Rocha nasceu em Belém (Lisboa), filho de José Dias Martins e Mariana da Rocha Martins. Frequentou o Instituto Industrial de Lisboa, mas não concluiu o curso. Posteriormente frequentou, também sem concluir, o Curso Superior de Letras.
Atraído pela atividade literária, iniciou-se muito jovem com a publicação de contos e folhetins na imprensa periódica, tornando-se gradualmente conhecido e afirmando-se no panorama jornalístico e literário como um autodidata que desde muito novo trabalhara em inúmeras publicações e vivera exclusivamente da escrita.
Rocha Martins iniciou-se no jornalismo num jornal monárquico, o Diário Popular, dirigido por Mariano de Carvalho. Pouco depois, a convite de Magalhães Lima, grão-mestre da Maçonaria Portuguesa, entrou como folhetinista para a redação do jornal A Vanguarda, destacando-se pelas temáticas de natureza histórica. Transferiu-se depois para o Jornal da Noite, periódico próximo de João Franco e do Partido Regenerador Liberal. Foi depois colaborador próximo de Carlos Malheiro Dias na Illustração Portuguesa, periódico de que foi diretor entre 1903 e 1910.
Após a proclamação da República, foi um dos opositores ao novo regime nas páginas de O Liberal. Em 1914 editou os panfletos intitulados Fantoches", notas semanais escaldantes sobre acontecimentos políticos. Nesses panfletos atacou violentamente Afonso Costa e o Partido Republicano Democrático. Uma segunda série, publicada em 1923 e 1924, intitulada Fantoches – Bastidores da Política e dos Negócios, contribuiu para o descrédito da Primeira República Portuguesa.
Em termos políticos, aderiu ao movimento conservador liderado por João Franco e à Causa Monárquica. Em 1918, durante a ditadura de Sidónio Pais, foi eleito deputado pelo círculo de Oliveira de Azeméis nas listas monárquicas.
Fundou e dirigiu o semanário ABC, que se publicou de 1920 a 1930. Nas páginas desse periódico apoiou a Revolução de 28 de Maio de 1926 e a governação do general Gomes da Costa. O ABC era apoiado pela publicidade do Bristol Club, um conhecido cabaré e uma das mais concorridas salas de jogo de Lisboa, com anúncios concebidas por Jorge Barradas, Stuart Carvalhais, António Soares e outros modernistas. Da redação do ABC faziam parte Ferreira de Castro, Mário Domingues e Reinaldo Ferreira, o famoso Repórter X.
A 20 de maio de 1929, foi agraciado com o grau de Comendador da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada.
Entre 1932 e 1943 dirigiu o periódico Arquivo Nacional onde, seguindo a tradição dos folhetins de Pinheiro Chagas, António de Campos Júnior e Eduardo de Noronha, escreveu romances de temática patriótica, emocional e satírica.
A partir de 1945 publicou múltiplos artigos no jornal A República favoráveis à oposição democrática, tendo a popularidade de Rocha Martins sido grande no tempo do MUD, particularmente aquando das candidaturas presidenciais de José Norton de Matos e de Manuel Quintão Meireles, devido às cartas abertas por ele subscritas e estampadas a toda a largura da primeira página do jornal A República. Eram libelos, em forma de carta, que tinham como principais destinatários António de Oliveira Salazar e Óscar Carmona, respetivamente Presidente do Conselho e Presidente da República, e o cardeal Manuel Gonçalves Cerejeira, entre outras personalidades ligadas ao regime do Estado Novo. A popularidade terá sido tal que originaria um dito dos ardinas, metade apregoado e metade sussurrado Fala o Rocha!… O Salazar está à brocha
-Wikipedia