Patriarca, Fátima

Zona de identificação

Tipo de entidade

Pessoa singular

Forma autorizada do nome

Patriarca, Fátima

Forma(s) paralela(s) de nome

    Formas normalizadas do nome de acordo com outras regras

      Outra(s) forma(s) de nome

        identificadores para entidades coletivas

        Área de descrição

        Datas de existência

        1944-2016

        Histórico

        Maria de Fátima da Silva Patriarca nasceu no Monte do Sol Posto, concelho de Coruche, em 19 de Janeiro de 1944 e morreu em Lisboa no dia 11 de Março de 2016. A infância e a juventude foram passadas em Angola e em 1961 ingressa na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa para estudar Germânicas, curso que abandona, transferindo-se em 1963 para o Instituto Superior de Serviço Social, onde se diplomou em 1967. Em Novembro desse ano participou nas acções de socorro às vítimas das cheias a zona da Grande Lisboa, momento decisivo na sua formação cívica e política.
        Entre 1968 e 1973 foi técnica de Serviço Social na Direcção-Geral de Previdência e Habitações Económicas. Entre 1970 e 1972 foi bolseira da Fundação Gulbenkian, frequentando o Troisième Cycle em Sociologia, na École Pratique des Hautes Études, VIe Séction, onde obteve o Diplôme d’Études Approfondies en Sciences Sociales. Após regressar de França colaborou no Grupo de Sociologia do Gabinete Técnico de Habitação da Câmara Municipal de Lisboa e em 1973 integrou o Centro de Documentação e Informação deste organismo.
        Leccionou no Instituto Superior de Serviço Social entre 1969 e 1970 e, novamente, em 1974/1975. Em 1975 foi assistente do Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa (ISCTE), onde leccionou o “Seminário sobre a sociedade portuguesa – área de conflitos de trabalho”, e ingressou no Gabinete de Investigações Sociais (GIS), dedicando-se em pleno à actividade como investigadora. Nos anos seguintes referência para o trabalho notável acerca das lutas na Lisnave durante o processo revolucionário.
        Em 1980 licencia-se em Sociologia no ISCTE, com a classificação final de 18 valores. Em 1981 organizou o colóquio “O movimento operário em Portugal” e em 1984 coordenou o seminário “Fontes e arquivos com importância para o estudo do movimento operário”. Entre 1989 e 1991, sob orientação de Maria Filomena Mónica e Manuel de Lucena e, depois, de Adérito Sedas Nunes, desenvolve o projecto de investigação “O processo de instauração do corporativismo, no domínio das relações entre o capital e o trabalho (1930-1947)”. Participou ainda em projectos como “Conflitos de trabalho após o 25 de Abril”, “A acção operária nas empresas após o 25 de Abril – significado do movimento conflitual e grevista”, “O trabalho e a acção operária na indústria metalomecânica pesada” ou “Sindicatos, contratação colectiva e greve: o caso dos metalúrgicos portugueses (1968-1972) ”.
        Em 1992 concluiu as provas da carreira de investigação no Instituto de Ciências Sociais (ICS), com a classificação máxima, com a dissertação “Processo de implantação e lógica e dinâmica de funcionamento do corporativismo em Portugal – os primeiros anos do salazarismo”, publicado em livro com o título “A Questão Social no Salazarismo, 1930-1947”. Além da dissertação, prestou provas complementares, tendo apresentado o trabalho “Projecto de investigação: sindicatos e luta social no regime corporativo – dos anos 50 a 1974”.
        Tendo como área de especialização a Sociologia Industrial e concentrando o essencial da sua actividade no ICS, foi, com Maria Filomena Mónica, responsável pela criação do Arquivo Histórico das Classes Trabalhadoras, mais tarde Arquivo de História Social. Neste âmbito destaque para o rigoroso trabalho sobre o Diário do chefe de gabinete de Salazar, Antero Leal Marques. Publicou dezenas de artigos em revistas, obras colectivas ou entradas de dicionários.
        Participou e leccionou também em seminários de pós-graduação ou cursos de mestrado em instituições como a Escola Nacional de Saúde Pública ou a Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Em 2000 publicou “A Revolta do 18 de Janeiro de 1934”, em 2005 jubilou-se e em 2015 publicou o seu último trabalho, centrado na revisão científica de “Cronologias de Portugal Contemporâneo (1960-2015)”.

        Locais

        Estado Legal

        Funções, ocupações e atividades

        Mandatos/fontes de autoridade

        Estruturas internas/genealogia

        Contexto geral

        Área de relacionamentos

        Entidade relacionada

        Instituto de Ciências Sociais (ICS) (1962-)

        Identificador de entidade relacionada

        Categoria da relação

        associativa

        Datas da relação

        1975-2005

        Descrição da relação

        investigadora. Em 2005 jubilou-se

        Entidade relacionada

        Ferreira, Hermenegildo Gomes (s.d.)

        Identificador de entidade relacionada

        PT AHS-ICS HGF

        Categoria da relação

        associativa

        Datas da relação

        1984

        Descrição da relação

        acesso a documentação do movimento sindical

        Entidade relacionada

        Gazeta da Semana (1976/04/01 - 1977/01/15)

        Identificador de entidade relacionada

        Categoria da relação

        associativa

        Datas da relação

        Descrição da relação

        colaborador

        Área de pontos de acesso

        Pontos de acesso - Assunto

        Pontos de acesso - Local

        Zona do controlo

        Identificador de autoridade arquivística de documentos

        PT AHS-ICS FP

        Identificador da instituição

        Regras ou convenções utilizadas

        Estatuto

        Nível de detalhe

        Datas de criação, revisão ou eliminação

        Línguas e escritas

          Script(s)

            Fontes

            ARAÚJO, A. (2016), Obituário “Fátima Patriarca (1944-2016)”. Análise Social, 219, li (2.º), pp. 495-500. http://analisesocial.ics.ul.pt/documentos/AS_219_obit02.pdf

            Notas de manutenção

            acrescentada fonte em abril 2023, ip.