Dois exemplares do órgão do Conselho Nacional das Mulheres Portuguesas, o boletim A Mulher, publicado até maio de 1946 sob o título de Alma Feminina. Pela leitura do edital de dezembro de 1946, percebe-se que é o primeiro número a sair com o novo nome, marcando o início de um novo e último ciclo de direção do Conselho, sob a presidência de Maria Lamas (1946-1947). O outro número presente no espólio tem data de maio de 1947, tendo sido a última edição a sair antes do encerramento do Conselho pela ditadura. De facto, o exemplar em questão noticia e documenta a Exposição de Livros Escritos por Mulheres, evento que despertou a atenção do Estado Novo e desencadeou a proibição de todas as atividades do Conselho. Deolinda Lopes Vieira foi sócia do Conselho Nacional das Mulheres Portuguesas da época da sua fundação, em 1914, até ao seu fecho em 1947.
Conjunto de documentos que permite reconstruir, parcialmente, a trajetória profissional da atriz, ora como professora de teatro, ora como intérprete de peças. Além disso, encontram-se documentos de carácter pessoal, como postais e convites, que atestam a rede de relações afetivas e sociais de Glicínia Quartin, bem como a sua participação no MUD Juvenil na década de 40. Em termos profissionais, a coleção permite recuar até à estadia da atriz em Roma, onde frequentou a Scuola di Arti Sceniche de Alessandro Farsen, entre 1962 e 1965. A coleção permite, ainda, recolher informações parciais sobre um segmento da história da companhia Teatro Experimental de Cascais, com a qual Glicínia colaborou entre 1965-1968, e sobre as atividades do movimento Educação pela Arte em Portugal, ao qual a atriz aderiu aplicando os métodos de ensino promovidos por esse movimento. Finalmente, destaca-se na coleção o subfundo António José da Costa, contendo livros de peças teatrais relacionadas com a esfera educativa e o teatro infantojuvenil, publicadas entre 1953 e 1974.
Quartin, Glicínia Vieira.Junta os seguintes documentos:
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um exemplar do suplemento Educação do Diário de Notícias de 10 de maio de 1983, contendo uma reportagem sobre a Escola-Oficina nº1, composta por três artigos. Um dos artigos, “A Escola-Oficina vista de dentro”, contém testemunhos de Glicínia Quartin, a qual frequentou a escola fundada pela mãe de 1931 a 1935.
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Uma carta manuscrita procedente do Rio de Janeiro e destinada a Deolinda Vieira Lopes, com data 30 de agosto de 1989.
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Um recorte do jornal Diário de Notícias, de 7 de junho de 1993, noticiando o falecimento de Deolinda Lopes Vieira (no artigo, Deolinda Quartim), com testemunhos de Teresa Horta e Maria Belo.
Reúne objetos, textos datilografados de conteúdo político, textos avulsos, entre os quais textos manuscritos de carácter pessoal e correspondência vária, bem como um pequeno conjunto de documentos que pertenceram à Deolinda Vieira Lopes, mãe de Glicínia Quartin.
Divulgação sobre duas brochuras do Espólio de Pinto Quartin, que articulam Feminismo e Eugenia, por Ricardo Gomes Moreira, estudante de doutoramento em Antropologia no ICS-ULisboa. Inclui também secção sobre recente disponibilização da Coleção da Associação Tchiweka de Documentação (ofertada em junho de 2023); sobre um documento do Espólio de Pinto Quartin, escolha do arquivista do AHS, João Pedro Santos, e sobre a Exposição temporária "Há sempre alguém que diz não".
Moreira, Ricardo Gomes