Item 0137 - O Sufrágio universal / Bel-Adam (Severino de Carvalho). - Lisboa : Novo Mundo, [19--]

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Código de referência

PT-AHS-ICS-PQ-B-0137

Título

O Sufrágio universal / Bel-Adam (Severino de Carvalho). - Lisboa : Novo Mundo, [19--]

Data(s)

  • 19-- (Produção)

Nível de descrição

Item

Dimensão e suporte

1 brochura; papel

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Nome do produtor

(1867 - 1957)

História biográfica

Nascido na vila de Coja, Arganil, Coimbra, em 1867 e falecido em 1957, aos 90 anos de idade, Severino Augusto Fernandes de Carvalho deixou-nos uma sementeira de ideias que germinou e deu frutos. Filho de família de algumas posses, chegou à Universidade abandonando-a em 1892, por não querer ser padre, conforme desejos da família. Foi então trabalhar num cartório de notário e mais tarde residir e trabalhar em Lisboa, vindo a ser elemento importante na livraria Bertrand. E foi a partir de sua posição nessa livraria que os portugueses puderam ver publicados os primeiros livros sobre sindicalismo, então traduzidos por Emílio Costa. O próprio Severino traduziu e publicou as obras mais importantes de Emílio Zola e, com pseudónimo de Bel Adam, dirigiu a revista anarquista Lúmen, de parceria com Brás Burity, pseudónimo de Joaquim Madureira. Constituiu o Grupo de Estudos Sociais Germinal e como anarquista foi dos primeiros a colaborar na imprensa, semeando as suas ideias. Foi esse grupo responsável pela revista Germinal, onde colaboravam Emílio Costa, Adolfo Lima, César Porto e outros intelectuais entusiasmados com o anarquismo. Os seus trabalhos vieram a provocar polémicas ideológicas, mas a sua obra teve o mérito de servir de tractor na abertura dos caminhos pedregosos por onde passariam, mais tarde, muitos libertários. Escreveu muito na imprensa operária, anarco-sindicalista e anarquista, e publicou folhetos, tornando-se um dos primeiros a escrever sobre anarquismo com o pseudónimo de Bel Adam. (Rodrigues, 1982)

Severino de Carvalho, envolveu-se no movimento cultural anarquista do começo do século XX, em especial na criação do Teatro Livre (1902-08), cujo mote era “Redimir pela Arte, vencer pela Educação”, e na implementação, a partir de 1910, de um modelo de ensino inovador na Escola Oficina n.º 1 na Graça, em Lisboa. (Moura-Carvalho, 2018).

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