), Emílio Costa (1), José Bacelar (1C, 4P), Kropotkine (4), Manuel Ribeiro (1P), Pinto Quartim (1,5), Tomás da Fonseca (1)”.
In PIRES, Daniel, Dicionário da Imprensa Periódica Literária Portuguesa do Século XX (1900-1940), Lisboa, Grifo, 1996, pp. 64-65.
Ramos, Grácio.