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Código de referência
Título
Data(s)
- [1926] (Produção)
Nível de descrição
Dimensão e suporte
1 doc.; papel
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Nome do produtor
História biográfica
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História biográfica
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História biográfica
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História biográfica
João Evangelista de Campos Lima, ou Campos Lima como assinava, nasceu em 1877, na cidade do Porto. Ainda criança, foi levado para Barcelos e depois para Braga, onde concluiu o curso liceal. Bem jovem, fora tocado pelas injustiças sociais e percebeu a desigualdade e aos 17 anos, já em Coimbra, entra num comício de trabalhadores no bairro dos Olivais, discursando ao lado dos precursores do movimento operário em Portugal, Ernesto da Silva e Azedo Gneco. Aos 20 anos matriculou-se na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, de onde foi expulso em 1907, no mesmo ano em que se formara advo-gado, o que o impediu de doutorar-se. A sua expulsão decorreu da sua parti-cipação na greve académica naquele ano, contra o ditador João Franco. Um ano antes, 1906, visitando Paris, ali travou conhecimento com anarquistas como Carlos Malato, o escritor romeno Janvion, Paul Pigassou, Jean Grave. Mas o que mais o entusiasmou foi a Comuna escolar La Ruche, de Sebastião Faure. De regresso a Portugal, tentou em colaboração com Tomás da Fonseca, Lopes de Oliveira e outros. fundar uma Escola Livre de Ensino Integral. Em 1908 principiou a advogar, mas nunca aceitou uma causa onde tivesse de acusar. Só uma vez acusou um agente de polícia que assassinara um operário. Como escritor anarquista foi dos mais produtivos e dos mais modestos, e como advogado defendeu heroicamente os trabalhadores e os anarquistas presos por delitos de opinião. Para melhor semear as suas ideias, divulgar os seus pensamentos o anarquista e advogado dos trabalhadores perseguidos fundou e dirigiu a Editora Spartacus, que publicou obras de real valor, como A História do Movimento Maknovista de Pedro Archinoff em 1925. Professor em escolas industriais e, interino, num Liceu, continuou a sua vida de propagandista, sempre interessado nos problemas sociais, e combateu alguns governos republicanos, com a mesma independência com que combatera os monárquicos, embora se entendesse com os democratas, na oposição e, sobretudo, quando via a República ameaçada. Foi amigo dos presidentes Manuel de Arriaga, António José de Almeida, Bernardino Machado e Teixeira Gomes; mas nunca solicitou empregos, benesses, mercês honoríficas, recusando ser deputado, governador civil e até ministro da Justiça, depois do movimento de 19 de Outubro. Apenas consentiu em fazer parte de várias comissões de estudos, como a encarregada da reforma da lei do inquilinato e dos organizadores do Congresso Internacional do Livre Pensamento, em cujos trabalhos tomou parte. A sua actividade jornalística foi grande, colaborando em muitos jornais e revistas do país e do estrangeiro. Fundou e dirigiu a revista Cultura e foi director dos diários Boa Nova e Imprensa de Lisboa, o único jornal diário que se publicava no período da greve dos jornalistas. Trabalhou, como redactor nos jornais O Século, O Mundo, A Batalha, Pátria e Diário de Notícias e foi articulista primoroso, versando os mais diversos problemas nacionais e internacionais.
Campos Lima faleceu a 15 de Março de 1956 com 78 anos de idade na rua Actor Taborda, 27, em Lisboa, sem ver o fim da ditadura fascista de Salazar. Ao seu enterro compareceram figuras da mais alta expressão intelectual como Julião Quintinha, Artur Inez, Manuel Alpedrinha, João Pedro dos Santos [...]
Fontes: E. Rodrigues (1982), A Oposição Libertária em Portugal 1939-1974, Lisboa, Sementeira.
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História administrativa
Os primeiros estatutos do Sindicato dos Profissionais da Imprensa de Lisboa consignavam, no artigo 3.º, as seguintes finalidades:
a) Estudar as necessidades e defender os interesses económicos, morais e profissionais dos seus associados;
b) Manter entre a classe toda a coesão para a mútua e sólida defesa dos interesses comuns;
c) Elevar o nivel moral e intelectual da Imprensa;
d) intervir nos conflitos entre os jornalistas e entre estes e as empresas.
E propunha-se (Artigo 4.º, alínea b) «estabelecer uma escola de jornalismo cujo programa, inspirado embora em exemplos estrangeiros, se deverá adaptar às exigências do meio».
Entidade detentora
História do arquivo
Fonte imediata de aquisição ou transferência
Zona do conteúdo e estrutura
Âmbito e conteúdo
A Comissão Central encarregue de redigir o programa para 1926 era constituída por: António Sérgio, José de Magalhães, Alexandre Ferreira, Ricardo Rosa y Alberty. Pela associação de Professores de Portugal, Álvaro de Carvalho. Pela União dos Professores Primários, Acácio Gouveia. Pelo Sindicato dos Profissionais da Imprensa, Campos Lima. Pela Junta Geral do Distrito de Lisboa, Sebastião Costa Santos. Pelo Conselho Central das Juntas de Freguesia, António da Silva Vieira. Pela Liga de Acção Educativa: Vitória Pais, Eurico de Sena Cardoso e Manuel da Silva (3 fl.; 34 cm).
Avaliação, seleção e eliminação
Incorporações
Sistema de organização
Zona de condições de acesso e utilização
Condições de acesso
Condiçoes de reprodução
Idioma do material
Sistema de escrita do material
Notas ao idioma e script
Características físicas e requisitos técnicos
Instrumentos de descrição
Zona de documentação associada
Existência e localização de originais
Existência e localização de cópias
Unidades de descrição relacionadas
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Nota
Localização: Caixa 4 ; 2 exemplares.