Item 5 - Sessão de 11 de Abril de 2002

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Código de referência

PT-AHS-ICS-ML-B-DP-GW-5

Título

Sessão de 11 de Abril de 2002

Data(s)

  • 2002 (Produção)

Nível de descrição

Item

Dimensão e suporte

1 doc digital (pdf).

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Nome do produtor

(1930 - 2006)

História biográfica

Nome do produtor

(1938 - 2015)

História biográfica

Manuel de Lucena nasceu em Lisboa a 7 de Fevereiro de 1938. Viveu a infância e uma parte da adolescência em Angola com a família. Regressou a Lisboa com 16 anos, onde frequentou o Liceu Pedro Nunes e depois um colégio de Jesuítas. Ingressou no Instituto Superior Técnico no curso de Engenharia Química que viria a trocar pelo curso de Direito na Faculdade de Direito, onde se licenciou em 1981. Durante a sua juventude, participou em movimentos monárquicos e católicos, designadamente a JUC (Juventude Universitária Católica), o CCC (cineclube católico) e colaborou n' "O Tempo e o Modo". Depois da crise académica de 1962, passou a militar na Extrema-Esquerda. Redigiu grande parte dos comunicados estudantis da RIA (Reunião Interassociações de Lisboa). A sua oposição à política colonial de Salazar acabou por conduzi-lo ao exílio em 1963. Viveu em Roma, Paris e Argélia. Durante o exílio, foi dirigente do MAR (Movimento de Acção Revolucionária), fez parte da Frente Patriótica de Libertação Nacional e teve uma breve colaboração com a LUAR. Em Paris, estudou no Institut de Sciences Sociales du Travail, onde fez a sua tese sobre o corporativismo. A tese que preparou veio dar origem ao seu primeiro livro — “A evolução do sistema corporativo português”. Vol. I: o Salazarismo; vol. II: o Marcelismo —, publicado em Portugal em 1976.
Após o 25 de Abril de 1974, regressou a Portugal. Participou, como alferes, no processo de descolonização de Cabo Verde. Veio terminar o seu serviço militar em Lisboa, no Gabinete de Dinamização do Exército, situado no Estado-Maior do Exército. Abandonou a Extrema-Esquerda e apoiou o manifesto do Grupo dos “Nove”, de Melo Antunes. Em 1975, tornou-se investigador do Gabinete de Investigações Sociais (GIS) e depois do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa (ICS), que lhe sucedeu, onde fez carreira até se reformar em 2008. A última actividade política que se lhe conhece é adesão à Aliança Democrática e a participação na campanha presidencial do general Soares Carneiro, em 1980. Afastado da política activa, dedicou-se sobretudo ao comentário político e à investigação científica do corporativismo, dos fascismos e totalitarismos, do processo revolucionário português, a descolonização portuguesa e a consolidação democrática no pós-25 de Abril. Foi docente em cursos no Instituto de Defesa Nacional e na Força Aérea (para oficiais generais) e no Instituto de Estudos Políticos da Universidade Católica abordando alguns dos referidos temas de investigação, sobre os quais também proferiu conferências e orientou seminários em várias outras instituições.
É autor de obras como “O Estado da Revolução: a Constituição de 1976” e a “Revolução e Instituições: a Extinção dos Grémios da Lavoura Alentejanos”, bem como de várias entradas no “Dicionário de História de Portugal” (coordenado por António Barreto e Maria Filomena Mónica), nomeadamente sobre organismos corporativos e importantes políticos do Estado Novo, incluindo Oliveira Salazar, Armindo Monteiro, Pedro Teotónio Pereira, Alberto Franco Nogueira, José Gonçalo Correia de Oliveira e Adriano Moreira. As biografias alargadas das últimas cinco figuras vieram a integrar uma publicação póstuma: “Os Lugar-Tenentes de Salazar” (2015).
Ao longo da sua vida colaborou em numerosas revistas e jornais como “Esprit”, “Análise Social”, “Relações Internacionais”, “Expresso”, “Diário de Notícias”, “A tarde” ou “Semanário”. Foi co-fundador das revistas “Cadernos Socialistas” (1967-1969) e “Polémica” (1970-1973). Publicou, em 2006, o seu último livro (“Contradanças: política e arredores”) que reúne uma série de ensaios publicados na imprensa periódica entre 2004 e 2005.
Foi também tradutor das “Moradas”, de Santa Teresa de Ávila, e da “História da Guerra da Catalunha”, de D. Francisco Manuel de Melo.
Faleceu em Lisboa a 7 de Fevereiro de 2015.

Nome do produtor

(1946 -2021)

História biográfica

Licenciado em Direito e doutorado em Sociologia Política pela Universidade de Lisboa, e com agregação em Instituições Políticas pela Universidade Nova de Lisboa, Luís Salgado Matos ingressou no ICS em 1982.

Da sua vasta obra publicada merecem especial destaque o livro "Investimentos Estrangeiros em Portugal" (Seara Nova 1972), obra pioneira de investigação sobre o enquadramento internacional da economia portuguesa, e o livro "O Estado de Ordens" (Imprensa de Ciências Sociais 2004), onde expõe a sua abordagem original sobre as articulações entre Igreja, Forças Armadas e Estado.

Para Salgado Matos são estas instituições triangulares que estão na base da formação das estruturas políticas das sociedades contemporâneas e que imprimem sentido às suas rotinas organizativas. A sua análise (desenvolvida em diversos livros e artigos) é fundamentada num aprofundado trabalho empírico sistemático sobre estas instituições que garantem a identidade (Igreja), a segurança (Forças Armadas) e a reprodução (Estado) do sistema político.

Luís Salgado Matos era dotado de uma vasta e plurifacetada cultura literária e académica nos múltiplos domínios das ciências sociais. E exibia um enorme sentido de humor e sentido crítico em relação às próprias instituições que o acolheram e que muito beneficiaram dos seus contributos reflexivos. Articulava investigação académica com observação participante das instituições que tão bem analisou.

Nas décadas de 1960 e 1970 colaborou com regularidade nas revistas O Tempo e o Modo e Seara Nova. Foi membro do Governo de Transição de Moçambique (1974-1975), presidente do Instituto Português de Cinema e da administração do Teatro Nacional São Carlos e do Porto de Lisboa (1983-1993). Foi também consultor do ministro da Defesa Nacional, Júlio Castro Caldas (2000), e do Presidente da República, Jorge Sampaio (entre 2001 e 2006). https://www.ics.ulisboa.pt/info/breve-biografia-0

Luís Salgado de Matos foi coordenador do Seminário Permanente sobre o Estado e as Igrejas, uma parceria entre o CEHR e o Instituto de Ciências Sociais (ICS) da Universidade de Lisboa (UL), que concretizou três projetos de investigação (2006-2015). Publicou, entre outras, ‘A Separação do Estado e da Igreja’ (2011) e ‘Cardeal Cerejeira: um patriarca de Lisboa no século XX português’ (2018). O seu percurso biográfico é também marcado pelo envolvimento na revista Seara Nova e no jornal O Tempo e o Modo (sob o pseudónimo de Luís Amado de Passos) além de ter sido preso pela PIDE em 1965, quando era estudante da Faculdade de Direito.

Entidade detentora

História do arquivo

Fonte imediata de aquisição ou transferência

Zona do conteúdo e estrutura

Âmbito e conteúdo

Interveniente: coronel Carlos Fabião. Manuel Lucena e Luis Salgado Matos entrevistam.

Avaliação, seleção e eliminação

Incorporações

Sistema de organização

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Condições de acesso

Condiçoes de reprodução

Idioma do material

    Sistema de escrita do material

      Notas ao idioma e script

      Características físicas e requisitos técnicos

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      Existência e localização de originais

      Existência e localização de cópias

      Unidades de descrição relacionadas

      Descrições relacionadas

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      Identificador da instituição

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