Publicações dos Serviços Pecuários da Colónia de Angola
Câmara, Nuno José Gago da.Coleção composta por documentação que abrange a atividade científica e pessoal do antropólogo João Pina-Cabral.
No caso da atividade científica, contém um maço com fotocópias do registo do trabalho pago a jornaleiros entre 1951 e 1974, anotadas a manuscrito e dois maços de fotocópias do primeiro maço. A documentação original pertence Arquivo Familiar da Casa dos "Morgados de Landim" e estas cópias foram produzidas durante o seu trabalho de campo em Ponte de Barca (1978-1985); 40 cassetes com entrevistas realizadas durante o seu trabalho de campo em Macau (1989-1991) e um conjunto variado de jornais macaenses e outras publicações (1995-1996).
No caso da atividade pessoal, a coleção contém um álbum de cartões postais (1905) e dois álbuns fotográficos (1908-1909 e 1909-1956) provenientes de Elaine Sanceau (1896-1978), amiga da família Pina-Cabral; um álbum de cartões postais e vários postais avulsos recolhidos pelo Comandante Daniel Pina Cabral, avô de João Pina-Cabral, durante um périplo por África (1924); um álbum contendo um estudo realizado pelo comandante Daniel Pina Cabral (entre 1939-1940) sobre a farolagem na costa de Angola e um conjunto variado de postais avulsos recolhidos por João Pina Cabral e por Ana Avelina Dos Santos de Pina Cabral (mãe de João Pina-Cabral).
Pina-Cabral, JoãoSilva, Maria do Mar. (2018). "Robusta empire : coffee, scientists and the making of colonial Angola (1898-1961)" [Tese no âmbito do Programa Interuniversitário de Doutoramento em História, Universidade de Lisboa, com a participação do ISCTE- Instituto Universitário de Lisboa, Universidade Católica Portuguesa, Universidade de Évora. https://repositorio.ul.pt/handle/10451/32678
Esta dissertação explora o envolvimento dos cientistas com o café Robusta e seu papel na construção do Império Colonial Português tardio. O texto analisa como é que
esta espécie indígena de café entrou na agenda dos botânicos e agrónomos a trabalhar em Angola, e como foi transformada numa mercadoria global. Seguindo os cientistas e examinando as suas práticas de construção de conhecimento, esta dissertação pretende contribuir para uma melhor compreensão da relação entre ciência e império em África, e para a identificação de dinâmicas históricas que moldaram a trajetória imperial do café angolano. A primeira parte acompanha a emergência e consolidação dos Serviços de Agricultura de Angola (entre 1898 e 1939) e a segunda a conceção e evolução da Junta de Exportação do Café (entre 1936 e 1961). Em termos
documentais, a presente investigação baseia-se fundamentalmente, embora não completamente, em relatórios e correspondência produzida por cientistas.
Concessão de terrenos, produção de algodão, preços dos géneros coloniais, assistência agrícola, cultura do café, mão de obra, prejuízos, pecuária, colonização, etc. Inclui recortes de imprensa
Inclui correspondência de Joaquim Faria, Júlio Guimarães, Burt Costa
Fontes de vários fundos que o AHS salvaguarda têm potencial para a história da ruralidade portuguesa. O inventário detalhado de documentos de gestão de grandes propriedades latifundiárias, como da Casa Barão de Almeirim (1794-1959) ou da Casa Agrícola da Herdade da Palma (1873-1960) fazem parte do catálogo digital do AHS há algumas décadas. Dedicamos este número a enquadrar algumas outras fontes ligadas à história agrária, mais modestas em tamanho, e relativas a um período mais curto, do final do Estado Novo até ao PREC, mas não menos empolgantes, também em catálogo, para consulta presencial com marcação.
Continuamos a apostar em textos que explorem ora fontes ora um pouco da história do AHS. Contamos neste número com Kátia Favilla, estudante do DANT, e com a usual Escolha do Arquivista por João Pedro Santos, que abordam a extinção dos Grémios da Lavoura após o 25 de abril de 1974, revelando dimensões distintas da investigação que Manuel Lucena coordenou sobre esta, durante o PREC. Oskar Ruschmann escreve sobre o estágio Erasmus+ que fez no AHS, durante o verão, onde a imprensa do final do Estado Novo bem como do PREC lhe deixou impressões fortes sobre história contemporânea portuguesa e da importância de contactar com fontes. Divulgamos novos documentos em acesso livre no fundo de Pinto Quartin PQ), e algumas novidades no catálogo, em acesso livre, ou por consulta presencial.
Temos notícias também ao nível de parcerias de catalogação, sobre imprensa em exilio. Por fim, queremos convidá-los para a finissage da exposição O Pão, A Paz, a Habitação, que conta com o lançamento de Portugal em Mudança, onde António Costa Pinto, doador dos autocolantes que lhe deram o mote, será um dos comentadores. Boas leituras. Inês Ponte
O Arquivo Manuel de Lucena contém um conjunto heterogéneo de documentos produzidos e acumulados no decurso das suas actividades científicas e académicas. Destaca-se os projectos de investigação: sobre a extinção dos grémios da lavoura e suas federações (1977-78); o processo português de reforma agrária (1979-1984); os Organismos de Coordenação Económica (OCE) (1977-2015); Interesses organizados e institucionalização da democracia em Portugal (1984-1993?); Descolonização Portuguesa (1995-2003); Investigação sobre corporativismo, coordenação económica e previdência social para entradas no Dicionário de História de Portugal (1977-2000).
Lucena, Manuel de.Parece tratar-se de apontamentos para redacção de peça de teatro cujas personagens centrais são os membros da família bezerra (fazendeiros angolanos)
Duas cartas dirigidas ao redactor principal do Jornal Planalto, remetendo artigos para publicação: «Sobre o Açúcar de Angola« e «A crise e o Tingo [Sociedade Agrícola da Ganda]
HARRIS, John H. - "Portuguese Slavery". Ed. Anti-Slavery and Aborigines Protection Society. London: Offices of the Society, 51, Denison House, 1913 (?).
Artigo oferencendo um retrato informativo das condições de trabalho e dos trabalhadores nas plantações de cacau, que resulta do material recolhido por John Harris nas visitas a Angola e a S. Tomé e Príncipe em 1911 e 1912. Terá sido publicado na "Contemporary Review".
Anti-Slavery and Aborigines Protection Society