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Descrição arquivística
PT/AHS-ICS/DIV-07EMP-2006-10 · Item · 2006-2007
Parte de A Divulgação AHS/ICS-ULISBOA

Exposição "1936, 70 anos depois Memória e História Tarrafal e Guerra Civil de Espanha", no ANTT, organizada por Fátima Patriarca, Catarina Guimarães, Cristina Ribeiro e Inês Correia.

Esta exposição exibiu 10 documentos do AHS:
Relatório da Delegação em Madrid do Partido Comunista Português, SPIC, sobre a atividade do PCP com a caracterização das diferentes forças políticas que integram a Frente Popular Portuguesa. Madrid, 23.11.1936
(F.495, op. 10a, d. 262, AHS-IC, Doc. 112, maço 32, Caixa 2)

Solidariedade. Órgão Central da Secção Portuguesa do Socorro Vermelho Internacional, II Série, n.º [ilegível], 1937
(F.539, op. 3, d. 1021, AHS-SVI, Doc. 480, Caixa 23).

Carta da Secção Portuguesa do Socorro Vermelho Internacional (SVI), assinada por Jorge, dirigida aos serviços centrais do SVI, fazendo referência a cartas de junho a dezembro de 1936 bem como ao clima político em Portugal. Lisboa, 24.01.1937
(F.539, op. 3, d. 1021, AHS-SVI, Doc. 476, Caixa 23)

Inventario General por Orden de la Cartotega de Nacionalid Portuguesa, Lista n°1, do Estado Maior da Base das Brigadas Internacionais. Barcelona, 26.05.1938
(F. 545, op. 6, d. 816, AHS-BI, s/n, Caixa 11)

Informacion sobre Berta Mouchet, pseudónimo de Carolina Loff, que refere a sua participação na Rádio Madrid. S.I., 25.11.1938
(F. 545, op. 6, d. 823, AHS-IC, s/n, Caixa 10)

Memórias da Guerra Civil de Espanha, de Manuel António Boto. S. Paulo. Agosto de 1966
PT-AHS-ICS-MAB-2860

Avante!, n.º 20, II Série, O Partido Comunista Português saúda todos os combatentes da Frente Popular Espanhola e espera confiante os resultados da sua abnegada coragem e heroísmo. Agosto de 1936
PT-AHS-ICS-CG-12-20

Avante!, n.º 26, II Série, O povo espanhol resiste e vencerá. . 1a quinzena de Janeiro de 1937
PT-AHS-ICS-CG-12-26

Avante!, n.º 37, II Série, Ofensiva geral do fascismo contra o povo português. A morte de um herói. 1a semana de Junho de 1937
PT-AHS-ICS-CG-12-37

Avante!, n.º 43, II Série, SALUD GLORIOSO POVO ESPANHOL!, 3a semana de Julho de 1937
PT-AHS-ICS-CG-12-43

PT/AHS-ICS/DIV-02B-2017-12 · Item · 2017-12
Parte de A Divulgação AHS/ICS-ULISBOA

Oliveira, Elisabete (2017). "A Escola Superior de Belas Artes de Lisboa na década de 1960 – acção dos tempos do figurativismo naturalista à liberdade e pluralismo estético" in Convocarte - Revista de Ciências da Arte, nº5, pp. 307-340.
Dez. 2017; https://repositorio.ul.pt/handle/10451/47186

Questionamo-nos: I) Como se pode partir duma ditadura e academismo e ser actor da transformação para a democracia e o pluralismo estético? II) Os actores dessa mudança serão activistas (Actv) ou artivistas (Artv)? O período de ‘60–’65 na ESBAL pareceu-nos um campo de análise privilegiado, insuficientemente estudado, formando actores de uma mudança referencial: atravessando constrangimentos como as lutas estudantis e colonial e a emigração, terão mudado a consciencialização-acção no Ensino Artístico e o sentido sócio-cultural dos posicionamentos/obras individuais e colectivos - em nossa hipótese, do figurativismo naturalista para o pluralismo estético internacional; e activaram dinâmicas sócio-culturais, como na Educação.
Objectivos gerais: Investigar como se pode chegar à criação livre, estético-eco-sociologicamente actuante, partindo dum contexto repressivo; se será legítimo designá-la de actv/artv; e assim, aprofundar a compreensão da complexidade da arte/cultura contemporânea.

A Guerra Guardada: livro coletivo
PT/AHS-ICS/DIV-02B-2024-09 · Item · 2024
Parte de A Divulgação AHS/ICS-ULISBOA

Livro colectivo, "A Guerra Guardada: Fotografia de Soldados Portugueses em Angola, Guiné‑Bissau e Moçambique, 1961‑1974", organizado por Maria José Lobo Antunes e Inês Ponte, pela Tinta da China, 2024.

Entre 1961 e 1974, milhares de homens mobilizados para Angola, Guiné‑Bissau e Moçambique tiraram fotografias daquilo que os rodeava. Conservadas para si ou enviadas pelo correio como prova de vida à distância, estas imagens e as histórias que elas escondem foram mantidas durante anos na estreiteza dos seus círculos pessoais. Cinquenta anos depois do fim do conflito, este livro, tal como a exposição homónima no Museu do Aljube que lhe deu origem, parte da pesquisa etnográfica com ex‑combatentes e suas colecções fotográficas para explorar as ligações entre fotografia, memória e história da guerra colonial. Às imagens juntam‑se ainda textos de investigadores e obras de artistas e compositores que, de diversas formas, reflectem sobre o colonialismo, a guerra e o fim do império português.

Editado por Maria José Lobo Antunes e Inês Ponte, pela Tinta da China, a obra tem Textos de Cláudia Castelo, Inês Ponte, Joaquim Paulo Nogueira, Kevin Carreira Soares, Maria José Lobo Antunes, Miguel Cardina, Miso Music Portugal, Paulo Faria, Pedro Aires Oliveira, Rita Luís, Rui Lopes; e Criações artísticas de Ana Vidigal, Daniel Barroca, Daniel Schvetz, Diogo Alvim, Lino Damião, Patrícia Barbosa, Pedro Lima

A Urgência da Palavra Impressa: livro
PT/AHS-ICS/DIV-02B-2023-06 · Item · 2023
Parte de A Divulgação AHS/ICS-ULISBOA

A Urgência da Palavra Impressa. A imprensa dos «intrépidos adolescentes» contra a ditadura (1970-1974)
Jorge Ramos do Ó, Rui M. Gomes
Tigre de Papel

Nos liceus, os números dos matriculados não enganam quanto ao caráter elitista da sua frequência. Em 1970 estavam matriculados 14 870 alunos e, embora em 1973 se confirmasse um acentuado crescimento de 50%, apenas 22 994 alunos frequentavam esta fileira do ensino secundário. Trata-se do maior aumento do contingente liceal durante o Estado Novo, facto a que não são alheios quer a recomposição do tecido económico e social da ditadura quer o crescimento das aspirações sociais e educativas de setores mais alargados da população.

As novas aspirações sociais têm repercussões visíveis e invisíveis, que se multiplicam em surdina, lentamente, ou que se apresentam de modo urgente e ruidoso. Os adultos destes grupos sociais aproveitaram a situação tornando-se notados pelos novos comportamentos de consumo e pela pressão ansiosa sobre o percurso escolar da descendência, mas alguns dos filhos adolescentes optaram por fazer um caminho mais rápido e concluíram muito cedo que a nova vida podia ser acelerada se tomassem a palavra e rompessem com as amarras institucionais da ditadura.

Criar uma nova esfera pública em que pudessem expressar a sua autonomia passa a constituir um programa. Uma parte da construção dessa nova esfera pública foi feita por meio de instrumentos que hoje são parte dos adquiridos pela geração que nasceu depois do 25 de Abril: a liberdade de falar, de escrever, de produzir e difundir informação a partir do livre arbítrio individual e da organização e cooperação em grupo. Para os que hoje participam diariamente nas redes sociais e conhecem a imprensa livre é difícil perceber esta história feita de algum arrojo, porque envolvia a perseguição de um estado policial. Porém, nos primeiros anos da década de 1970, estes meios não existiam; pior, a imprensa livre não existia e quem a quisesse construir teria de se dispor a desafiar os instrumentos de controlo, vigilância e repressão da ditadura. Foi neste contexto que se construiu a aventura da imprensa estudantil do ensino secundário no período terminal da ditadura. É dessa história que são feitas as páginas deste livro.

PT/AHS-ICS/PQ-J-331 · Série · 1909
Parte de Espólio Pinto Quartin

Existências: Nº 1 - Nº 6 (1909)

AMANHÃ – “Revista popular de orientação racional dirigida por Grácio Ramos e Pinto Quartim em Lisboa, de 1 de Junho a 15 de Agosto de 1909, seis números.
Periódico anarquista, foca temas de actualidade na época: faz a apologia do amor livre, do divórcio, da pedagogia libertária, do ateísmo e da nova ortografia.
Apresenta artigos de grande qualidade.
Eis um excerto do editorial:
«Quem somos? Somos os precursores do futuro, os precursores do amanhã. O que queremos? Queremos pão, liberdade, ciência e bem-estar para todos os que compõem a família humana. Queremos que a cada indivíduo assegurado seja o seu máximo de felicidade.»
Noutro passo, afirma-se nomeadamente que a revista se publica «rompendo com todo o passado, sem respeitar nem ídolos, nem deuses, nem dogmas, nem preocupações» e que tem como objectivo supremo a instrução científica e racional do povo. Este periódico constitui um importante acervo das ideias progressistas do início do século.
No número inaugural Tomás da Fonseca publica um excerto dos Sermões da Montanha, Emílio Costa o artigo «Eduquemos Sempre»; no n.º 4 homenageia-se o geógrafo anarquista Elisée Reclus. Principais colaboradores: António Altavila (3), Augusto Casimiro (3P), Bento Faria (2P), Coriolano Leite (6P), Dikran Elmassian (6), Elisée Reclus (4), Emílio Costa (1), José Bacelar (1C, 4P), Kropotkine (4), Manuel Ribeiro (1P), Pinto Quartim (1,5), Tomás da Fonseca (1)”.

In PIRES, Daniel, Dicionário da Imprensa Periódica Literária Portuguesa do Século XX (1900-1940), Lisboa, Grifo, 1996, pp. 64-65.

Ramos, Grácio.
PT/AHS-ICS/DIV-02B-1986-03 · Item · 2023
Parte de A Divulgação AHS/ICS-ULISBOA

Artesãos e Operários: Indústria, Capitalismo e Classe Operária em Portugal (1870-1934)
Maria Filomena Mónica
Editado pelo ICS-ULisboa

Livro de importância decisiva na evolução dos estudos histórico-sociológicos sobre a classe operária em Portugal, aqui considerada no período de 1870 a 1934. Recusando abordar a classe operária como uma totalidade homogénea, a autora procura antes apreender e delinear a sua diversidade essencial e as complexas circunstâncias que explicam essa diversidade. Merecedora de relevo é a tentativa feita para avaliar as condições de vida do operariado, não só materiais, mas também culturais, problema amplamente debatido noutros países, mas muito pouco estudado entre nós. E aqui, de novo, tem de referir-se o esforço constante para fugir a fáceis generalizações, apontando as enormes distâncias e diferenças que separavam, uns dos outros, diversos sectores da classe operária.

PT/AHS-ICS/DIV-02C-2023-05 · Item · 2023-05
Parte de A Divulgação AHS/ICS-ULISBOA

Ralão, Joana Cardoso da Costa (2023). As mulheres no movimento estudantil da década de 70 [Tese de mestrado em História Contemporânea], NOVA FCSH.
Repositório da NOVA FCSH. https://run.unl.pt/handle/10362/160432

O movimento estudantil de inícios da década de 70 contou com a participação de várias mulheres que se empenharam ativamente na alteração da situação política,
económica e social do país, numa altura em que a adoção de atitudes, comportamentos e práticas de contestação ao regime acarretavam consequências graves e implicavam grandes sacrifícios dos seus participantes. Partindo da recolha e análise de doze testemunhos inéditos, a presente dissertação de mestrado procura estudar a presença e participação das mulheres no movimento estudantil lisboeta de inícios da década de 70 em duas Faculdades da Universidade de Lisboa: a Faculdade de Direito e a Faculdade de Ciências. Particular atenção será dada às trajetórias de vida destas mulheres e aos processos de consciencialização política e social, politização, envolvimento político e, num último momento, de desmobilização. Veremos como foi no terreno estudantil ou a partir deste que estas mulheres desenvolveram a sua atividade política e social, mobilizando-se para as mais diversas causas e lutas: pela democratização do ensino, pelo fim de um regime autoritário, pela liberdade, e pelo fim da guerra colonial. As estudantes intervinham de diferentes formas no movimento estudantil e o seu percurso no ativismo era feito de forma gradual e cumulativa. Estas podiam integrar órgãos legais (como as delegações de curso e as Associações de Estudantes), estruturas semiclandestinas (cooperativas e comissões) e organizações clandestinas, de cariz político. Estas mulheres não escaparam à atitude repressiva que o regime lançava a todos aqueles que o ameaçavam e, por isso, o seu envolvimento na mobilização estudantil teve consequências graves nas suas trajetórias e percursos de vida (tanto a nível pessoal, académico e profissional).
Resgatando as suas memórias e dando visibilidade à sua participação na vida social e política do país, este estudo procura, acima de tudo, integrar estas mulheres no
espaço público e na memória coletiva do movimento estudantil.

Boletim de Estudos Operários
PT/AHS-ICS/DIV-01BEO · Série · 1982-1986
Parte de A Divulgação AHS/ICS-ULISBOA

Numa democracia recente, foram 9 números, 2 por ano, com apanhados de literatura sobre uma área de estudos emergente à época em Portugal, o operariado, e de noticias sobre arquivos nacionais e internacionais focados nessa dimensão. Tem pontualmente informações sobre coleções e doadores do então Arquivo das Classes Trabalhadoras, atual Arquivo de História Social. Tiragem: 250 exemplares. A partir do número 7 de 1985 Maria Filomena Mónica passa a directora da revista

Coleção Glicinia Quartin
PT/AHS-ICS/GQ · Fundo · 1946-2004

Conjunto de documentos que permite reconstruir, parcialmente, a trajetória profissional da atriz, ora como professora de teatro, ora como intérprete de peças. Além disso, encontram-se documentos de carácter pessoal, como postais e convites, que atestam a rede de relações afetivas e sociais de Glicínia Quartin, bem como a sua participação no MUD Juvenil na década de 40. Em termos profissionais, a coleção permite recuar até à estadia da atriz em Roma, onde frequentou a Scuola di Arti Sceniche de Alessandro Farsen, entre 1962 e 1965. A coleção permite, ainda, recolher informações parciais sobre um segmento da história da companhia Teatro Experimental de Cascais, com a qual Glicínia colaborou entre 1965-1968, e sobre as atividades do movimento Educação pela Arte em Portugal, ao qual a atriz aderiu aplicando os métodos de ensino promovidos por esse movimento. Finalmente, destaca-se na coleção o subfundo António José da Costa, contendo livros de peças teatrais relacionadas com a esfera educativa e o teatro infantojuvenil, publicadas entre 1953 e 1974.

Quartin, Glicínia Vieira.
Colecção César Oliveira
PT/AHS-ICS/CO · Fundo · 1911-1992

Documentação muito distinta, acumulada por César Oliveira.
Um conjunto é formado por correspondência, provas tipográficas e recortes da imprensa, da autoria de Alexandre Vieira [1º conjunto]. Outro inclui cerca de cinquenta panfletos da oposição política ao Estado Novo (anos 30-40), que completam os existentes no Espólio Pinto Quartim [2º conjunto]. Outro conjunto engloba documentação que reflecte a acção política de César Oliveira quer enquanto dirigente político (MES, ASDI, UEDS, PS), quer enquanto deputado e reporta-se toda ela ao período posterior ao 25 de Abril. [3º conjunto]. Reune também conjuntos de documentação sobre Movimentos Nacionalistas Africanos como também sobre o Movimento estudantil.

[o 1º conjunto está fora de catálogo, o 2º corresponde a DOC - Oposição ao Estado Novo, o 3º conjunto está por tratar, ACTIVIDADE POLITICA, 2024-08, ip]

Oliveira, César.
Colecção Maria Teresa Reis
PT/AHS-ICS/MTR · Fundo · 1968-1973

Conjunto de documentação referente ao Movimento Estudantil. A coleção contém: comunicados, boletins informativos, propaganda das listas candidatas à direcção da AEISCEF, organograma da organização do movimento associativo em Económicas e outras publicações, designadamente, textos doutrinários (luta de classes, Lenine, Rosa de Luxemburgo, 1º de Maio, investimento estrangeiro).
Existem também comunicados de outras organizações do movimento estudantil, tais como: Comissão de Luta Contra a Repressão, Associações de Estudantes de Lisboa, Associação Académica de Direito de Lisboa, Associação Académica de Coimbra, da Associação de Estudantes do Instituto Superior Técnico (AEIST). Deste último conjunto fazem parte: Textos Escolhidos, n. 3 (Nov.1969) e Binómio n. 42 (12-01-1971), n. 43 (27-01-1971), n. 44 (01-02-1971), n. 51 (28-07-1972).
Contém ainda comunicados da Ordem dos Médicos, Comissão Democrática Eleitoral de Lisboa (CDE), e SEDES (Associação para o Desenvolvimento Económico e Social) e dois boletins informativos designados "Os Jovens pelo Mundo" (n. 2 e n. 8, s/d).

Reis, Maria Teresa
Conversas com Glicinia: documentário
PT/AHS-ICS/DIV-07EMP-2004-12 · Item · 2004
Parte de A Divulgação AHS/ICS-ULISBOA

Documentário sobre a actriz Glicínia Quartin por ocasião do seu 80º aniversário. A sua família, o anarco-sindicalismo, a Escola-Oficina nº 1, as leituras em casa dos pais, as prisões, o Mud Juvenil, os teatros experimentais, os surrealistas, o encontro com José Ernesto de Sousa e o desabrochar do Cinema Novo com “Dom Roberto”, a Itália, a fantasia, Beckett, Genet, Vitor Garcia, o encontro com Luís Miguel Cintra – uma vida em movimento.

"Gosto tanto de a ouvir falar, à Glicínia. Mas não queria que ela falasse só comigo. Por isso fiz este filme, para partilhar as minhas conversas com Glicínia Quartin."
Jorge Silva Melo

"Não sei do que gosto mais, se de ouvir o que pensa (que não pára de pensar), se de a ouvir contar tanta vida que viveu (que não sabe estar parada sem viver), se de a ver brincar (que a vida para ela tem de ser festa). Gosto de a ver representar: pensa, mexe-se, brinca, imagina e enquanto representa conta coisas que conhece do que viu nos outros. Conversa, de facto (“não achas?”, “lembras-te?”, “e tu?”, “quero perguntar-te uma coisa”), curiosa de mim, de ti, de todos os outros e de todas as coisas, firme no que decide e a querer saber o que o outro quer, sempre a pedir esse “tu”. Inventa-se e inventa espaço. Transporta a alegria. Sem peso. Sempre em movimento. Porque vive em sedução. E porque ama como ninguém a sua e a minha e a tua e a nossa liberdade. Há mais actriz? Há mais pessoa? Melhor amiga?"
Luís Miguel Cintra

Realização de Jorge Silva Melo. Produção Artistas Unidos. 55 minutos. O Documentário teve exibição comercial, e passou na RTP

PT/AHS-ICS/DIV-02B-2024-10 · Item · 2024
Parte de A Divulgação AHS/ICS-ULISBOA

MORAES DE ALMEIDA, J.; FLORENCE GIESBRECHT, D. “Criar cidadãos perfeitos para uma República máscula, forte e virtuosa”: o Primeiro Congresso Nacional Feminista e de Educação em Lisboa (1924) e a modernização da desigualdade. Revista de História Regional, [S. l.], v. 29, 2024. DOI: 10.5212/Rev.Hist.Reg.v.29.23653. Disponível em: https://revistas.uepg.br/index.php/rhr/article/view/23653. Acesso em: 6 nov. 2024.

Organizado pelo Conselho Nacional das Mulheres Portuguesas (CNMP), o Primeiro Congresso Feminista e de Educação ocorreu entre os dias 4 e 9 de maio de 1924, em Lisboa. Na ocasião, foram apresentadas e discutidas teses que versaram sobre temáticas relacionadas aos direitos políticos e cívicos, à educação, à assistência social, à higiene e saúde da mulher. Aproveitando a efeméride, propomos uma análise historicizada do evento, especialmente de algumas das teses, que mobilize reflexões sobre as relações intrínsecas entre certo feminismo e um projeto de nação higienista, focado no aprimoramento da raça. Sem querer reduzir as expressões feministas do início do século XX a uma definição engessada – mesmo porque os conflitos no interior do CNMP apontam para uma variedade de posturas relativamente à emancipação do sexo feminino –, pretendemos chamar a atenção, tal qual Susan Besse bem delineou ao estudar o caso brasileiro, para uma “modernização da desigualdade”. Para a historiadora, o casamento, a sexualidade, a maternidade e a educação feminina – temáticas recorrentemente presentes nas discussões feministas do final dos Oitocentos e nas primeiras décadas do século XX – adquiriram enorme importância, uma vez que a “reprodução limpa” foi encarada como forma de superar o atraso e a degeneração de determinadas nações. Assim, nossa hipótese é a de que o feminismo institucional representado pelo CNMP, ao reivindicar dignidade e igualdade de oportunidade às mulheres, encontrou lugar no engenhoso projeto de reforma social fundamentada em preceitos eugênicos, sustentados, principalmente, através do discurso médico-antropológico. Neste, “a mulher” foi convocada a carregar o pesado fardo de civilizar sua família, assumindo um papel fundamental ao Estado, embora conservador: o de esposa e mãe, educada para administrar o lar e criar “cidadãos perfeitos para uma República máscula, forte e virtuosa” – palavras de Julieta Ribeiro, autora da tese A mulher naturista.

Diários António de Castro e Silva
PT/AHS-ICS/ACS · Fundo · 1915-1957

A coleção contém cinco diários escritos por António de Castro e Silva e um conjunto de folhas não datadas que abrangem a primeira metade do século XX. Esta documentação destaca-se pelos registos que fez da sua participação nas campanhas do sul de Angola durante a I Guerra Mundial (1915) e na Guerra Civil de Espanha (1938). Para além disso, permitem acompanhar o seu percurso na polícia política do Estado Novo (primeiro na Polícia Internacional Portuguesa e, posteriormente, Polícia de Vigilância e Defesa do Estado e Polícia Internacional e de Defesa do Estado) enquanto inspetor-adjunto e, durante alguns anos, oficial responsável pela segurança de António de Oliveira Salazar.

Silva, António de Castro e
Há Sempre Alguém que diz não: exposição temporária
PT/AHS-ICS/DIV-07EMP-2023-002 · Item · 2023
Parte de A Divulgação AHS/ICS-ULISBOA

Exposição "Há Sempre Alguém que DIz Não! A oposição estudantil à ditadura no ensino secundário de Lisboa (1970-1974)," Arquivo Nacional da Torre do Tombo, 15 de dezembro de 2023 a 28 de fevereiro de 2024.

Documentos: Cerca de 30 dezenas de jornais de liceus da grande Lisboa, publicados entre 1970 e 1974.

"A Torre do Tombo acolhe a exposição 'Há sempre alguém que diz não! – A oposição estudantil à ditadura no ensino secundário de Lisboa (1970-1974)', concebida para dar a conhecer aos mais novos, nascidos antes e depois da democracia, como os jovens entre os 13 e os 17 anos abraçaram a oposição à ditadura.

Pretende-se demonstrar como sentiram o imperativo de contestar as diversas condicionantes da ditadura nas suas vidas: nos estudos, no acesso à cultura, no simples convívio, bem como no seu direito a viver em paz e não ter de fazer uma guerra em África a cuja finalidade não aderiram."

PT/AHS-ICS/DIV-02B-2024-06 · Item · 2023
Parte de A Divulgação AHS/ICS-ULISBOA

Monografia de Simone Tulumello, pela Tigre de Papel, 2023.

Este livro volta ao campo da habitação em Portugal para ir além da “crise” que o atravessa: problematiza a própria ideia de “crise” ao mesmo tempo que traça caminhos possíveis para a ultrapassar. Este livro debate, através das políticas públicas, a centralidade do Estado na determinação do acesso à habitação; e o conflito que tem historicamente determinado o equilíbrio de forças entre o direito à habitação e a utilização da habitação enquanto instrumento de lucro e especulação. Este livro volta à história da habitação – das suas políticas, conflitos e direitos – nos 48 anos de democracia para perceber como chegámos aqui. E abre no espaço, com exemplos de outros países, e no tempo, com uma reflexão sobre o Período Revolucionário em Curso, para pensar como podemos sair da “crise” da habitação.

PT/AHS-ICS/DIV-06Cu-2024-10 · Item · 2024
Parte de A Divulgação AHS/ICS-ULISBOA

O "Congresso Internacional A Imprensa de Exílio(s)", organizado pelo Grupo Internacional de Estudos da Imprensa Periódica Colonial do Império Português (GIEIPC-IP), estimulou o AHS, o Centro de Documentação 25 de Abril e a Fundação Mário Soares e Maria Barroso, a trabalharam conjuntamente para levantar imprensa dedicada ao tema nos três arquivos, bem como sinalizar o seu tipo de acesso, livre ou por consulta presencial. Resultou em disponibilizar ao público o ficheiro "Imprensa de Exílio e Emigração (oposição à ditadura, 1926-1974)", uma primeira lista Excel de fontes de imprensa sobre a história das diversas correntes políticas da oposição à Ditadura Militar e ao Estado Novo que se organizaram no exílio, assim como sobre a história dos movimentos de libertação das ex-colónias portuguesas e organizações unitárias anticoloniais, cujos secretariados gerais e representações se estabeleceram também no exílio. Na perspectiva dos recursos das instituições de memória envolvidas neste projeto, a lista permite entender em que medida os 3 acervos se completam virtualmente, facilitando uma gestão articulada das políticas futuras de digitalização. Permitiu, ainda, propor uma reflexão em torno de modelos de harmonização da metainformação gerada por cada uma das instituições, para o caso da imprensa periódica. Neste trabalho foram identificados cerca de 200 títulos de imprensa deste tema partilhados pelas 3 instituições.

Com base nesse levantamento, o AHS consolidou no seu catálogo digital o assunto Imprensa em Exílio, para refletir as publicações que dispõe, que inclui oposição portuguesa e movimentos de libertação no exílio.

PT/AHS-ICS/DIV-02B-2023-09 · Item · 2023
Parte de A Divulgação AHS/ICS-ULISBOA

Jornalistas em Greve: Imprensa e Sindicalismo na I República
José Nuno Matos
Editado pela Imprensa de Ciências Sociais

A 18 de janeiro de 1921, tipógrafos, distribuidores e jornalistas de Lisboa iniciaram uma greve que se prolongaria ao longo de vários meses e seria responsável pela paralisação da produção e distribuição de uma grande parte dos jornais da capital. Num contexto marcado por duros embates entre sindicatos, patronato e governos, esta greve adquiriu uma particular relevância não só pela sua longevidade, mas por ter originado um conjunto de publicações afetas a ambos os lados da contenda e por ter constituído o que o tipógrafo e sindicalista Alexandre Vieira classificou de «batismo de fogo» dos jornalistas. A partir da análise deste acontecimento, este livro propõe uma reflexão aprofundada sobre a condição económica, social e política de quem dedica a sua vida ao exercício do jornalismo.