Oposição ao Estado Novo

Taxonomia

Código

Nota(s) de âmbito

  • Resulta de várias ofertas. Entre os doadores contam-se Cansado Gonçalves, José Laranjo, António Barreto, José Barreto, António Hespanha, Magda Pinheiro, Vítor Matias Ferreira e Fátima Patriarca. O núcleo pode ser dividido em três grandes grupos. • «Documentação de organizações políticas clandestinas da Metrópole», de que fazem parte a colecção completa (rara) do jornal Avante!, II série, (1934-1939), brochuras, jornais, boletins, panfletos, manuscritos e autocolantes, oriundos do PCP, MAR, FAP, FPLN, CMLP e MRPP, cobrindo os anos de 1960-74. • «Documentos do movimento estudantil», formados por jornais, boletins, circulares, panfletos e material iconográfico, relativo ao período de 1960 a Abril de 1974. • «Documentação dos movimentos nacionalistas africanos», constituída por publicações periódicas, panfletos e brochuras de organizações como a FNLA, MPLA, UNITA, FRELIMO e PAIGC. Neste grupo estão incluídos também recortes da imprensa estrangeira sobre a luta anti-colonial. (2006)

Nota(s) da fonte

  • https://arquivo.pt/wayback/20061021185107/http://www.ics.ul.pt:80/ahsocial/res_grupodoc_oposicao_en.asp

Mostrar nota(s)

    Termos hierárquicos

    Termos equivalentes

    Oposição ao Estado Novo

      26 Pessoas, Entidades resultados para Oposição ao Estado Novo

      16 resultados diretamente relacionados Excluir termos específicos
      Antunes, Carlos.
      Pessoa singular · 1938-2021

      Antifascista, fundador das Brigadas Revolucionárias (BR) e do Partido Revolucionário do Proletariado (PRP), Carlos Antunes nasceu em São Pedro (Braga), em 1938. Em 1955 adere ao Partido Comunista Português (PCP), passando quatro anos mais tarde à clandestinidade. Em 1963 vai para a Roménia, onde se junta à Rádio Portugal Livre, e em 1966 instala-se em Paris onde será responsável pela organização do PCP e pela fundação, em 1969, dos Comités de Ajuda à Luta do Povo Português.

      Questões relacionadas com a invasão da Checoslováquia, a guerra colonial e a defesa da luta armada levam a que rompa com o PCP e venha a fundar com Isabel do Carmo as Brigadas Revolucionárias (BR), regressando clandestinamente a Portugal e organizando e participando em várias ações armadas contra o regime, nomeadamente contra o seu aparelho e infraestruturas militares. Uma dessas ações ocorreu em julho de 1971, quando largam em Lisboa dois porcos com trajes de almirante, numa alusão à fraude eleitoral que reelegera Américo Tomás.

      Em 1973, uma cisão na Frente Patriótica de Libertação Nacional leva à criação do Partido Revolucionário do Proletariado (PRP).

      Dirigiu com Isabel do Carmo o jornal “Revolução”, porta-voz do PRP-BR, que foi publicado entre 1974 e 1977, e o jornal “Página Um”, publicação igualmente próxima do PRP, editado de 1976 a 1978.

      Em 1978 Carlos Antunes e Isabel do Carmo, entre outros militantes do PRP, são presos e acusados de vários crimes/ações armadas e de assaltos a bancos. Ao fim de vários anos de prisão preventiva, uma primeira condenação, protestos e greves de fome acabariam por ser absolvidos após julgamento e libertados em 1982.
      -Museum do Aljube

      Cabral, Amílcar.
      PT/AHS-ICS/AMC · Pessoa singular · 1924-1973

      Amílcar Lopes Cabral (Bafatá, Guiné Portuguesa, actual Guiné-Bissau, 12 de setembro de 1924 — Conacri, 20 de janeiro de 1973) foi um político, agrónomo e teórico marxista da Guiné-Bissau e de Cabo Verde. Fundador do PAIGC.

      Cadernos de circunstância
      Pessoa coletiva · Novembro 1967-?

      Cadernos de circunstância era uma publicação de ciências sociais que analisava a situação política, económica e cultural em Portugal. Era editado no exílio em primeiro em Arcueil e mais tarde em Paris. Era socialista e revolucionário

      A comissão coordenadora da publicação era composta pelas seguintes pessoas, com alguma flutuação entre os números: Alfredo Margarido, Aquiles de Oliveira, Fernando C. Medeiros, João Rocha, José Porto e Manuel Villaverde Cabral, Alberto Melo, João Freire, Jorge Valadas, José Hipólito dos Santos, José Rodrigues dos Santos.

      cadernos necessarios
      Pessoa coletiva · Junho 1969 - Março 1970

      Cadernos necessarios era uma publicação socialista revolucionária que apresentava artigos críticos ao Estado Novo, sobre assuntos como colonialismo, o movimento estudantil, habitação e eleições. Também era critico da oposição do regime, tendo como seu objetivo autodescrito a apresentação dos textos dos vários autores da esquerda, sem a crença numa única verdade.

      Os números 1 ao 5, e o número extra "Textos" foram republicados em 1975 pela editora Afrontamento, edição que se encontra esgotada (https://www.edicoesafrontamento.pt/products/cadernos-necessarios-1969-1970)

      Caraça, Bento de Jesus.
      Pessoa singular · 1901-1948

      Bento de Jesus Caraça nasceu em Vila Viçosa a 18 de Abril de 1901. Era filho dos trabalhadores rurais João António Caraça e Domingas da Conceição Espadinha. Revelou desde muito cedo uma grande capacidade e rapidez de aprendizagem que fizeram com que os seus estudos fossem apoiados pela família Albuquerque, de quem o pai de Caraça era feitor, em Vila Viçosa. Completou a sua instrução primária em 1911, tendo ido então para o Liceu de Sá da Bandeira, em Santarém, Aos 13 anos mudou-se para Lisboa, onde concluiu os seus estudos do ensino secundário em 1918, no Liceu Pedro Nunes.

      Matriculou-se em 1918 no Instituto Superior de Comércio, posteriormente designado Instituto Superior de Ciências Económicas e Financeiras (I.S.C.E.F.), actual Instituto Superior de Economia e Gestão (I.S.E.G.). Concluiu a licenciatura em 1923. Entretanto, a partir de 1919, era 2º assistente do 1º grupo de cadeiras do ISCEF. Terminada a licenciatura em 1923, foi nomeado 1º assistente em 13 de Dezembro de 1924, tendo no ano lectivo de 1924-1925 regido a cadeira de «Matemáticas Superiores - Análise Infinitesimal, Cálculo das Probabilidades e suas Aplicações». Em 1927 foi nomeado professor extraordinário e, em 28 de Dezembro de 1930, foi nomeado professor catedrático da cadeira de «Matemáticas Superiores - Álgebra Superior. Princípios de Análise Infinitesimal. Geometria Analítica». Manteve a regência desta cadeira até à sua demissão compulsiva em 7 de Outubro de 1946.

      A par da sua carreira académica, Bento Caraça desenvolveu uma intensa actividade política em acções contra o regime ditatorial de Oliveira Salazar (1889-1970), quer a nível clandestino, quer em movimentos legais e semi-legais. Foi membro da Liga Portuguesa contra a Guerra e o Fascismo, criada em 1934, do Movimento de Unidade Anti-Fascista (MUNAF), de que foi fundador em 1943, e do Movimento de Unidade Democrática (MUD), fazendo parte da sua comissão central em 1945. Em Setembro de 1946 foi-lhe instaurado um processo disciplinar pelo Ministro da Educação, na sequência da assinatura de um manifesto contra a admissão de Portugal na ONU. Em seguida foi expulso da cátedra universitária, sendo-lhe proibida a docência, no ensino público ou privado. Em Outubro desse ano foi preso pela Polícia Internacional e de Defesa do Estado (PIDE), o que aconteceu de novo em Dezembro. Em 1948 foi preso pela terceira vez, juntamente com outros membros do MUD, que entretanto foi proibido. Interveio activamente na preparação da candidatura de Norton de Matos (1867-1955) à Presidência da República e em 25 de Junho morreu em sua casa.

      Carmo, Isabel do
      Pessoa singular · 1940-

      Maria Isabel Augusta Cortes do Carmo (Barreiro, 12 de setembro de 1940) é uma médica, professora e ativista antifascista portuguesa. Em 2004 foi condecorada pelo presidente Jorge Sampaio com o grau de grande oficial da Ordem da Liberdade.

      Enquanto estudante de medicina participou nas lutas académicas de 1962. Foi dirigente da Ordem dos Médicos até ao seu encer´ramento pelo Estado Novo em 1972. Foi fundadora e dirigente, em conjunto com Carlos Antunes do grupo Brigadas Revolucionárias (BR), criado em 1970 e mais tarde também do partido político, que lhe servia de fachada, o Partido Revolucionário do Proletariado (PRP), criado em 1973. Posteriormente à revolução de 25 de abril de 1974, durante o Processo Revolucionário em Curso desenvolveu atividade política nas ruas, empresas e fábricas. Em 1978 foi detida sob a acusação de autoria moral da ações armadas, das quais foi mais tarde ilibada e negou sempre ter tido qualquer papel na colocação das bombas. Em 1989, liderou a Comissão Pró-Amnistia Otelo e companheiros

      CGT - Confederação Geral do Trabalho
      PT-AHS-ICS-CGT · Pessoa coletiva · 1919 - ~1964

      A confederação Geral do Trabalho (CGT) era uma Fusão de vários Sindicatos de operários. Foi fundado no II congresso operário nacional em Coimbra, que se realizou no 13-15 de setembro de 1919, e substitui a união operário nacional (UON). Foi dominado para sindicalistas anarquistas que as vezes tiveram conflitos com os membros comunistas e o PCP que prejudicaram o movimento significativamente. Antes da proibição definitivo em 1927 pela ditadura militar, já era gravemente enfraquecido, com uma diminuição dos membros de 100 mil a 15 mil. A CGT e o seu jornal A Batalha, continuaram na clandestinidade, com a última reunião verificável no ano 1964.

      Cunhal, Álvaro Barreirinhas.
      Pessoa singular · 1913 - 2005

      Secretário-geral do Partido Comunista Português entre 1961 e 1992.

      Curto, Amílcar da Silva Ramada.
      Pessoa singular · 1886 -1961

      advogado e escritor de teatro, uma das faces mais institucionais de um partido operário e marxista: o antigo Partido Socialista Português (fundado em 1875).

      Duarte, Francisco Miguel.
      Pessoa singular · 1907 - 1988

      Francisco Miguel Duarte (Beja, Baleizão, 18 de dezembro de 1907 – Lisboa, 21 de maio de 1988), também conhecido pela alcunha de Chico Sapateiro, por exercer essa profissão, foi um escritor, poeta e político português vinculado ao Partido Comunista Português, de que foi dirigente, autor do livro Das Prisões à Liberdade (Lisboa, Edições Avante!, 1986).

      Poeta, cujos temas principais são a revolução e o povo, tem entre os seus trabalhos mais conhecidos, um poema em honra da memória de Catarina Eufémia, sua conterrânea, já que o autor também era natural de Baleizão.

      Foi o dirigente do Comité Provincial do PCP no Algarve. A sua prisão em 1947 conduziu ao desmantelamento daquela organização provincial.

      Foi o último preso político a permanecer, sozinho, por seis meses, no Campo de Concentração do Tarrafal - Colónia Penal de Cabo Verde - antes de ser transferido, de novo, para Lisboa, a 26 de janeiro de 1954, onde continuaria preso, primeiro no Aljube e depois em Caxias.

      Foi eleito deputado pelo círculo eleitoral de Beja nas Eleições para a Assembleia Constituinte Portuguesa de 1975.

      A 30 de junho de 1980, foi agraciado com o grau de Comendador da Ordem da Liberdade.

      Lamas, Maria.
      Pessoa singular · 1883-1993
      Laranjo, José.
      PT AHS-ICS JL · Pessoa singular · 1944-

      Nasceu em Lisboa em 1944. Na sequência da sua participação no Movimento Estudantil, esteve preso de 27 de Abril a 2 de Maio de 1964. Estudou cinema. Fundou a Comissão Pró-Associação dos Estudantes Portugueses na Grã-Bretanha (Portuguese Students Support Committee), a qual manteve actividade regular até 1974 em favor dos estudantes presos em Portugal. O grupo procurava ainda sensibilizar a opinião pública inglesa para a situação política portuguesa, em particular entre estudantes britânicos, agindo em conjunto com outras organizações anti-colonialistas e anti-racistas. Segundo o testemunho de Álvaro de Miranda, a sua casa em Bromley, a Sul de Londres, transformara-se no "centro de actividade antifascista de Londres". O grupo também participou em acções como a do combate contra a invasão soviética da Checoslováquia e a Guerra do Vietname, entre muitas outras. Teve ainda actividade considerável em prol da defesa da comunidade de emigrantes (económicos) portugueses.

      LUAR - Liga de União e Acção Revolucionária
      PT-AHS-ICS-LUAR · Pessoa coletiva · 1967-1976

      Organização de luta armada criada, sobretudo, por elementos no exílio em França. Apesar de publicamente apresentada em Junho de 1967, a primeira acção da Liga de União e Acção Revolucionária teve lugar em Maio, a “Operação Mondego”, com o assalto à agência do Banco de Portugal na Figueira da Foz. O destino do dinheiro conseguido será um dos mais graves e perenes motivos de conflito entre os seus membros. A LUAR preparou um audacioso plano, nunca executado, de ocupação armada da Covilhã no ano seguinte. Realizou ainda assaltos aos consulados portugueses de Roterdão e do Luxemburgo, obtendo passaportes, bilhetes de identidade, carimbos e outros documentos destinados à actividade clandestina e à falsificação, e, dando corpo ao anticolonialismo preconizado, em apoio às lutas de independência, executou atentados contra o aparelho militar colonial.
      Entre os seus membros contam-se o seu líder Hermínio da Palma Inácio, Fernando Echevarría, Emídio Guerreiro, Fernando Pereira Marques ou Camilo Mortágua.
      Minada por várias divergências ideológicas e estratégicas, de concepção da luta armada e por questões práticas, levando a uma ruptura que se traduziu no facto de duas organizações se revindicarem do mesmo nome, a LUAR chega ao 25 de Abril com a componente de luta armada praticamente desactivada, mantendo ainda a publicação do jornal "Fronteira". Com o regresso dos seus militantes a LUAR é legalizada e participa activamente no processo revolucionário junto dos movimentos populares e do campo do chamado "poder popular", integrando no Verão de 1975 a Frente de Unidade Revolucionária (FUR).

      Lucena, Manuel de.
      PT-AHS-ICS-ML · Pessoa singular · 1938 - 2015

      Manuel de Lucena nasceu em Lisboa a 7 de Fevereiro de 1938. Viveu a infância e uma parte da adolescência em Angola com a família. Regressou a Lisboa com 16 anos, onde frequentou o Liceu Pedro Nunes e depois um colégio de Jesuítas. Ingressou no Instituto Superior Técnico no curso de Engenharia Química que viria a trocar pelo curso de Direito na Faculdade de Direito, onde se licenciou em 1981. Durante a sua juventude, participou em movimentos monárquicos e católicos, designadamente a JUC (Juventude Universitária Católica), o CCC (cineclube católico) e colaborou n' "O Tempo e o Modo". Depois da crise académica de 1962, passou a militar na Extrema-Esquerda. Redigiu grande parte dos comunicados estudantis da RIA (Reunião Interassociações de Lisboa). A sua oposição à política colonial de Salazar acabou por conduzi-lo ao exílio em 1963. Viveu em Roma, Paris e Argélia. Durante o exílio, foi dirigente do MAR (Movimento de Acção Revolucionária), fez parte da Frente Patriótica de Libertação Nacional e teve uma breve colaboração com a LUAR. Em Paris, estudou no Institut de Sciences Sociales du Travail, onde fez a sua tese sobre o corporativismo. A tese que preparou veio dar origem ao seu primeiro livro — “A evolução do sistema corporativo português”. Vol. I: o Salazarismo; vol. II: o Marcelismo —, publicado em Portugal em 1976.
      Após o 25 de Abril de 1974, regressou a Portugal. Participou, como alferes, no processo de descolonização de Cabo Verde. Veio terminar o seu serviço militar em Lisboa, no Gabinete de Dinamização do Exército, situado no Estado-Maior do Exército. Abandonou a Extrema-Esquerda e apoiou o manifesto do Grupo dos “Nove”, de Melo Antunes. Em 1975, tornou-se investigador do Gabinete de Investigações Sociais (GIS) e depois do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa (ICS), que lhe sucedeu, onde fez carreira até se reformar em 2008. A última actividade política que se lhe conhece é adesão à Aliança Democrática e a participação na campanha presidencial do general Soares Carneiro, em 1980. Afastado da política activa, dedicou-se sobretudo ao comentário político e à investigação científica do corporativismo, dos fascismos e totalitarismos, do processo revolucionário português, a descolonização portuguesa e a consolidação democrática no pós-25 de Abril. Foi docente em cursos no Instituto de Defesa Nacional e na Força Aérea (para oficiais generais) e no Instituto de Estudos Políticos da Universidade Católica abordando alguns dos referidos temas de investigação, sobre os quais também proferiu conferências e orientou seminários em várias outras instituições.

      Martins, Francisco José da Rocha.
      Pessoa singular · 1879 - 1952

      Rocha nasceu em Belém (Lisboa), filho de José Dias Martins e Mariana da Rocha Martins. Frequentou o Instituto Industrial de Lisboa, mas não concluiu o curso. Posteriormente frequentou, também sem concluir, o Curso Superior de Letras.
      Atraído pela atividade literária, iniciou-se muito jovem com a publicação de contos e folhetins na imprensa periódica, tornando-se gradualmente conhecido e afirmando-se no panorama jornalístico e literário como um autodidata que desde muito novo trabalhara em inúmeras publicações e vivera exclusivamente da escrita.
      Rocha Martins iniciou-se no jornalismo num jornal monárquico, o Diário Popular, dirigido por Mariano de Carvalho. Pouco depois, a convite de Magalhães Lima, grão-mestre da Maçonaria Portuguesa, entrou como folhetinista para a redação do jornal A Vanguarda, destacando-se pelas temáticas de natureza histórica. Transferiu-se depois para o Jornal da Noite, periódico próximo de João Franco e do Partido Regenerador Liberal. Foi depois colaborador próximo de Carlos Malheiro Dias na Illustração Portuguesa, periódico de que foi diretor entre 1903 e 1910.

      Após a proclamação da República, foi um dos opositores ao novo regime nas páginas de O Liberal. Em 1914 editou os panfletos intitulados Fantoches", notas semanais escaldantes sobre acontecimentos políticos. Nesses panfletos atacou violentamente Afonso Costa e o Partido Republicano Democrático. Uma segunda série, publicada em 1923 e 1924, intitulada Fantoches – Bastidores da Política e dos Negócios, contribuiu para o descrédito da Primeira República Portuguesa.

      Em termos políticos, aderiu ao movimento conservador liderado por João Franco e à Causa Monárquica. Em 1918, durante a ditadura de Sidónio Pais, foi eleito deputado pelo círculo de Oliveira de Azeméis nas listas monárquicas.
      Fundou e dirigiu o semanário ABC, que se publicou de 1920 a 1930. Nas páginas desse periódico apoiou a Revolução de 28 de Maio de 1926 e a governação do general Gomes da Costa. O ABC era apoiado pela publicidade do Bristol Club, um conhecido cabaré e uma das mais concorridas salas de jogo de Lisboa, com anúncios concebidas por Jorge Barradas, Stuart Carvalhais, António Soares e outros modernistas. Da redação do ABC faziam parte Ferreira de Castro, Mário Domingues e Reinaldo Ferreira, o famoso Repórter X.

      A 20 de maio de 1929, foi agraciado com o grau de Comendador da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada.
      Entre 1932 e 1943 dirigiu o periódico Arquivo Nacional onde, seguindo a tradição dos folhetins de Pinheiro Chagas, António de Campos Júnior e Eduardo de Noronha, escreveu romances de temática patriótica, emocional e satírica.
      A partir de 1945 publicou múltiplos artigos no jornal A República favoráveis à oposição democrática, tendo a popularidade de Rocha Martins sido grande no tempo do MUD, particularmente aquando das candidaturas presidenciais de José Norton de Matos e de Manuel Quintão Meireles, devido às cartas abertas por ele subscritas e estampadas a toda a largura da primeira página do jornal A República. Eram libelos, em forma de carta, que tinham como principais destinatários António de Oliveira Salazar e Óscar Carmona, respetivamente Presidente do Conselho e Presidente da República, e o cardeal Manuel Gonçalves Cerejeira, entre outras personalidades ligadas ao regime do Estado Novo. A popularidade terá sido tal que originaria um dito dos ardinas, metade apregoado e metade sussurrado Fala o Rocha!… O Salazar está à brocha
      -Wikipedia

      Moura, Virgínia.
      Pessoa singular · 1915 - 1998

      Virgínia Faria de Moura (Guimarães, São Martinho do Conde, 19 de julho de 1915 — Porto, 19 de abril de 1998) foi a primeira engenheira civil que se formou em Portugal que se tornou conhecida por ser uma ativista política resistente ao Estado Novo.