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Datas de existência
Histórico
João Martins Pereira (JMP) nasce em Lisboa, em novembro de 1932. Apesar da formação inicial em engenharia química-industrial no Instituto Superior Técnico, em 1956, estuda sociologia e economia do trabalho no Institut des Sciences Sociales du Travail, em Paris, em 1963 e 1964. Dois anos depois, em 1966, entra para a redação da Seara Nova onde ficaria até 1968. A partir de 1969, faz parte da redação de O Tempo e o Modo, até ser expulso, em 1971, por uma maioria maoista associada ao Movimento Reoganizativo do Proletariado Português (MRPP). Entretanto, ainda em 1971, publica Pensar Portugal Hoje, e, em 1974, Indústria, Tecnologia e Quotidiano. Nesse mesmo ano, logo após o golpe militar de 25 de Abril, torna-se o principal responsável pela área económica da revista Vida Mundial, dirigida por Augusto Abelaira. A convite de João Cravinho entra, em Março de 1975, para o IV Governo Provisório como secretário de Estado da Indústria e da Tecnologia do IV Governo Provisório e está, por isso, à frente do processo de nacionalizações. No entanto, demite-se do cargo em julho desse mesmo ano. Em 1976, publica O Socialismo, a Transição e o Caso Português e apoia criticamente a candidatura presidencial de Otelo Saraiva de Carvalho, assinando uma carta aberta ao próprio publicada pela imprensa nacional e estrangeira. Ainda em 1976 ajuda a fundar a Gazeta da Semana (mais tarde, em 1980, Gazeta do Mês), da qual será diretor. Publica, em 1980, Sistemas Económicos e Consciência Social e, em 1983, No Reino dos Falsos Avestruzes: provavelmente o livro mais polémico do autor, merecendo críticas e elogios de diversos setores político-partidários. Dois anos mais tarde, vota em Maria de Lurdes Pintasílgo apesar de esta não lhe criar particular entusiasmo político. Em 1987 apoia a campanha para as eleições europeias do Partido Socialista Revolucionário (PSR) e entra para a redação do seu jornal Combate – do qual fará parte até 2003. Entretanto, em 1989, publica O Dito e o Feito: livro diarístico mas de fundo político. Apesar de não ser militante, intervem no congresso de fundação do Bloco de Esquerda, em 1999. Em 2005 publica o seu último livro em vida, Para a História da Indústria em Portugal: 1941-1965: adubos e siderurgia. Morre em novembro de 2008, vítima de cancro.
-João Moreira
Locais
Estado Legal
Funções, ocupações e atividades
Mandatos/fontes de autoridade
À esquerda do possível (1993), 'O socialismo, a transição e o caso português, Indústria, ideologia e quotidiano e Para a História da indústria em Portugal (2005)
1963 - As instalações da aciaria da Siderurgia Nacional. Lisboa: [S.n.], 1963
1971 - Pensar Portugal Hoje / João Martins Pereira. 1ª ed. e 2ª ed. Lisboa: Publicações Dom Quixote, 1971 (Colecção Diálogos) [9]
1974 - Indústria, ideologia e quotidiano (ensaio sobre o capitalismo em Portugal). Porto: Editora Afrontamento, 1974 (Colecção Luta de Classes)
1975 - Portugal 75: Dependência externa e vias de desenvolvimento. Lisboa: Iniciativas Editoriais, 1975
1976 - O Socialismo, a Transição e o Caso Português. Lisboa: Edições Livraria Bertrand, 1976
1979 - Pensar Portugal Hoje: Os caminhos actuais do capitalismo português. Lisboa: Publicações Dom Quixote, 3ª ed., 1979 (Colecção Diálogos) [Inclui Introdução]
1980 - Sistemas Económicos e Consciência Social: Para uma teoria do socialismo como sistema global. Oeiras: Instituto Gulbenkian de Ciência, 1980 (Colecção Centro de Estudos de Economia Agrária - Instituto Gulbenkian de Ciência) Trabalho realizado com apoio da Fundação Calouste Gulbenkian.
1983 - No Reino dos Falsos Avestruzes: Um olhar sobre a política. Lisboa: Edições A Regra do Jogo, 1983
1986 - O Dito e o Feito: Cadernos 1984-1987. Lisboa: Edições Salamandra, 1986
1988 - Urgent infrastructural needs of portuguese industry in science, research and technology development / João Martins Pereira. 1ª ed. SL: Commission of the European Communities, 1988.
1995 - Indústria e Sociedade Portuguesa Hoje. Porto: Página a Página, 1995 Realizada no âmbito das “Conferências de Matosinhos – 1ª série”, em 14 de Abril de 1994, por iniciativa da CMM.
1996 - As PMEs industriais em números. Lisboa: IAPMEI, 1996
2002 – “Como entrou a siderurgia em Portugal?”. Comunicação apresentada ao Seminário "Com os Homens do Aço – história, memória e património”, organizado pelo Ecomuseu Municipal do Seixal em 25 e 26 de Outubro de 2002
2005 - Para a História de Indústria em Portugal 1941-1965: Adubos azotados e siderurgia. Lisboa: ICS - Imprensa de Ciências Sociais, 2005 (Colecção Estudos e Investigação, 37) Trabalho realizado no âmbito do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa, projecto financiado pelo Observatório das Ciências e das Tecnologias, do Ministério da Ciência e Tecnologia.
2008 - As voltas que o capitalismo (não) deu. Lisboa: Edições Combate, 2008
1969
Neto, Álvaro [pseudónimo colectivo] - Crítica a alguns aspectos do Plano
de Fomento. Lisboa: Seara Nova.
1974
Portugal pode viver sem as colónias? Respondem alguns dos melhores economistas portugueses; João Martins Pereira [... et al.]. Lisboa: Iniciativas Editoriais.
1975
“Carta aberta a Melo Antunes”. In Debate sobre o programa de política
económica e social. Lisboa: Morais, p. 47-64. Anteriormente publicada em Vida
Mundial, 6 Mar. 1975.
“La dinamización del sector industrial pasa por el control de los trabajadores”.
In Portugal: momentos críticos. Bilbao: Ed. Zero, S.A., p. 25-34.
Tradução da entrevista de Mário Rosendo, Diário de Notícias, 17 Jun. 1975.
“La dimisión de Martins Pereira: la batalla de la economia exige decisiones
revolucionarias”. In Portugal: Momentos críticos. Bilbao: Ed. Zero, S.A.,
p. 109-115. Tradução da carta de demissão, A Capital, 17 Jul. 1975.
1976
“Senhor Major : lettre ouverte à M. le Major Otelo Saraiva de Carvalho”.
In Faye, Jean Pierre (ed. lit.) - Le Portugal d’Otelo : la révolution dans
le labyrinthe. Paris : JCLattès, p. 128-133. Tradução da carta publicada em
O Jornal, 30 Dez. 1975.
1978
“La transition socialiste et la question du pouvoir”. In Kolm, Serge-Christophe
(ed. lit.) - Solutions Socialistes : à propos de «La transition socialiste». Paris:
Ramsay, p. 249-269.
1984
“O militantismo e os movimentos colectivos”. In Mozzicafreddo, Juan (ed. lit.) - Os caminhos da liberdade: da idade da razão à idade da revolta. Lisboa: Espaço Tempo, p. 65-69.
Tradução de texto publicado na revista Esprit, nº1 ( Jan. 1979), p. 44-48. “Resistir ou re-existir”. In Mozzicafreddo, Juan (ed. lit.) - Os caminhos da liberdade: da idade da razão à idade da revolta. Lisboa: Espaço Tempo, p. 183-186. Anteriormente publicado em A Gazeta do mês, nº 2 ( Jun. 1980).
1993
“Uma história atribulada”. In LOUÇÃ, F.; PEREIRA, J. M.; COTRIM, J. P.
(ed. lit.) À esquerda do possível. Lisboa: Colibri, p. 22-26.
1996
“A mão pouco visível da Europa”. In LOUÇÃ, F.; COTRIM, J. P. (ed. lit.) -
Papéis 97. Lisboa, Edições Combate, p. 65-78.
2008
“Saint-Simon: a indústria enquanto utopia”. In Malhas que a memória tece.
(Cadernos do Combate 1). Lisboa: Edições Combate, p. 19-24
Estruturas internas/genealogia
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Identificador de autoridade arquivística de documentos
Identificador da instituição
Regras ou convenções utilizadas
Estatuto
Nível de detalhe
Datas de criação, revisão ou eliminação
Criação,Oskar R., 2024-08-06
Línguas e escritas
Script(s)
Fontes
Natércia Coimbra e Manuela Vasconcelos, BIO-BIBLIOGRAFIA: JOÃO MARTINS PEREIRA - E o seu, nosso tempo, 2018: http://martinspereira.com/images/COM_FOT_Biobibliografia_JMP.pdf
Moreira, João, "João Martins Pereira Um intelectual público para além do «pequeno mundo estreito»", in Estudos do século XX número 18, Coimbra, 2018: https://repositorio.iscte-iul.pt/bitstream/10071/30113/1/article_67396.pdf
João Martins Pereira, Wikipedia: https://pt.wikipedia.org/wiki/Jo%C3%A3o_Martins_Pereira