Zona de identificação
Código de referência
Título
Data(s)
- 1975-09-10 (Produção)
Nível de descrição
Dimensão e suporte
1 doc. (brochura); papel
Zona do contexto
Nome do produtor
História administrativa
Forjado na crise do marcelismo, fruto da mundividência da década de 60 e criado nos dias seguintes ao 25 de Abril de 1974, o Movimento de Esquerda Socialista é a confluência de vários campos sociais, políticos e ideológicos, como socialistas radicais, católicos progressistas, elementos do movimento estudantil, intelectuais, sindicalistas e até oficiais das Forças Armadas. Entre as tendências que desaguam no MES contam-se os elementos que protagonizam uma cisão à esquerda na Comissão Democrática Eleitoral (CDE) em 1972, dirigentes estudantis das lutas de 1969 em Coimbra, como Alberto Martins, e estudantes de Lisboa como Eduardo Ferro Rodrigues ou, ainda, sindicalistas como Agostinho Roseta. O MES agrupou ainda individualidades como Augusto Mateus, José Manuel Galvão Teles, Vítor Wengorovius, Nuno Teotónio Pereira, Jorge Sampaio, Eduarda Dionísio, João Martins Pereira, César de Oliveira ou João Bénard da Costa. Ideologicamente próximo do Partido Socialista Unificado francês (PSU), da Lotta Continua italiana ou do chileno Movimento de Esquerda Revolucionária (MIR), preconizava o autonomismo e o conselhismo.
Em 25 de Abril de 1975 o MES concorre às eleições para a Assembleia Constituinte, meses depois integrará a FUR (Frente de Unidade Revolucionária) e constitui-se como um dos dinamizadores da esquerda revolucionária ao longo de 1975. Publica os seus órgãos de informação, “Esquerda Socialista”, dirigido por César Oliveira, e “Poder Popular”. Já em 1976 será uma das organizações a integrar os Grupos Dinamizadores de Unidade Popular (GDUP) frente eleitoral que apoiava a candidatura presidencial de Otelo Saraiva de Carvalho.
O MES viria a dissolver-se em 1981 com a maioria dos seus militantes e dirigentes a juntar-se ao Partido Socialista.
Nome do produtor
História administrativa
Inicialmente designada Frente de Unidade Popular (FUP), esta Frente surgida a 25 de Agosto de 1975, como expressão de apoio ao V Governo Provisório e num momento crítico e de polarização no processo revolucionário, congregava vários partidos de esquerda, extrema-esquerda e esquerda revolucionária: a Frente Socialista Popular (FSP), a Liga Comunista Internacionalista (LCI), a Liga de União e Acção Revolucionária (LUAR), o Movimento de Esquerda Socialista (MES), a Organização 1º de Maio, o Partido Revolucionário do Proletariado – Brigadas Revolucionárias (PRP – BR), o Movimento Democrático Português/Comissão Democrática Eleitoral (MDP/CDE) e o Partido Comunista Português (PCP). No dia 27 de Agosto a FUP organiza uma tremenda manifestação em Belém e no dia seguinte dá-se a desvinculação do PCP. Poucos dias após o abandono do PCP, a FUP transformava-se em Frente de Unidade Revolucionária (FUR). Com uma existência de escassos meses, a FUR reivindicava um governo revolucionário tendo como referenciais o poder popular, a organização armada dos organismos de poder popular e o chamado "Documento COPCON".
Entidade detentora
História do arquivo
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Âmbito e conteúdo
Poderá ser uma declaração de princípios, contendo várias correcções e anotações manuscritas.
Avaliação, seleção e eliminação
Incorporações
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Idioma do material
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Nota
O Documento estava integrado numa pasta com a inscrição manuscrita "MES" de Fátima Patriarca